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Missa nova? Encontro da RCC? Não, “missa” da comunidade Taizé |
O único motivo que possa autorizar um católico a
resistir à autoridade na Igreja é a Fé. Especialmente quanto à Liturgia, só a
Fé pode motivar a recusa do novo rito da Missa. O motivo fundamental pelo qual
todo padre e todo fiel não pode aceitar o Novus ordo consiste
justamente no fato de que esse último “representa tanto em seu conjunto
quanto em seus detalhes, um afastamento impressionante da Teologia católica“[1].
Esse afastamento com respeito à Teologia católica é
o resultado de uma
aproximação que foi desejada e consentida, no que diz
respeito à doutrina e à liturgia protestante, como o declarou o próprio Paulo
VI, ele que introduziu o novo rito: “É preciso que ao esforço que se pede
aos nossos irmãos separados para que eles se unam, também associemos um
esforço, também mortificante para nós, que é de purificar a Igreja em seus
ritos, afim que ela se torne desejável e habitável“[2].
E, de fato, como sabemos, Paulo VI pediu para seis
pastores protestantes participarem da comissão encarregada de realizar a “Missa
Nova”. Um deles, Max Thurian, membro da comunidade Taizé, declarou, ademais, a
propósito da publicação do novo missal: “Nessa missa renovada, não há nada
que possa realmente incomodar os protestantes evangélicos“[3].
O padre Bugnini nunca escondeu suas intenções
ecumênicas. Ele declarou, especialmente nas páginas doOsservatore Romano,
que a reforma litúrgica, foi suscitada em resposta ao desejo de afastar “toda
pedra que pudesse constituir ao menos a sombra de um risco de tropeço ou de
descontentamento para os nossos irmãos separados“[4]. É por isso que ele
admitiu que, relativo à “missa nova”, trata-se “aqui e acolá de uma
verdadeira criação nova, visto que a imagem da Liturgia dada pelo Concílio
Vaticano II é completamente diferente daquela que a Igreja católica teve até
aqui“[5].
Numerosos eminentes representantes do mundo
protestante – que evidentemente sempre recusaram a Missa tradicional –
afirmaram que empregar o novo rito para celebrar a “cena” protestante não
apresenta mais a menor dificuldade.
Nessa linha, também podemos citar entre outros, e
além de Max Thurian citado mais acima:
- G. Siegwalt (Le Monde de 22 de novembro de 1970);
- O. Hordahn (conferência de 15 de junho de 1975 na
abadia de Santa Maria Laach);
- e, enfim: a Declaração oficial do “Consistório
superior da Igreja da confissão de Augsburg, da Alsácia e da Lorena” de 8 de
dezembro de 1973[6].
À liturgia nova corresponde uma fé nova, pela
relação íntima que une a lex orandi e a lex credendi[7].
A nova arquitetura das igrejas pós-conciliares o manifestam de modo notável.
Eis porque a missa nova é perigosa para a Fé e induz os fiéis que a assistem a
uma profissão exterior que é contrária à Fé.
Nossa fidelidade ao rito tradicional não é
motivada, portanto, por um apego nostálgico ao latim, ao incenso, às rendas e
aos bordados, nem a um certo ritual. Essa fidelidade é motivada essencialmente
pelo dever de conservar a Fé e de ajudar os fiéis a fazer o mesmo.
Eis porque nunca aceitaremos o novo rito reformado,
que é tão próximo da “missa” de Lutero.
Eis porque encorajamos os fiéis a fazerem todos os
sacrifícios para assistir à Missa de sempre e fugir das novas celebrações,
encorajando os padres a celebrar unicamente de acordo com o rito
tradicional.
__________
Notas
[2] Cité dans
J. Guitton, Paolo VI segreto, San Paolo, Milano 1985 (4ème édition,
2002), p. 59.
[3] M. Thurian,
dans La Croix du 30 mai 1969.
[4] Cf. La Documentation Catholique, n°
1445 (1965), col. 604. Dans ce cadre, il apparaît tout à fait vraisemblable,
même si elle n’est pas vérifiable avec une certitude absolue, l’information
selon laquelle Mgr Bugnini (devenu évêque en 1972) appartenait à la
franc-maçonnerie : en effet, la franc-maçonnerie a toujours prêché
l’égalité de toutes les religions ; par conséquent, pour un franc-maçon le
nouveau rite de la Messe apparaît sous cet aspect beaucoup moins désagréable
que le rite traditionnel. Les faits seraient les suivants : en 1975 Mgr
Bugnini fut dénoncé comme franc-maçon à Paul VI ; l’ecclésiastique qui
l’accusait fournissait des preuves et menaçait de rendre la chose publique.
Paul VI prit l’affaire très au sérieux : afin d’éviter le scandale, il
releva immédiatement Mgr Bugnini de ses fonctions de secrétaire de la
Congrégation pour le Culte Divin et, en janvier 1976, il le nomma
pro-nonce à Téhéran. Par la suite le nom d’Annibale Bugnini a disparu des
listes de prélats francs-maçons publiées par la presse (listes publiées par l’hebdomadaire Panorama,
n°538 du 10 août 1976, puis dans l’Osservatore Politico de Mino
Pecorelli le 12 septembre 1978). On peut consulter sur ce dossier l’enquête du
Dr. C. A. Agnoli, La massoneria alla conquista della Chiesa, ed.
Eiles, Roma 1996 (La Maçonnerie à la Conquête de l’Église).
[5] A. Bugnini, Dichiarazione alla stampa (Déclaration
à la Presse) (4 janvier 1967), dans La Documentation
Catholique, n° 1491 (1967), col. 824.
[6] Catéchisme catholique de la crise dans
l’Église, Mathias Gaudron, Le Sel 2007 p. 178.
[7] La loi de la prière est celle de la Foi.
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