Os vossos filhos andarão errantes no deserto durante quarenta anos, e pagarão a vossa infidelidade, até que os cadáveres dos seus pais sejam consumidos no deserto, conforme o número de quarenta dias em que explorastes aquela terra; contar-se-á um ano por cada dia. E DURANTE QUARENTA ANOS PAGAREIS A PENA DAS VOSSAS INIQUIDADES, E EXPERIMENTAREIS A MINHA VINGANÇA; PORQUE ASSIM COMO DISSE, ASSIM FAREI A TODA ESTA PÉSSIMA MULTIDÃO QUE SE INSURGIU CONTRA MIM; NESTE DESERTO SERÁ CONSUMIDA E MORRERÁ.
E ASSIM TODOS OS HOMENS QUE MOISÉS TINHA ENVIADO A RECONHECER A TERRA, E QUE DEPOIS DE TEREM VOLTADO, TINHAM FEITO MURMURAR CONTRA ELE TODA A MULTIDÃO, DEPRECIANDO AQUELA TERRA COMO MÁ, MORRERAM, SENDO FERIDOS DIANTE DO SENHOR. Mas Josué, filho de Nun, e Caleb, filho de Jefone, ficaram vivos entre todos os que tinham ido explorar a terra.» Num 14, 20-25 // 33-39
A necesidade de castigos, temporais e Eternos, filia-se precisamente no referido Princípio de Ordem, pois que a dignidade ontológica das criaturas, enquanto saíram das mãos de Deus, exige que todo o pecado não perdoado, quanto à culpa, ou não expurgado, quanto à pena, possua o escarmento adequado, temporal ou Eterno, que restitua a integridade à Ordem Moral violada; esta reposição da Ordem Moral é indissociável da Glória prestada a Deus Nosso Senhor, pois embora as criaturas, ao pecar, percam a dignidade operativa, não perdem a referida dignidade ontológica, a qual exigirá então o justo castigo, temporal ou Eterno, como já se referiu.
Os homens só podem e devem castigar EM NOME E POR AMOR SOBRENATURAL DE DEUS UNO E TRINO, POR AMOR À REALEZA UNIVERSAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. O Estado verdadeiramente católico nunca pode aplicar a Justiça em nome do povo – sòmente em Nome de Deus, e segundo as Leis de Deus.
Efectivamente, a Lei Moral decorre única e exclusivamente da Verdade e Santidade infinitas, possuindo carácter intelectualista, ou seja, a Lei Moral não procede de uma vontade arbitrária de Deus, sendo intrìnsecamente conforme à Verdade e ao Bem Incriado.
O iluminismo ateu dos enciclopedistas do século XVIII, é que defendeu que a lei moral deriva do arbítrio do mais forte, e da condição bio-social do indivíduo. Essa é precisamente a concepção da maldita Igreja Conciliar, na exacta medida, em que se há liberdade religiosa, não mais pode existir qualquer Verdade Objectiva, Absoluta, Eterna e Imutável.
Para o Hegelianismo e o Marxismo também não pode existir qualquer bem ou mal absolutos. Para o primeiro, a explicitação da ideia “infinita” no particular finito, processa-se necessàriamente, em eterno retorno, numa espécie de “eternidade” contingente, irreal, acabrunhante; na exacta medida em que Hegel finitizou o ser e a ideia, não mais poderá existir qualquer distinção absoluta e substancial entre o bem e o mal.
O marxismo historicizou antropológica e antropolàtricamente a ideia hegeliana, procurando integrar o homem, a natureza, e a cultura, numa dialéctica evolutiva e criativa, na qual o bem e o mal são permanentemente particularizados e reassumidos, num processo em que a liberdade é objectivada como constituindo a consciência da necessidade com que o homem, produz, determina, cultiva e demonstra o mesmo homem – logo, continua a não poder existir qualquer distinção substancial, objectiva e absoluta entre o bem e o mal.
Para o Islão, que não possui nem teologia nem filosofia, dignas desse nome, o que infelizmente existe, E ESTÁ OSTENSIVAMENTE EXPOSTO, são homens ESCRAVOS DE SATANÁS, ESCRAVOS DOS VÍCIOS, ESCRAVOS DA SUA PRÓPRIA BESTIALIDADE, ESCRAVOS DA SUA PROFUNDA E CULPÁVEL IGNORÂNCIA.
Na melhor das hipóteses, o Islão professa UM DETERMINISMO NÃO FILOSÒFICAMENTE ELABORADO, COMPLETAMENTE INCAPAZ DE HARMONIZAR O PRIMADO ABSOLUTO DE DEUS COM O LIVRE ARBÍTRIO DO HOMEM.
Sabemos bem o que devemos à fecundidade do Tomismo neste campo, ainda que, evidentemente, o Mistério da Predestinação seja ainda mais profundo do que o Mistério da Santíssima Trindade.
Não devemos olvidar que o Islão é o fruto envenenado directamente resultante da intervenção corruptora de satanás na História humana, permitida por Deus Nosso Senhor, para castigo dos pecados dos homens.
Alá não é Deus; alá é objectivamente o demónio. Um dos maiores crimes da seita conciliar é a asserção maldita de que “todas as religiões adoram o mesmo “deus” – o que constitui uma verdadeira profissão de ateísmo.
Os verdadeiros católicos jamais podem agir como os muçulmanos. Que estes últimos procedam na base de instintos animalescos, de ódios pessoais, é perfeitamente lógico, pois não adoram a Deus Uno e Trino, mas a satanás, como ficou dito.
Que se reconheça de uma vez para sempre: OS CHAMADOS FUNDAMENTALISTAS ISLÂMICOS NÃO PASSAM DE CRIMINOSOS DE DELITO COMUM, DE BANDIDOS VULGARÍSSIMOS.
O verdadeiro católico, nunca pode, apenas ancorado na sua autoridade privada, ferir nem matar ninguém. Qualquer acção violenta dos católicos, para ser legítima, tem que possuir sempre um fundamento OBJECTIVO E HIERÁRQUICO SÓLIDO.
É conhecido como a publicação francesa alvo do atentado, TAMBÉM DESENHAVA VERDADEIRAS BLASFÉMIAS ANTI-CATÓLICAS, que me abstenho de descrever. Os seus autores, num Estado realmente católico, DEVERIAM SER CONDENADOS À MORTE E EXECUTADOS, SEM REMISSÃO. Não há, nem pode haver, a este respeito, dúvida nenhuma. Mas insiste-se: NENHUM CATÓLICO ISOLADO PODE AGIR VIOLENTAMENTE, SÓ COM A SUA AUTORIDADE PRIVADA.
A Santa Madre Igreja foi sempre a severa paladina da Ordem, da Hierarquia, da Objectividade. Os Estados ateus, ainda que não possuam qualquer autoridade em sentido formal, enquanto possuem uma orgânica, destinada à manutenção de uma determinada ordem material, geradora de um certo nível de segurança pública, devem ser respeitados, embora sòmente na base dessa materialidade.
É evidente que se os verdadeiros católicos lograssem organizar-se, constituindo-se em movimento de magnitude, moral e material, assinalável, então já poderiam actuar, mesmo com violência, de forma hierárquica e objectivamente, e portanto com toda a legitimidade que lhes adviria formalmente da Lei Eterna.
Nunca se deixe de sublinhar QUE O PRINCÍPIO REVOLUCIONÁRIO QUE OFICIALMENTE PERMITE, PRESIDE, E ATÉ ESTIMULA, À CONSECUÇÃO DAS MONSTRUOSAS CARICATURAS, FOI FORMALMENTE APROVADO NO AMALDIÇOADO CONCÍLIO VATICANO 2.
Frequentermente, Deus Nosso Senhor pune com a maior severidade determinados crimes utilizando um instrumento material em si mesmo vil. Nosso Senhor infligiu o mais severo castigo coletivo aos Judeus, pelo seu deicídio, castigo aliás solicitado pelos próprios: “Que o Seu Sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”(Mt 27,25); ora qual foi o instrumento puramente material desse castigo? Precisamente, a monstruosidade nazi. Não deixou, contudo, de constituir um verdadeiro castigo, POIS COMO TAL FOI FORMALMENTE INCORPORADO NO CONCEITO ABSOLUTO E ETERNO DO MUNDO PELA DIVINA PROVIDÊNCIA.
Tal não impediu, nem podia impedir, qualquer bom cristão, de procurar ajudar a salvar os Judeus, caso possuísse condições para isso. De resto, assim procedeu o Papa Pio XII, utilizando os seus recursos de Soberania Internacional, conquistados pelos acordos de Latrão.
Neste quadro conceptual se deve inscrever o recente atentado em Paris contra a revista ímpia; na medida em que esses jornalistas também insultavam os Mistérios da Fé Católica, com desenhos monstruosamente asquerosos, Deus Nosso Senhor justamente os castigou, embora utilizando providencialmente um instrumento material em si mesmo também repugnante. Todavia, algum bom cristão que acaso tivesse conhecimento do que se preparava, tinha obrigação de chamar a polícia.
Foi esta sempre a Doutrina da Santa Madre Igreja acerca deste género de questões.
Na grande maioria dos casos, Deus Nosso Senhor não necessita de fazer milagres para punir; utiliza igualmente fenómenos naturais, tais como terramotos, furacões, doenças, os quais, na intenção Providencial Divina, possuem o valor de castigos.
Mesmo os homens maus, no âmago da cidade do príncipe deste mundo, mesmo esses, castigam-se uns aos outros, demonstrando, EM NEGATIVO, a hegemonia da Lei Eterna, de cuja sombra não se podem esquivar, nem mesmo os que a odeiam.
Nenhum inimigo de Deus ficará sem o devido escarmento, mesmo já neste mundo, ainda que não possam ser suficientemente conhecidas pelos homens mortais, todas as vicissitudes, e todos os santíssimos desígnios de Deus Nosso Senhor, encarnados nos acontecimentos e nas tragédias deste vale de lágrimas.
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