“ Se ela foi elaborada, fabricada por uma comissão ecumênica reunindo liturgistas católicos progressistas e protestantes (que rejeitam historicamente a Missa como Sacrifício) ela pode ainda ser chamada Missa Católica?”
Será que essa neo liturgia da missa celebrada - porque foi pensada - de modo antropocêntrico, caracterizada pela expressão “O Senhor esteja convosco⁄Ele está no meio de nós” realça o Cristo como centro de toda a vida da Igreja e, consequentemente, da liturgia?
Se o Cristo nessa nova concepção se dilui no meio do povo na assembleia, onde então se encontra a nossa integração com o sacerdote para oferecer à Deus um sacrifício agradável na Pessoa de Nosso Senhor? Nossas relações com Deus deveriam ser expressas pela Oração e pelo Sacrifício da Missa, ou seja, entendendo que a Missa é um Sacrifício e não um banquete, uma festa ou um memorial. A Missa é o Calvário! Como nos portaríamos diante do Senhor Crucificado? A pergunta que não silencia é: a liturgia atual, aquela promulgada em 1969 por Paulo VI, introduzida como o rito ordinário para toda a Igreja é entendida como sacrifício? Se ela foi elaborada, fabricada por uma comissão ecumênica reunindo liturgistas católicos progressistas e protestantes (que rejeitam historicamente a Missa como Sacrifício) ela pode ainda ser chamada Missa Católica? “Toda árvore, que não dá bom fruto, será cortada e lançada no fogo. Vós os conhecereis, pois, pelos seus frutos.” (S. Mateus 7,19-20). Desde a introdução dessa deformidade litúrgica vamos assistindo um pulular de invencionices no altar, missas para todos os gostos e crenças.
Querem exemplos?
Missas Sertanejas onde não faltam o berrante, o chapéu de caubói, o aboio e todo um arsenal ridículo e desrespeitoso que em nada favorecem o aumento da fé, nem o alimento de almas que estão sequiosas do Eterno. Tais celebrações só vilipendiam a realeza de Nosso Senhor em Seu Santíssimo Sacramento, deformando a atuação do padre como representante da Igreja e desprezando o Cordeiro Sacrificial, pois ridicularizam o que é mais sagrado para nossa catolicidade: a Missa e o Sacerdócio.
Missas Carismáticas ou ditas de Cura e Libertação que fomentam a heresia e o escândalo, introduzindo no espaço sagrado atitudes comuns aos templos protestantes: gritos, danças, dessacralização, vulgaridades, falsos exorcismos, pseudo profecias, simulação de desmaios sob o pomposo nome de “repouso no Espírito” como se a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade compactuasse com tal achincalhe da fé e se conformasse aos caprichos bizarros de gente espiritualmente vazia e repleta de ações mundanizadas.
E, detalhe: todas as celebrações dessa nova liturgia são servidas por ministros leigos (homens e mulheres) que tocam despreocupadamente nas sagradas espécies, distribuindo-as como se fossem senhas ou biscoitos porque os sacerdotes atuais andam mais ocupados em administrar paróquias e finanças do que conduzir o rebanho de Cristo e zelar pela Casa do Senhor e a salvação de Seus filhos.
Como escrevi, há missas para todos os gostos, desgraçadamente. Menos a Missa Católica por excelência! Essa não atrai multidões, porque as multidões estão mais acostumadas ao berrante que chama o gado para o abate da fé. A Missa Católica não se preocupa com números, ela preocupa-se com a salvação das almas que a buscam porque sentem fome e sede de Deus e querem haurir de graças sobrenaturais que o naturalismo, o hedonismo, a ganância humana não podem oferecer. O povinho e os sacerdotes que os conduzem nessas encenações malsãs querem pão e circo. Idiotizados, não percebem que são qual massa manipulada que vai se afastando da Verdadeira Fé Católica e perdendo-se. Odeiam o Latim porque odeiam ou ignoram o sagrado. Odeiam a Liturgia Tridentina porque odeiam ou desconhecem a Igreja à qual dizem pertencer. Esta é a “lex orandi, lex credendi” de quem não sabe o que é Oração e muito menos Fé. São as águas do esgoto à céu aberto que correm abundantes dentro da Igreja há quase meio século e cujo fim devemos implorar ao Consumador dos Séculos, nos voltando verdadeiramente para Ele e rendendo-lhe culto através da santa, santificante e insubstituível Liturgia Católica, chamada pelo nome daquele soberano pontífice que a codificou, estabelecendo sua imutabilidade como inestimável tesouro à Igreja: São Pio V.
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