Seja por sempre e em todas partes conhecido, adorado, bendito, amado, servido e glorificado o diviníssimo Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria.

Nota do blog Salve Regina: “Nós aderimos de todo o coração e com toda a nossa alma à Roma católica, guardiã da fé católica e das tradições necessárias para a manutenção dessa fé, à Roma eterna, mestra de sabedoria e de verdade. Pelo contrário, negamo-nos e sempre nos temos negado a seguir a Roma de tendência neomodernista e neoprotestante que se manifestou claramente no Concílio Vaticano II, e depois do Concílio em todas as reformas que dele surgiram.” Mons. Marcel Lefebvre

Pax Domini sit semper tecum

Item 4º do Juramento Anti-modernista São PIO X: "Eu sinceramente mantenho que a Doutrina da Fé nos foi trazida desde os Apóstolos pelos Padres ortodoxos com exatamente o mesmo significado e sempre com o mesmo propósito. Assim sendo, eu rejeito inteiramente a falsa representação herética de que os dogmas evoluem e se modificam de um significado para outro diferente do que a Igreja antes manteve. Condeno também todo erro segundo o qual, no lugar do divino Depósito que foi confiado à esposa de Cristo para que ela o guardasse, há apenas uma invenção filosófica ou produto de consciência humana que foi gradualmente desenvolvida pelo esforço humano e continuará a se desenvolver indefinidamente" - JURAMENTO ANTI-MODERNISTA

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Eu conservo a MISSA TRADICIONAL, aquela que foi codificada, não fabricada, por São Pio V no século XVI, conforme um costume multissecular. Eu recuso, portanto, o ORDO MISSAE de Paulo VI”. - Declaração do Pe. Camel.

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Ao negar a celebração da Missa Tradicional ou ao obstruir e a discriminar, comportam-se como um administrador infiel e caprichoso que, contrariamente às instruções do pai da casa - tem a despensa trancada ou como uma madrasta má que dá às crianças uma dose deficiente. É possível que esses clérigos tenham medo do grande poder da verdade que irradia da celebração da Missa Tradicional. Pode comparar-se a Missa Tradicional a um leão: soltem-no e ele defender-se-á sozinho”. - D. Athanasius Schneider

"Os inimigos declarados de Deus e da Igreja devem ser difamados tanto quanto se possa (desde que não se falte à verdade), sendo obra de caridade gritar: Eis o lobo!, quando está entre o rebanho, ou em qualquer lugar onde seja encontrado".- São Francisco de Sales

“E eu lhes digo que o protestantismo não é cristianismo puro, nem cristianismo de espécie alguma; é pseudocristianismo, um cristianismo falso. Nem sequer tem os protestantes direito de se chamarem cristãos”. - Padre Amando Adriano Lochu

"MALDITOS os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável SALVADOR seja posto lado a lado com Buda e Maomé em não sei que panteão de falsos deuses". - Padre Emmanuel

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08/07/2012

Os últimos anos e a Morte Gloriosa de Maria Santíssima.


Anna Catharina Emmerich
Antes de passarmos a descrever a propagação do reino de Deus entre os gentios, pelos Apóstolos, juntamos aqui a narração da piedosa Emmerich sobre a maravilhosa e gloriosa morte da Mãe de Jesus. Assim seguimos também a cronologia, pois a Santíssima Virgem morreu antes dos Apóstolos e estes estiveram presentes por ocasião da sua morte.

 Maria em Éfeso
  
Depois da ascensão do Filho querido, viveu Maria, segundo a narração de Catharina Emmerich, três anos em Jerusalém e depois outros três anos em Betânia, em casa de Lázaro. São João, que sempre a acompanhava, levou-a para Éfeso, afim de a salvar da perseguição e ali viveu ainda nove anos.

“Maria não morava propriamente em Éfeso, mas numa região onde já se tinham refugiado algumas das santas mulheres, suas amigas. A habitação de Maria achava-se numa colina, a esquerda do caminho de Jerusalém a Éfeso, cerca de três horas e meia de viagem, antes de chegar a Éfeso; a colina tinha uma subida suave, para o lado da cidade. Era uma região deserta, com muitas colinas férteis e belas, com grutas limpas, entre pequenas planícies arenosas; era deserta, mas não inabitável; havia muitas árvores isoladas, de troncos lisos e copas sombrias, em forma de pirâmide.

Quando João trouxe a Santíssima Virgem para uma casa que lá mandara construir, já ali moravam várias famílias cristãs e algumas das santas mulheres, seja em grutas dos montes ou em subterrâneos, tornados habitáveis com alguma construção de madeira, seja em frágeis tendas; só a casa de Maria era de pedra.

A Santíssima Virgem morava ali com uma jovem empregada. Viviam recolhidas em paz e sossego.

João não morava na mesma casa; passava a maior parte do tempo em Éfeso ou arredores; fez também várias viagens a Palestina. Dava-lhe sempre a Santa Comunhão, rezava com ela a Via Sacra, dava-lhe a bênção e recebia-lhe também a bênção materna.

No último tempo de estadia ali, vi Maria tornar-se cada vez mais recolhida no amor de Deus; quase não tomava mais alimento. Era como se só exteriormente estivesse na terra e com o espírito no outro mundo. Parecia não notar o que lhe acontecia em redor. Vi-a, nas últimas semanas antes da morte, já muito idosa e fraca e a criada a guiá-la às vezes pela casa.

Uma vez vi João entrar lá. Tirou o cinto e vestiu outro, que tirou sob o manto e que era ornado de letras. No braço pôs uma espécie de manípulo e no peito uma estola. A Santíssima Virgem veio saindo do quarto de dormir, revestida toda de uma veste branca, apoiando-se sobre o braço da criada. Tinha o rosto branco como a neve e como que transparente. A saudade parecia trazê-la como que suspensa entre o céu e a terra. Desde a ascensão de Jesus, todo o seu ser tinha a expressão de uma saudade infinita e sempre crescente, que parecia consumi-la. Dirigiu-se, com João, ao lugar de oração. Puxou uma fita ou correia; então se virou o tabernáculo na parede e a cruz que lá estava, apareceu.

Depois de terem ambos rezado, ajoelhados, por algum tempo, levantou-se João e tirou do peito um vaso de metal; abriu-o de um lado, tirou de lá um invólucro de lã fina e deste, um lenço dobrado, de estofo branco, do qual retirou o Santíssimo Sacramento, em forma de um pedacinho de pão branco. Depois disse algumas palavras solenes e sérias e deu a Santíssima Virgem a Sagrada Comunhão.

Por trás da casa, até certa distância, na encosta da montanha, Maria Santíssima fizera para si uma Via Sacra. Enquanto morava em Jerusalém nunca deixara, desde a morte do Senhor, de percorrer-lhe o caminho da Paixão, chorando de saudade e compaixão. De todos os lugares do caminho onde Jesus sofrera, ela tinha medido a distância a passos: o amor imenso de Mãe extremosa não lhe podia viver sem a contínua contemplação desse caminho doloroso.

Pouco tempo depois de chegar àquela região, eu a via diariamente caminhar até certa distância, subindo a colina atrás da casa, nessa meditação da Paixão e morte do Filho amado. A principio ia sozinha, medindo pelo número de passos que tantas vezes contara as distâncias dos lugares onde Jesus sofrera certos tormentos. Em todos esses lugares erigia uma pedra ou, se havia ali uma árvore, marcava-a. O caminho conduzia a um bosque onde, numa elevação, marcou o Monte calvário e numa gruta de outra colina, o sepulcro de Jesus Cristo.

Depois de ter medido desse modo as doze estações da Via Sacra, percorria-a, em silenciosa meditação, acompanhada da criada; em cada estação da Paixão se sentavam, recordando no coração o mistério do respectivo sofrimento e louvando ao Senhor por seu Infinito amor, com lagrimas de compaixão. Depois arranjaram as estações ainda melhor e vi que a Santíssima Virgem escrevia com um buril, na pedra assinalada, a significação do lugar, o número dos passos, etc. Vi também, depois da morte da Santíssima Virgem, os cristãos percorrerem esse caminho, prostrando-se por terra e beijando o chão”.

Viagens de Maria a Jerusalém

“Depois do terceiro ano de estadia em Éfeso, Maria sentiu profundo e veemente desejo de ir a Jerusalém. João e Pedro levaram-na, pois, se bem me lembro, estavam ali reunidos vários apóstolos; vi Tomé; creio que era um Concílio e Maria assistiu-lhes com os conselhos maternais.

No dia da chegada, ao cair da noite, antes de entrar na cidade, eu a vi visitar o Monte das Oliveiras, o Calvário, o santo Sepulcro e outros lugares sagrados, em redor de Jerusalém. A Mãe de Deus estava tão triste e tão comovida pela paixão, que só com extremo esforço podia ficar em pé e Pedro e João levaram-na dali, segurando-a pelos braços.

Ela viajou mais uma vez de Éfeso a Jerusalém, ano e meio antes da morte. Vi-a então visitar também de noite os santos lugares, acompanhada pelos Apóstolos. Estava indizivelmente triste e gemia apenas, exclamando “Ó, meu Filho! Quando chegou a porta posterior, daquele palácio, onde se encontrara com Jesus caindo sob a cruz, tombou por terra, desmaiada, comovida pela lembrança; os companheiros julgavam que morresse.

Levaram-na ao Cenáculo, em Sião, onde morava. Ali esteve a Santíssima Virgem, durante alguns dias, tão fraca e doente e teve tantos desmaios, que várias vezes lhe esperaram a morte e já pensavam em prepara-lhe o sepulcro. Ela mesma escolheu para este fim uma gruta no Monte das Oliveiras e os Apóstolos mandaram um escultor cristão fazer ali um belo sepulcro.

Entretanto, o povo espalhava várias vezes falsas notícias da morte de Maria SSma. E esse boato de ter morrido e sido sepultada em Jerusalém propagou-se também em outros lugares. Mas quando o sepulcro ficou pronto, ela já se restabelecera e tinha força bastante para voltar para casa em Éfeso, onde, após ano e meio, faleceu realmente. O sepulcro preparado no Monte das Oliveiras foi sempre venerado e guardado, construindo-se depois sobre ele uma Igreja e João Damasceno escreveu também, baseado nesse boato, que Maria morreu em Jerusalém e ali foi sepultada.

Deus permitiu que as notícias da morte, sepultura e assunção ao céu da Virgem SS. se conservassem apenas numa incerta tradição, para não alimentar no cristianismo o sentimento pagão daqueles tempos; pois muitos talvez a tivessem adorado como deusa.”

Reunião dos Apóstolos, por ocasião da morte de Maria, em Éfeso

Algum tempo antes da morte, rezou a SS. Virgem, para que nela se cumprisse o que Jesus lhe prometera no dia antes da ascensão, em casa de Lázaro, em Betânia. Foi-me mostrado em espírito, que quando ela lhe suplicou que depois da ascensão não a deixasse muito tempo neste vale de lágrimas, Jesus lhes disse vagamente quais as obras espirituais que ela devia ainda fazer na terra até a morte e, atendendo-lhe a súplica, prometeu-lhe que os Apóstolos e vários discípulos lhe assistiriam a morte; recomendou-lhe o que lhes devia então dizer e como os devia abençoar.

Quando a SS. Virgem implorou que os Apóstolos se reunissem em torno dela, vi, em regiões muito diferentes e opostas, chegar o chamado aos Apóstolos; neste momento só me lembro do seguinte:

Os Apóstolos já tinham construído pequenas Igrejas, em vários lugares, onde tinham pregado; embora algumas dessas Igrejas não fossem construídas de pedra, mas apenas de vime trançado e rebocadas de barro, todavia tinham sempre, todas que tenho visto, na parte posterior, a forma circular ou triangular, como a casa de Maria em Éfeso. Nessas Igrejas tinham altares e celebravam o santo sacrifício da Missa.

Vi que todos foram chamados, inclusive os que estavam nas terras mais longínquas, recebendo por aparições a ordem de ir ver a SS. Virgem. Em geral não foi sem milagroso auxílio que os Apóstolos fizeram as longuíssimas viagens. Creio que freqüentemente faziam as viagens de uma maneira sobrenatural, sem eles mesmos saberem; pois muitas vezes os tenho visto passar no meio de grandes multidões de homens, sem serem vistos.

Quando o chamado do Senhor se fez ouvir aos Apóstolos para irem a Éfeso, Pedro e se bem me lembro, também Matias, se achavam na região de Antioquia. André, que vinha de Jerusalém, onde fora perseguido, não se achava longe. Judas, Tadeu Simão estavam na Pérsia. Tomé encontrava-se na Índia, quando recebeu a ordem de partir, mas já resolvera ir a Tartária, mais para o norte e não pode decidir-se a abandonar esse projeto. Assim continuou o caminho para o norte, atravessando parte da China, até chegar a região onde agora é a Rússia; ali foi chamado pela segunda vez e partiu então as pressas a leste do Mar Vermelho, na Ásia. Paulo foi chamado. Foram chamados apenas os que eram presentes ou amigos da Sagrada Família.

Os últimos dias de vida de Maria

“Eu tinha muita convivência com a Mãe de Deus em Éfeso, conta Catharina Emmerich, a 7 de agosto de 1821. Fui com ela e cerca de cinco outras santas mulheres, percorrer a Via Sacra. Estava lá também a sobrinha da profetiza Ana e a viúva Mara, sobrinha da Santa Isabel. A SS. Virgem ia a frente de todas, senão o da intensa saudade, que a levava a união com o Filho, a glorificação.

Maria era indizivelmente séria; nunca a vi rir, mas apenas sorrir de modo tocante. Estava emagrecida, mas não lhe vi rugas, nem sinal algum de velhice. Estava como que espiritualizada. Parecia ser a última vez que fazia a Via Sacra. Enquanto assim caminhava, parecia-me que João, Pedro e Tadeu já tinham chegado.

Vi (a 9 de agosto) Maria deitada num leito estreito e baixo coberto por um dossel, em forma de tenda, do qual pendiam cortinas, a direita do quarto, atrás do fogão. A cabeça repousava-lhe sobre uma almofada redonda. Estava muito fraca e pálida e como abrasada de saúde. A cabeça e todo o corpo lhe estava envolto num longo pano. Um cobertor de lã parda cobria-a.

Vi umas cinco mulheres, uma depois da outra, entrarem e saírem do quarto; pareciam despedir-se da moribunda. As que saiam, faziam com as mãos gestos de comovedora tristeza ou de oração. Vi novamente entre elas a sobrinha de Isabel, que tinha visto durante a Via Sacra.

Depois vi seis Apóstolos já reunidos na sua casa, Pedro, André, João, Tadeu, Bartolomeu e Matias, como também um dos sete diáconos, Nicanor, que era sempre tão serviçal e amável. Os Apóstolos estavam reunidos em oração na parte anterior da casa, a direita, onde tinham preparado um oratório.

Hoje (a 10 de agosto) vi entrar ainda dois Apóstolos, como as vestes arregaçadas, como viajantes, Tiago o Menor e Mateus.

Os Apóstolos celebraram ontem, a noite e hoje de manhã o oficio divino, na parte anterior da casa. Diante do altar havia uma estante coberta, da qual pendia um rolo da Escritura. Sobre o altar havia candeeiros acesos e na mesa um vaso em forma de cruz, feito de uma substância que brilhava como madrepérola. Tinha apenas um palmo de altura e outro tanto de largura e continha cinco vasos fechados, com tampa de prata. No do meio se achava o SS. Sacramento. Nos outros, porém, crisma, óleo, sal e fibras (talvez algodão) e outras coisas santas. Os vasos foram feitos e estavam fechados de tal maneira, que não se podia derramar nada. Os Apóstolos costumavam transportar essa cruz nas viagens, pendente sobre o peito, debaixo do manto. Assim eram mais do que o Sumo Sacerdote, quando trazia sobre o peito o Santo do Antigo Testamento.

Pedro, revestido do ornato sacerdotal, estava diante do altar, os outros atrás, em coro. As mulheres assistiam em pé, no fundo da casa.

Vi chegar um novo Apóstolo (a 11 de agosto) foi Simão. Ainda faltavam Felipe e Tomé.

Houve novamente oficio divino. Depois deu Pedro a SS. Virgem a Sagrada Comunhão. Levou-lha naquele vaso em forma de cruz. Os Apóstolos formaram duas fileiras, do altar até ao leito, inclinando-se profundamente, quando Pedro passou por entre eles com o SS. Sacramento. As cortinas do leito da SS. Virgem foram abertas de todos os lados.

Diante do leito de Maria havia um banquinho baixo, triangular e sobre este, um pratinho, com uma colherzinha parda e transparente.

Vi novamente (a 12 de agosto) o divino ofício; foi celebrada a Missa. O quartinho de Maria estava todo aberto. Uma mulher estava ajoelhada ao lado do leito, levantando e amparando de vez em quando a Santíssima Virgem. Vi fazê-lo também durante o dia e oferecer-lhe uma colher de suco de fruta do pratinho. Maria tinha um crucifixo sobre o leito, em forma de Y, tendo quase meio braço de comprimento; ela recebeu o SS. Sacramento.

Vi hoje (a 13 de agosto) o ofício divino, como de costume e a Santíssima Virgem, durante o dia, sentada no leito, tomando várias vezes algum alimento, com a colherzinha.

Vi os Apóstolos chegarem na maior parte muito fatigados. Ao entrar, abraçavam os que já estavam presentes, muito comovidos; alguns choraram de alegria e também de tristeza, pelo motivo tão doloroso daquele encontro. Aproximavam-se do leito de Maria, saudando-a respeitosamente; ela, porém, só poucas palavras lhes podia dizer.

Vi também cinco discípulos e lembro-me mais vivamente de Simão, o Justo e de Barnabé.

A morte gloriosa da Santíssima Virgem

O ano 48 depois do nascimento do Cristo é o ano da morte de Maria; morreu 13 anos e dois meses depois da ascensão de Jesus. A morte da SS. Virgem foi um acontecimento cheio de tristeza, mas também de consolação. Já na véspera, pelo meio-dia, reinava grande tristeza e angústia em casa de Maria; a criada estava completamente desolada.

A Santíssima Virgem descansava, silenciosa e como próximo da morte, sobre o leito. Estava toda envolta, até os próprios braços, num lençol branco. O véu do rosto estava dobrado sobre a testa; falando aos homens, puxava-o sobre o rosto. As próprias mãos só estavam descobertas quando ficava sozinha. Nos últimos dias não a vi tomar outro alimento, senão, de vez em quando, uma colherzinha de suco de uns frutinhos amarelos, semelhantes a uva, que a criada lhe espremia no pratinho, ao pé do leito.

Quando a Santíssima Virgem, ao cair da tarde, sentiu aproximar-se-lhe o fim, quis despedir-se dos Apóstolos, discípulos, e mulheres presentes e dar-lhes a bênção, conforme a vontade de Jesus. As cortinas do leito foram abertas para todos os lados. Maria estava sentada no leito, como que transparente, de uma alvura resplandecente. Rezou e abençoou um por um, com as mãos postas em forma de cruz, tocando a testa de cada um. Depois falou ainda com todos e fez tudo quanto Jesus lhe recomendara em Betânia.

A João disse como devia sepultar-lhe o corpo e distribuir-lhe a roupa entre a criada e outra moça pobre da vizinhança, que às vezes viera lhe prestar serviços.

Depois dos Apóstolos, se acercarem do leito da Santíssima Virgem os discípulos presentes e receberam-lhe também a bênção do mesmo modo. Os homens retiraram-se então para o quarto anterior da casa e prepararam-se para o ofício divino, enquanto as mulheres presentes se aproximavam do leito da Santíssima Virgem, se ajoelhavam e recebiam a bênção. Vi que uma delas, inclinando-se sobre Maria, recebeu dela um abraço.

Nesse ínterim foi preparado o altar e os Apóstolos vestiram-se para o ofício divino, com as longas vestes brancas, cingindo-se com as cinzas ornadas de letras. Cindo deles, que funcionavam no ato solene do sacrifício, como o vi celebrar por Pedro, após a ascensão de Jesus, primeiro na Igreja nova, perto do tanque de Betesda, revestiram-se das grandes e belas vestes sacerdotais.

O ofício divino já estava adiantado, quando chegaram Felipe e um companheiro do Egito. Dirigiu-se imediatamente a Mãe do Senhor recebeu-lhe a bênção, chorando copiosamente.

No entanto, Pedro acabara o santo sacrifício; tinha consagrado e recebido o Corpo do Senhor, dando-o também aos Apóstolos e discípulos presentes. A Santíssima Virgem não podia avistar o altar; mas estava sentada no leito, durante a santa cerimônia, sempre em profundo recolhimento. Depois de Pedro ter comungado deu a Santa Comunhão também aos outros Apóstolos e levou-a então a SS. Virgem.

Todos os Apóstolos o acompanharam, em procissão solene. Tadeu ia a frente, com um incensório, Pedro levava o Santíssimo Sacramento no vaso cruciforme, sobre o peito. Seguia-se-lhe João, que trazia um pequeno prato, sobre o qual estavam o cálice, com o preciosíssimo Sangue e alguns vasos. A Santíssima Virgem estava deitada de costas, tranqüila e pálida, com olhar fixo para cima; não falava com ninguém e estava como em contínuo êxtase; resplandecia de saudade.

Pedro aproximou-se e administrou-lhe o santo Sacramento da Extrema Unção, quase do mesmo modo com se faz hoje. Depois lhe deu o Santíssimo Sacramento. Sem se recostar, a Virgem sentou-se para o receber e caiu depois de novo sobre o leito. Os Apóstolos rezaram durante algum tempo e depois ela recebeu o cálice da mão de João, levantando-se um pouco menos. Vi como um fulgor penetrar em Maria, quando recebeu a Sagrada Comunhão e depois caiu em êxtase sobre o leito e não mais falou.

Mais tarde se reuniram os Apóstolos novamente em roda do leito, rezando. O rosto de Maria estava risonho e fresco como na juventude. Dirigia os olhos com santa alegria ao céu. Vi então uma visão maravilhosa e comovedora. O teto por cima do quarto de Maria desaparecera; o candeeiro estava suspenso no ar; vi, pelo céu aberto, a Jerusalém celeste. Desciam dois planos brilhantes, como nuvens luminosas, nas quais apareciam muitos rostos de Anjos. Entre essas nuvens se derramava uma torrente de luz sobre Maria, acima da qual vi uma encosta resplandecente, que subia até a Jerusalém celeste. A Virgem estendia os braços, com infinita saudade e vi-lhe o corpo sagrado, com tudo o que o envolvia, erguer-se-lhe acima do leito, enquanto a alma, como uma puríssima forma luminosa, lhe saia do corpo, com os braços estendidos, erguendo-se na torrente de luz que, qual montanha resplandecente, se elevava céus acima.

Os dois coros de Anjos, nas nuvens, se lhe uniram atrás da alma, separando-a do santo corpo, que no momento da separação recaiu sobre o leito, cruzando os braços sobre o peito. Seguindo a alma com o olhar, vi-a entrar, pela estrada de luz, na Jerusalém celeste e chegar ao trono da Santíssima Trindade. Vi muitas almas, entre as quais reconheci muitos patriarcas: Joaquim, Ana, José, Isabel, Zacarias e João Batista, lhe vieram ao encontro, com respeito e alegria. Ela passou, porém, no meio de todos, dirigindo-se ao trono de Deus e de seu Filho que, excedendo ainda com o esplendor das chagas a luz de toda a aparição, a recebeu com amor divino e lhe entregou algo como um cetro, mostrando-lhe o globo terrestre, como para lhe confiar um poder.

Assim a vi entrar na glória do céu, esquecendo-me totalmente dos que lhe rodeavam o corpo na terra. Alguns dos Apóstolos, por exemplo, Pedro e João, devem tê-lo visto também, pois tinham o olhar dirigido para o céu. Os demais estavam de joelhos e inclinados profundamente. Tudo estava cheio de luz e esplendor, como na ascensão do Senhor.

Vi com grande alegria, numerosas almas remidas do purgatório seguirem a alma de Maria, quando entrou no céu e também hoje, na festa da Assunção, vi entrar muitas almas no céu, entre as quais algumas que conheci. Foi-me dada a consoladora informação de que anualmente, no aniversario da morte da Santíssima Virgem, muitas almas que lhe tiveram devoção, participariam dessa graça.

Quando tornei a olhar para a terra, vi o corpo de Maria resplandecente, com o rosto fresco, os olhos fechados, os braços cruzados sobre o peito, deitado sobre o leito. Os Apóstolos, os discípulos e as mulheres estavam de joelhos em roda do leito e rezavam. Enquanto eu via tudo isso, era como se soasse uma música deliciosa na natureza, que parecia comovida, como o tinha percebido na noite de Natal. Expirara, como observei, depois da nona, a hora em que morrera também o Senhor.

As mulheres estenderam uma coberta sobre o corpo sagrado; depois cobriram a cabeça e velaram o rosto, sentando-se juntas no chão, no quarto do vestíbulo, onde fizeram a lamentação fúnebre, ajoelhando-se e sentando-se alternadamente. Os Apóstolos, porém, e os discípulos retiraram-se para a parte anterior da casa, cobriram a cabeça e celebraram um ofício fúnebre. Revezavam-se dois a dois, de joelhos, aos pés e a cabeceira do santo corpo. Mateus e André percorreram a Via Sacra da Santíssima Virgem, até a última estação, a gruta que representava o sepulcro de Jesus. Levaram consigo ferramentas, para escavar um pouco mais o leito sepulcral; pois ali devia ser depositado o corpo de Maria. Havia cerca de meia hora de caminho, da casa até a gruta.

Embalsamamento e eterno de Maria

Quatro vezes vi os Apóstolos se revezarem, fazendo guarda de honra ao corpo sagrado e rezando. Hoje vi chegar algumas mulheres, entre as quais me lembro ainda da filha de Verônica e da mãe de João Marcos, que vieram preparar o corpo para a sepultura. Trouxeram lençóis e especiarias, para o embalsamar à moda judaica. Cortaram os caracóis mais belos da Santíssima Virgem, como lembrança e enrolaram o corpo, dos tornozelos até o peito, em lençóis e faixas de pano, bem apertados.

Os Apóstolos assistiam, nesse ínterim, ao sacrifício solene celebrado por Pedro, recebendo com ele a sagrada Comunhão; depois vi Pedro e João, ainda revestidos dos grandes mantos episcopais, entrar pelo vestíbulo e aproximar-se do santo corpo. João levava um vaso com ungüentos e Pedro, imergindo o dedo da mão direita no vaso, ungiu a testa, o meio do peito, as mãos e os pés da Santíssima Virgem, orando. Não era a Extrema Unção, que já recebera ainda viva.

Pedro passou o ungüento sobre os pés e as mãos; a fronte e o peito, porém, assinalou-os com o sinal da cruz. Creio que foi para prestar homenagem ao corpo sagrado, como o fizeram também ao sepultar o corpo do Senhor.

Depois dos Apóstolos terem saído, continuaram as mulheres o embalsamamento. Puseram tufos de mirra sob os braços, nas axilas e no epigástrico; encheram também com a mesma os espaços entre os ombros, ao redor do pescoço e do queixo e as faces. Os pés estavam também cobertos de tais tufos de ervas aromáticas. Depois lhe cruzaram os braços sobre o peito, envolveram o corpo na grande mortalha e enrolaram-no com a faixa sob o braço, como uma grande boneca. Sobre o rosto lhe estenderam um sudário transparente, através do qual se lhe podiam ver as faces alvas e resplandecentes, por entre os tufos de ervas. Depois deitaram o corpo sagrado num caixão, semelhante a uma cesta comprida e sobre o peito de Maria uma grinalda de flores de cor branca, encarnada e azul celeste, como sinal de virgindade.

Então entraram todos os Apóstolos, discípulos e outros presentes, para ver mais uma vez o santo e querido semblante, antes de ser coberto. Ajoelharam-se, por entre muitas lágrimas e em silêncio, em roda da SS. Virgem, tocaram-lhe as mãos já enfaixadas sobre o peito, despedindo-se e depois saíram. As santas mulheres despediram-se então também, cobriram-lhe depois a santa face e colocaram a tampa sobre o caixão, que fecharam, atando-o nas duas extremidades e no meio com faixas cinzentas. Depois vi que puseram o caixão sobre uma padiola e Pedro e João transportaram-no sobre os ombros para fora da casa. Devem ter-se revezado, pois mais tarde vi que seis Apóstolos o transportavam.

Parte dos Apóstolos e discípulos precediam, outros e as mulheres seguiam o caixão. Já estava anoitecendo: levavam quatro lanternas sobre paus.

Assim seguiu o cortejo pelo caminho da Via Sacra de Maria, até a última estação e, passando em frente à pedra que a assinalava, sobre a colina, chegaram ao lado direito da gruta sepulcral. Ali depuseram o santo corpo; quatro levaram-no para dentro da gruta e puseram-no no leito escavado na pedra. Todos os presentes entraram ainda um por um, espalhando flores e ervas aromáticas e ajoelharam-se, oferecendo com lágrimas as suas orações; a tristeza e o amor fê-los demorar ainda. Já era noite, quando os Apóstolos fecharam a porta do sepulcro. Cavaram um fosso diante da entrada estreita da gruta e plantaram uma sebe de vários arbustos verdes, dos quais parte estava florescente e parte já tinha brotos e que haviam sido transplantados de outro lugar, junto com as raízes, de maneira que não se podia ver sinal da entrada, tanto mais quanto fizeram passar um pequeno córrego em frente dessa sebe. Não se podia mais entrar na gruta senão passando pelo lado, por trás dos arbustos”.

A Assunção de Maria

Os Apóstolos, discípulos e mulheres voltaram separados, demorando-se ainda aqui e acolá, rezando nas estações da Via Sacra; alguns ficaram também velando em oração perto do sepulcro. Ao voltar, viram de longe, por cima do sepulcro de Maria, uma luz maravilhosa e ficaram muito comovidos, sem saber o que era.

Vi ainda vários Apóstolos e algumas santas mulheres rezar e cantar no pequeno jardim, diante do sepulcro. Descia, porém, uma larga faixa de luz do céu até o rochedo do sepulcro e nela vi um esplendor de três círculos, de Anjos e almas, que rodeavam a aparição de Nosso Senhor e da alma gloriosa de Maria. A aparição de Jesus Cristo, com os sinais resplandecentes das chagas, pairava diante dela. Em redor da alma de Maria vi no círculo interior a luz, figuras de crianças, no segundo círculo pareciam meninos de seis anos e no círculo exterior jovens adultos. Vi-lhes distintamente os rostos; o resto vi apenas como formas luminosas. Quando esta aparição chegou até o rochedo, tornando-se cada vez mais clara, vi dali até Jerusalém celeste uma estrada de luz.

Depois vi a alma da SS. Virgem, que seguia a aparição de Jesus, passar para a frente e entrar através da rocha no sepulcro, do qual pouco depois saiu unida ao corpo glorificado de Maria, muito mais clara e resplandecente e voltou com o Senhor e todo o glorioso séqüito, para a Jerusalém celeste. Depois desapareceu todo o esplendor e se via de novo a luz pálida do céu estrelado, que se estendia sobre a região.

Se os Apóstolos e as santas mulheres, que rezavam diante do sepulcro, também o viram, não o sei; mas vi que todos olhavam para cima, orando cheios de admiração; outros, porém, atônitos se prostraram, tocando com o rosto a terra. Vi também alguns que voltavam para casa, levando consigo a padiola, entoando cânticos e orações no caminho da Via Sacra e demorando-se diante das estações, olharem com grande emoção e fervor para a luz que surgira acima do sepulcro.

Assim não vi a SS. Virgem morrer e subir ao céu de modo comum; mas primeiramente se lhe tirou da terra a alma e depois também o corpo.

Mais tarde, regressando à casa, os Apóstolos e discípulos tomaram algum alimento e depois se deitaram para dormir.
        
Abertura do sepulcro de Maria

Hoje, à noite (15 de agosto), permaneciam ainda os Apóstolos em oração e pranto, na sala. As mulheres já se tinham deitado. Então vi chegarem o Apóstolo Tomé e dois companheiros. Um desses tinha o nome de Jonatan e era parente da Sagrada Família. Oh! Como ficaram aflitos, ao ver que tinham chegado tarde! Tomé chorou como uma criança, quando ouviu narrar a morte de Maria. Os discípulos lavaram-lhes os pés e deram-lhes de comer. Nesse ínterim acordaram as mulheres e se levantaram e depois de terem saído do quarto, conduziram Tomé e Jonatam ao aposento onde a SS. Virgem morrera. Ali se ajoelharam os recém-chegados, regando o lugar com as lágrimas. Tomé ficou ainda muito tempo de joelhos, rezando diante do pequeno altar de Maria. Comoveu-me indizivelmente a sua tristeza.

Os Apóstolos, que não tinham interrompido a oração, depois de acabarem, saíram todos, para dar as boas vindas aos recém-chegados. Tomando nos braços Tomé e Jonatam, levantaram-nos, dois ainda estavam de joelhos e abraçando-os, levaram-nos à sala anterior da casa, onde lhes ofereceram pãezinhos e mel; beberam também de pequenos jarros e cálices. Rezaram mais uma vez juntos e abraçaram-se.

Depois manifestaram Tomé e Jonatam desejos de ver o sepulcro da SS. Virgem. Os Apóstolos acendram lanternas, firmadas sobre paus e todos foram pelo caminho da Via Sacra de Maria, em direção ao sepulcro. Falavam pouco; demoravam-se algum tempo diante das estações, recordando-se do caminho da cruz do Senhor e do amor compassivo da Mãe SSma., que ali pusera as pedras comemorativas e tantas vezes as regara com lágrimas.

Chegados ao rochedo do sepulcro, ajoelharam-se-lhes todos em volta. Tomé e Jonatam, porém, correram à entrada; João seguiu-os. Dois dos discípulos afastaram um pouco os arbustos diante da entrada e eles entraram e ajoelharam-se respeitosamente diante do túmulo da Santíssima Virgem. João, porém, aproximou-se do leve caixão em forma de cesta, que sobressaia um pouco do leito sepulcral, desatou as três faixas, que lhes fechavam a tampa e colocou esta ao lado. Então fizeram convergir a luz para dentro e viram, com grande espanto e comoção, os lençóis mortuários vazios, ainda na mesma posição em que lhe tinham envolvido o corpo. Sobre o rosto e o peito estavam abertos. Os envoltórios dos braços estavam um pouco soltos, mas ainda com as dobras; o corpo glorificado de Maria, porém, não estava mais na terra.

Admirados, de mãos erguidas, olhavam para o alto, como se o santo corpo nesse momento houvesse aparecido e João bradou para fora da gruta: “Vinde e admirai, ela não está mais aqui!”. Então entraram todos, dois a dois, na estreita gruta, viram os lençóis vazios no caixão e, saindo, ajoelharam-se todos e, olhando, com os braços estendido, para o céu, choravam e rezavam, louvando o Senhor e sua querida Mãe glorificada, que lhes era também ma boa e fiel Mãe. Louvavam-no como filhos piedosos, exaltando-o com doces palavras de amor, como o Espírito lhes inspirava. Então se lembraram bem daquela nuvem luminosa, que viram de longe, ao voltar do enterro e que descera sobre o rochedo do sepulcro e depois subira ao céu.

João, porém, tirou respeitosamente do caixão as mortalhas da Santíssima Virgem, dobrou e enrolou-as, para as levar consigo; depois colocou novamente a tampa sobre o caixão, atando-a com as faixas, como dantes.

Saíram da gruta, fechando de novo a entrada com os arbustos. Rezando e cantando salmos, voltaram pelo caminho da Via Sacra, para a casa de Maria.

Fecharam completamente a entrada do sepulcro da Virgem Santíssima, chegando mais os arbustos e firmando-os com terra; alargaram também o fosso. Limparam o pequeno jardim diante do sepulcro e ornaram-no; cavaram também uma passagem para a parede posterior do sepulcro e ali abriram com cinzel uma janelazinha no rochedo, pela qual se podia ver o túmulo,onde tinha jazido o corpo da Mãe Santíssima, à qual o Salvador, morrendo na cruz, os entregara todos e sua Igreja, na pessoa de João. Oh! eram filhos fiéis, obedientes ao quarto mandamento e muito tempo viveriam na terra, guardando o seu amor.

A maior parte dos discípulos presentes já se haviam despedido. Também os Apóstolos se separaram. Bartolomeu, Simão, Judas Tadeu, Felipe e Mateus foram os primeiros que, após uma despedida comovedora, voltaram ao campo de ação. Os restantes, fora João, que ainda ficou mais tempo, dirigiram-se juntos à Palestina, onde depois também se separaram. Estavam lá muitos discípulos; também várias mulheres viajaram com eles de Éfeso para Jerusalém.

Parece-me que o sepulcro de Maria ainda existe debaixo da terra; há de descobrir-se um dia.

Fonte: Extraído do Livro "Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus - Anna Catharina Emmerich - Ed. MIR.

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