“Fora da Igreja Católica,
Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como ninguém pôde salvar-se do
dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta Igreja”
Marcelo Andrade
Nestes tempos de sincretismo religioso, muito se tem falado sobre
liberdade religiosa, de culto, de crença, de salvação fora da Igreja. É o
ecumenismo, palavra dita em todos os lugares. Mas, vejamos o que a Igreja
Católica tem a dizer sobre isso, por meio de seu magistério infalível. Porque
muito se tem falado, mas pouco se tem estudado.
Comecemos pela Bíblia:
Êxodo 20,3: "Não terás outros deuses diante de mim."
Êxodo 22, 20: "Aquele que sacrificar aos deuses, à exceção do
Senhor, será morto".
Êxodo 22,18: "Não deixarás viver os feiticeiros".
Salmo XCV,5: "Todos os deuses dos gentios são demônios".
Isaías 44, 6: "Eis o que diz o Senhor , rei de Israel, e seu
Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro e sou o último, e fora de
mim não há Deus."
Isaías 45,21-22: "... Deus justo e salvador não o há fora de mim.
Convertei-vos a mim, e sereis salvos, vós todos os povos da terra, porque eu
sou Deus e não há outro."
Pelo Antigo Testamento só há um único Deus verdadeiro, que é o de
Israel. Todos os outros, são demônios: Braman, Shiva, Vishnu, Alá, Moloc, Zeus,
Apolo, Mercúrio, Tupã, etc.
Os exemplos de Moisés e principalmente de Elias, dois do maiores santos
da história, são neste sentido, anti-ecumênicos:
Moisés destruiu o bezerro de ouro, feito pelos israelitas, enquanto ele
estava no Monte Sinai: "E pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o e
esmagou-o..."(Êxodo, 32,20). E depois, Moisés puniu os culpados: "...
e cerca de vinte e três mil caíram (mortos) naquele dia..." (Êxodo, 32,
28).
Elias convidou os sacerdotes de Baal para um duelo: eles iriam ao Monte
Carmelo e invocariam Baal, enquanto Elias rezaria ao Deus de Israel, para que
enviasse fogo do céu, a fim de consumir uma vítima oferecida em sacrifício,
quem tal fizesse, esse seria o Deus verdadeiro.
No Monte designado, Baal não aparecia, Elias debochava e falava:
"Gritai mais alto, porque ele é um deus, e talvez esteja em viagem, ou
numa estalagem, dorme e necessita que o acordem" (3 Reis, XVIII, 27-28).
O Deus verdadeiro apareceu e consumiu a vítima. Os sacerdotes de Baal,
vendo sua derrota, se preparavam para fugir, mas Elias não deixou:
"Apanhai os profetas de Baal, e não escape nenhum só. E, tendo-os
agarrado, Elias levou-os à torrente de Cison, e ali os matou". (3 Reis,
XVIII, 40).
No Novo Testamento temos a confirmação de que só um Deus é o verdadeiro.
E é fundada a única Igreja verdadeira...
São Mateus 4,8-10: "De novo o demônio o transportou a um monte
muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua magnificência. E lhe
disse: Tudo isto te darei, se prostrado, me adorares. Então Jesus disse-lhe:
Vai-te Satanás, porque está escrito: O Senhor teu Deus adorarás, e a Ele só
servirás".
Pelo texto, temos duas conclusões:
1. Todos os reinos do mundo serviam a Satanás.
2. Só é possível adorar a um só Deus.
S. João,VI, 68: "A quem haveremos de ir? Só vós (Cristo) tendes
palavras de vida eterna"
Atos, 4,12: "e não há salvação em nenhum outro. Porque sob o céu,
nenhum outro nome (Cristo) foi dado aos homens, pelo qual nós devamos ser
salvos".
I Cor. X, 19,22: "Ou que o ídolo é alguma coisa?(De modo nenhum)
antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, sacrificam-nas aos demônios
e não a Deus. E não quero que tenhais sociedade com os demônios; não podeis
beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: não podeis ser participantes
da mesa do Senhor e da mesa dos demônios".
Ao longo da história da Igreja, houve sempre o dogma de que só há uma
Igreja verdadeira, e fora dela não há salvação. Sendo assim, não há liberdade
religiosa, de crença, de culto. Olhemos para estes ensinamentos:
São Cipriano (séc. III): "Não há salvação fora da Igreja".
Credo de Santo Atanásio (séc. IV), oficial da Igreja Católica: "
Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé
católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá
para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente,
não poderá se salvar".
Papa Inocêncio III (1198-1216): "De coração cremos e com a boca
confessamos uma só Igreja, que não de hereges, só a Santa, Romana, Católica e
Apostólica, fora da qual cremos que ninguém se salva".
IV Concílio de Latrão(1215), infalível, Canon I: "...Há apenas uma
Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém é
salvo...". Canon III: "Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia
erguida contra a santa, ortodoxa e Católica fé sobre a qual nós, acima,
explanamos...".
Papa Bonifácio VIII (1294-1303): "Por apego da fé, estamos
obrigados a crer e manter que há uma só e Santa Igreja Católica e a mesma
apostólica e nós firmemente cremos e simplemente a confessamos e fora dela não
há salvação nem perdão dos pecados (...) Romano Pontífice, o declaramos, o
decidimos, definimos e pronunciamos como de toda necessidade de salvação para
toda criatura humana.
Concílio de Florença (1438-1445): "Firmemente crê, professa e
predica que ninguém que não esteja dentro da Igreja Católica, não somente os
pagãos, mas também, judeus, os hereges e os cismáticos, não poderão participar
da vida eterna e irão para o fogo eterno que está preparado para o diabo e seus
anjos, a não ser que antes de sua morte se unirem a Ela(...).
O Concílio infalível de Trento (1545-1563) além de condenar e excomungar
os protestantes, reiterou tudo o que os Concílios anteriores declararam, e
ainda proferiu : "... nossa fé católica, sem a qual é impossível agradar a
Deus..."
Papa Pio IV (1559-1565), um dos papas do Concílio de Trento: "...
Esta verdadeira fé católica, fora da qual ninguém pode se salvar..."
(Profissão de fé da Bula "Iniunctum nobis" de 1564)
Papa Benedito IV (1740-1758): "Esta fé da Igreja Católica, fora da
qual ninguém pode se salvar...".
Papa Gregório XVI (1831-1846), Mirari Vos: "Outra causa que tem
acarretado muitos dos males que afligem a Igreja é o indiferentismo, ou seja,
aquela perversa teoria espalhada por toda a parte, graças aos enganos dos
ímpios e que ensina poder-se conseguir a vida eterna em qualquer religião,
contanto que se amolde à norma do reto e honesto. Podeis com facilidade,
patentear à vossa grei esse erro tão execrável, dizendo o Apóstolo que há um só
Deus, uma só fé e um só batismo (Ef. 4,5): entendam, portanto os que pensam
poder-se ir de todas as partes ao Porto da Salvação que, segundo a sentença do
Salvador, eles estão contra Cristo, já que não estão com Cristo(Luc. 11,23) e
os que não colhem com Cristo dispersam miseravelmente, pelo que perecerão
infalivelmente os que não tiverem a fé católica e não a guardarem íntegra e sem
mancha(Simb. Sancti Athanasii).(...) Desta fonte lodosa do indiferentismo
promana aquela sentença absurda e errônea, digo melhor disparate, que afirma e
que defende a liberdade de consciência. Esse erro corrupto que abre alas,
escudado na imoderada liberdade de opiniões que, para confusão das coisas
sagradas e civis, se estende por toda parte, chegando a imprudência de alguém
asseverar que dela resulta grande proveito para a causa da religião. Que morte
pior há para a alma do que a liberdade do erro?, dizia Santo Agostinho (Ep.
166)".
Teses condenadas, pelo Papa Pio IX (1846-1878), no Syllabus:
15a "É livre a qualquer um abraçar o professar
aquela religião que ele, guiado pela luz da razão, julgar verdadeira".
16a "No culto de qualquer religião podem os homens
achar o caminho da salvação e alcançar a mesma eterna salvação"..
17a "Pelo menos deve-se esperar bem da salvação
eterna daqueles todos que não vivem na verdadeira Igreja de Cristo".
18a "O protestantismo não é senão outra forma da
verdadeira religião cristã na qual se pode agradar a Deus do mesmo modo que na
Igreja Católica".
21a "A Igreja não tem poder para definir
dogmaticamente que a religião da Igreja Católica é a única religião
verdadeira"
Outro texto de Pio IX: "(...) não temem fomentar a opinião
desastrosa para a Igreja Católica e a salvação das almas, denominada por Nosso
Predecessor, de feliz memória, de ‘loucura’ (Mirari Vos) de que a ‘liberdade de
conciência e de cultos é direito próprio e inalienável do indivíduo que há de
proclamar-se nas leis e estabelecer-se em todas as sociedades constituídas;
(...) Portanto, todas e cada uma das opiniões e perversas doutrinas
explicitamente especificadas neste documento, por Nossa autoridade apostólica,
reprovamos, proscrevemos e condenamos; queremos e mandamos que os filhos da
Igreja as tenham, todas, por reprovadas, proscritas e totalmente
condenadas". (Quanta Cura)
Papa Leão XIII (1878-1903), encíclica Libertas Praestantissimum:
"(...) oferecer ao homem liberdade (de culto) de que falamos, é dar-lhe o
poder de desvirtuar ou abandonar impunemente o mais santo dos deveres, afastando-se
do bem imutável, a fim de se voltar para o mal. Isto, já o dissemos, não é
liberdade, é uma escravidão da alma na objeção do pecado."
Papa Pio XI (1922-1939), Mortalium Animus: " Os esforços [do falso
ecumenismo] não tem nenhum direito à aprovação dos católicos porque eles se
apoiam sobre esta opinião errônea que todas as religiões são mais louváveis
naquilo que elas revelam, e traduzem todas igualmente, se bem que de uma
maneira diferente, o sentimento natural e inato que nos leva para Deus e nos
inclina ao respeito diante de seu poder(...) Os infelizes infestados por esses
erros sustentam que a verdade dogmática não é absoluta, mas relativa, e deve
pois, se adaptar às várias exigências dos tempos e lugares às diversas
necessidades das almas".(...) "Os artesãos dessas empresas não cessam
de citar ao infinito a Palavra de Cristo: ‘Que todos sejam um. Haverá um só
rebanho e um só pastor’( Jo XVII,21; X,16), e eles repetem esses texto como um
desejo e um voto de Cristo que ainda não teria sido realizado. Eles pensam que
a unidade da fé e de governo, característica da verdadeira e única Igreja de
Cristo, quase nunca existiu no passado e que não existe hoje... Eles afirmam
que todas ( as igrejas) gozam dos mesmos direitos; que a Igreja só foi Una e Única,
no máximo da época apostólica até os primeiros Concílios Ecumênicos(...). Tal é
a situação. É claro, portanto, que a Sé Apostólica não pode por nenhum preço
tomar parte em seus congressos, e que não é permitido, por nenhum preço, aos
católicos aderir a semelhantes empreendimentos ou contribuir para eles; se eles
o fizerem dariam autoridade a uma falsa religião cristã completamente estranha
à única Igreja de Cristo"
Vejamos o que tem a dizer o maior papa do século, São Pio X (1903-1914),
ele tem a autoridade dos papas e a virtude dos santos. Talvez seja a melhor
pessoa, neste século, para falar sobre isso. Ele fez o chamado Catecismo Maior,
em 1905. O primeiro Catecismo foi ordenado pelo Concílio de Trento, e foi
publicado pelo Papa S. Pio V, em 1566, e é um resumo de toda doutrina principal
que a Igreja sempre ensinou, colocada de forma fácil, para que todos possam
compreender e obedecer.
"Catecismo da Doutrina Cristã", voz infalível do ensinamento
dos Papas e dos Concílios:
149- Que é a Igreja Católica?
A Igreja Católica é a sociedade ou reunião de todas as pessoas batizadas que,
vivendo na terra, professam a mesma fé e a mesma lei de Cristo, participam dos
mesmos sacramentos, e obedecem aos legítimos Pastores, principalmente ao Romano
Pontífice.
153- Então não pertencem à Igreja de Jesus Cristo as sociedades de
pessoas batizadas que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe?
Todos os que não reconhecem o Romano Pontifice por seu chefe , não pertencem à
Igreja de Jesus Cristo.
156- Não poderia haver mais de uma Igreja?
Não pode haver mais de uma Igreja, porque, assim com há um só Deus, uma só fé e
um só Batismo, assim também não há nem pode haver senão uma só Igreja
verdadeira.
168- Pode alguém salvar-se fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana?
Não. Fora da Igreja Católica, Apostólica, Romana, ninguém pode salvar-se, como
ninguém pôde salvar-se do dilúvio fora da arca de Noé, que era figura desta
Igreja.
Ou, ainda em outro documento, São Pio X, condenando, as teses
modernistas: "Toda religião, não excetuada sequer a dos idólatras, deve
ser tida por verdadeira(...). E os modernistas de fato não negam, ao contrário,
concedem, uns confusa, e outros manifestamente, que todas as religiões são
verdadeiras(...). Quando muito, no conflito entre as diversas religiões, os
modernistas poderão sustentar que a Católica tem mais verdade, porque é mais
viva e merece mais o título de Cristã, porque mais completamente corresponde o
título de Cristã, porque mais completamente corresponde às origens do
cristianismo".
Cremos ter provado que, pela Igreja Católica: só há uma Igreja
verdadeira, fora da qual não há salvação;
Além disso, havendo um só Deus, consequentemente, só pode haver uma
Igreja verdadeira.
Essas proposições valem para sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.