"O concílio anti-Cristo DESAUTORIZOU EM ABSOLUTO a Santa Cruzada espanhola de 1936-1939, POIS QUE NÃO SÓ INTRODUZIU OFICIALMENTE A MAÇONARIA NA CASA DE DEUS, COMO ENALTECEU O PRÓPRIO MOVIMENTO COMUNISTA INTERNACIONAL."
Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves Cabral
Escutemos o Papa Pio XII, em passagens da radiomensagem “Com Sempre Nuova Freschezza”– 24 de Dezembro de 1942:
«Grande parte da Humanidade, e não recusamos dizê-lo, também não poucos dos que se chamam cristãos, entram de algum modo na responsabilidade colectiva do desenvolvimento erróneo, dos danos e da falta de elevação moral da sociedade de hoje em dia.
Esta guerra mundial, e tudo quanto se relaciona com ela, sejam os precedentes remotos ou próximos, os seus procedimentos e efeitos materiais, jurídicos e morais, que outra coisa representam senão O ESFACELO, INESPERADO TALVEZ PARA OS INCAUTOS, MAS PREVISTO E DEPLORADO PELOS QUE PENETRAVAM COM O SEU OLHAR ATÉ AO FUNDO DE UMA ORDEM SOCIAL, QUE DEBAIXO DO ENGANOSO ROSTO OU MÁSCARA DE FÓRMULAS CONVENCIONAIS, ESCONDIA A SUA FATAL DEBILIDADE, E O SEU DESENFREADO INSTINTO DE LUCRO E PODERIO?
O que em tempos de paz jazia comprimido – explodiu, ao romper da guerra, numa triste série de actos em oposição com o espírito humano e cristão. Os acordos internacionais para fazer menos desumana a guerra, limitando-a aos combatentes, e para regular as normas da ocupação e cativeiro dos vencidos, ficaram letra morta em várias partes; e quem é capaz de ver o fim deste progressivo pioramento?
Querem talvez assistir os povos inertes a tão desastroso progresso? Não devem, ao contrário, reunir-se os corações de todos os magnânimos e honestos, sobre as ruínas de uma ordem social que tão trágica prova deu da sua inaptidão para o bem do povo, com o voto solene de não descansar até que em todos os povos e nações sejam legião os grupos dos que decididos a levar de novo a sociedade ao INDEFECTÍVEL CENTRO DE GRAVIDADE DA LEI DIVINA, anelam pelo serviço das pessoas e da sua comunidade enobrecida por Deus?
Este voto, deve-o a Humanidade aos inumeráveis mortos que jazem nos campos de batalha: O sacrifício da sua vida no cumprimento do dever, e o holocausto a favor de uma nova e melhor ordem social .Este voto, deve-o a Humanidade aos inumeráveis desterrados que o furacão desta guerra desarraigou da Pátria e dispersou por terras estranhas, os quais podiam lamentar-se com o Profeta: “Nossa herança passou a estranhos, nossas casas a desconhecidos”(Lm 5,2). Este voto, deve-o a Humanidade às centenas de milhares de pessoas, que sem culpa nenhuma da sua parte, às vezes só por motivos de nacionalidade ou raça, se vêem destinadas à morte, ou a um extermínio progressivo.
Este voto, deve-o a Humanidade aos muitos milhares de não combatentes, mulheres , crianças, doentes e velhos, a quem a guerra aérea – cujos horrores nós deplorámos já repetidas vezes, desde o princípio – tirou, sem discernimento, ou com insuficiente inadvertência, vida, bens, saúde, casa, locais de caridade e de oração. Este voto, deve-o a Humanidade ao rio de lágrimas e de amarguras, ao cúmulo de dores e tormentas que procedem da ruína mortífera do descomunal conflito, e que clama do Céu, invocando a vinda do Espírito, que livre o mundo da invasão do terror e da violência.»
A guerra, enquanto expressão do conflito letal entre povos polìticamente organizados, constitui consequência directa do pecado original e dos pecados actuais. No Paraíso Terrestre, nunca poderiam existir quaisquer conflitos, pessoais, sociais, nacionais ou internacionais, visto que todas as inteligências se apresentariam unidas na Verdade, e todos os corações unidos na Caridade. Deus Nosso Senhor É A PAZ ETERNA E IMUTÁVEL, porque constituindo a Paz a tranquilidade na Ordem, e sendo Deus Nosso Senhor a Ordem Infinita e Incriada, esta irradia necessàriamente, metafìsicamente, aquela Paz que possui em si mesma a própria razão de ser. Todavia, a Fé Católica não pode ser pacifista porque o peso do pecado no mundo, é tão grande, tão imenso, que a alma cristã terá sempre de enfrentar as mais duras e ásperas investidas do mundo e do demónio, qualquer que seja a época ou o lugar. E para lá destas lutas espirituais, terá igualmente que se preparar para combates pròpriamente terrenos, pois Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou expressamente que não veio trazer a Paz à Terra, mas a espada. Ora se o próprio Principe da Paz, aasim falou, é forçoso que nos alistemos no Seu exército (pelo Sacramento da Confirmação) para alcançarmos a Glória de Deus e a Salvação Eterna.
A última guerra em que a Santa Madre Igreja esteve formalmente comprometida ao serviço da Glória de Deus e da salvação do que restava da Civilização Cristã, foi indubitàvelmente a heróica Guerra de Espanha; embora o lado nacionalista integrasse o movimento falangista, que era francamente pagão, filo-Nazi, mas sem o qual Franco não teria podido vencer a guerra. Aliás, o Papa Pio XI nunca confiou no Generalíssimo Franco, precisamente por causa disso (1). Por essa época, o Cardeal Tedeschini, antigo Núncio em Madrid, havia declarado que o catolicismo em Espanha era essencialmente nominal, exterior, e que a própria monarquia estava minada pelo liberalismo. Efectivamente, a Santa Sé havia condenado formalmente as Constituições espanholas de 1869 e 1876, porque eivadas do mesmo iníquo liberalismo. A referida Guerra de Espanha não foi apenas justa, foi SANTA, porque o seu propósito, pelo menos do lado Carlista, ERA EXPUNGIR E ESCORRAÇAR PARA SEMPRE DE ESPANHA, NÃO APENAS O MARXISMO, MAS IGUALMENTE A MAÇONARIA E TODO O DEMO-LIBERALISMO. NÃO O CONSEGUIU, APESAR DA VITÓRIA MILITAR; E PORQUÊ? PRECISAMENTE, EM VIRTUDE DA DESCRISTIANIZAÇÃO PROFUNDA DA SOCIEDADE ESPANHOLA, COMO UM TODO.
O concílio anti-Cristo DESAUTORIZOU EM ABSOLUTO a Santa Cruzada espanhola de 1936-1939, POIS QUE NÃO SÓ INTRODUZIU OFICIALMENTE A MAÇONARIA NA CASA DE DEUS, COMO ENALTECEU O PRÓPRIO MOVIMENTO COMUNISTA INTERNACIONAL. Alguém duvida? Pois comece por ler a “Pacem in Terris”.
Houve Papas, na Idade Média, que aquando da invenção da besta, condenaram tal arma como instrumento de satanás, proibindo-a nas guerras entre cristãos. E sem dúvida alguma, a invenção e o emprego de armas cada vez mais devastadoras, como a metralhadora, já usada na Guerra Civil Americana, e que na Primeira Guerra Mundial já conseguia disparar 600 tiros por minuto; a aviação, ràpidamente transformada em instrumento bélico, o que provocou o suicídio de um dos seus principais inventores – Santos Dumont; TODAS ESTAS DESGRAÇAS SÃO CONSEQUÊNCIA DOS NOSSOS PECADOS.
A primeira Guerra Mundial brotou directamente da rivalidade materialista das potências imperialistas europeias, laicizadas, e mergulhadas na mais sórdida competição capitalista industrial. Foi uma Guerra Civil europeia, mas sem nenhum ideal espiritual e transcendente. São Pio X abençoou os soldados de todos os países, incentivando-os a não esquecerem, embora lutando, a Caridade e a Compaixão. Recusou uma benção especial ao Imperador da Áustria.
Seria cristão, neste caso, os soldados recusarem-se à luta?
Nunca o poderiam fazer invocando qualquer autoridade particular, a menos que a guerra fosse de extermínio, o que não foi, neste caso. Segundo a Doutrina Católica, o soldado. em princípio, deve obedecer à autoridade soberana, mesmo que essa autoridade seja sòmente material, como nos Estados laicos. O caso será diferente se se constituir, hieràrquicamente, objectivamente, progressivamente, um movimento que vise disputar o poder supremo, como sucedeu em Espanha, em 1936.
Em princípio, o soldado só pode matar ou ferir no ardor da luta; não pode matar os feridos, nem aqueles que se rendem.
Os pecados e as misérias dos homens criaram contudo um novo conceito de Guerra, inspirado directamente por satanás – A GUERRA TOTAL.
A segunda Guerra Mundial foi uma Guerra total, porque a natureza das armas utilizadas não permitiam circunscrever as hostilidades apenas às forças militares, atingindo necessàriamente também os civis. Quando todas as forças industriais e económicas da nação são empenhadas no combate, torna-se imperioso que os alvos industriais constituam objectivos legítimos, arrastando para a tragédia os trabalhadores, na maioria mulheres, dessas mesmas fábricas implicadas directa ou indirectamente na produção de armamento.
Foi o que sucedeu na segunda Guerra Mundial; É evidente que os anglo-americanos não poderiam permitir que Hitler escravizasse o mundo, inclusive mesmo a União Soviética, que Hitler pretendia, não apenas alterar-lhe o regime político, mas escravizar ràcicamente o povo russo, o que era uma ignomínia. Os ditos católicos, que para parecerem ainda mais tradicionalistas, elogiam o nazismo, deveriam ler as solenes ed absolutas condenações de Pio XI na encíclica “Mit Brennender Sorge”, escrita em parte pelo Cardeal Pacelli, futuro Pio XII. Roosevelt e Churchill eram protestantes, mas salvaguardavam ainda um mínimo de Padrôes Naturais de Civilização, que o nazismo calcava aos pés. O nazismo não foi um movimento político-ideológico, por repugnante que fosse, como por exemplo o comunismo, constituiu, sim, uma associação de criminosos de delito comum, de assassinos violadores e ladrões, os quais, para castigo dos nossos pecados, conquistaram as rédeas de um poderoso estado; um pouco como está a suceder agora com os nazis islâmicos.
Consequentemente, numa guerra total, é legítimo introduzir o conceito de colectividade, de danos colectivos, de punições colectivas. Tais conceitos apenas são válidos numa ordem estritamente temporal, jamais podem ser escatològicamente funcionais. Neste quadro conceptual, é admissível a morte de inocentes, de mulheres, crianças, velhos e doentes, como consequência de operações bélicas deliberadas, na base conceptual da Guerra total entre colectividades organizadas.
Os bombardeamentos aliados à Alemanha e ao Japão inserem-se neste enquadramento. Era imperioso destruir a indústria inimiga; por outro lado, a tecnologia da época não permitia grande rigor na selecção dos alvos, assim eram inevitáveis grandes perdas de vidas inocentes. O bombardeamento de Dresden, em 1945, conquanto operado com armas convencionais, revelou-se particularmente horrível, visto a cidade estar cheia de refugiados e não haver abrigos para acolher a todos.
O bombardeamento atómico do Japão, em Agosto de 1945, constitui um caso extremo de guerra total, porque foram atingidos civis inocentes, directamente como tais, e SEM SE INSERIREM NO CONCEITO DE DANOS COLATERAIS. Acontece que apesar das derrotas que sofria, o Japão não se rendia, e os seus soldados lutavam até à morte, como em Okinawa e Iwo Jima. Neste quadro conceptual, Foi avaliado que a conquista do território continental Japonês custaria 1 milhão de vidas Anglo-Americanas e Canadianas, e 5 milhões de vidas Japonesas. Poderia tal preço ser aceite pelos governos aliados?
Os americanos lançaram sobre as cidades japonesas milhões de panfletos aconselhando a fuga. Prevendo um ataque, a terça parte da população já havia sido deslocada. Hiroxima e Nagasaqui eram importantes centros militares e industriais. Mesmo após o bombardeamento atómico, os MILITARES RECUSARAM RENDER-SE; FOI O IMPERADOR HIROHITO, QUE EXORBITANDO DOS SEUS PODERES, OS FORÇOU À RENDIÇÃO, ENVIANDO SECRETAMENTE PARA A RÁDIO A MENSAGEM EM QUE ORDENAVA A DEPOSIÇÃO DAS ARMAS.
Foram os tremendos pecados e infidelidades dos homens que conduziram ao terrível drama de consciência vivido pelos militares e políticos Anglo-Americanos. Mas à luz da Doutrina Católica, desenvolvendo homogèneamente os seus Princípios, para se aplicarem ao conceito limite de guerra total, e atendendo ao facto de que foi o Japão que iniciou a Guerra, FOI MORALMENTE CORRECTA A DECISÃO DE UTILIZAR A BOMBA ATÓMICA.
Todavia, e mais uma vez, teremos de produzir a tristíssima asserção: OS PECADOS DOS HOMENS SÃO A CAUSA DE TODAS AS TRAGÉDIAS HUMANAS. Nossa Senhora, a nossa querida Mãe do Céu, disse solenemente à Jacinta que os mortos da segunda Guerra Mundial iriam quase todos para o Inferno. Os castigos colectivos são apenas deste mundo; mas o castigo eterno prolonga individualmente a pena daqueles que por CULPA PESSOAL, o mereceram.
NOTA 1 – Em Março de 1938, após a anexação da Áustria pela Alemanha, o Cardeal Arcebispo de Viena, Theodor Innitzer, louvou pùblicamente o facto, encontrando-se festivamente com Hitler. Certificando-se do facto, a Santa Sé convocou peremptòriamente o Arcebispo para Roma. Recebido gèlidamente pelo Cardeal secretário de Estado, Eugénio Pacelli, foi o Arecebispo de Viena obrigado a assinar um documento em que desvinculava episcopado clero e fiéis austríacos de qualquer solidariedade com a atitude do Arcebispo de Viena. Ulteriormente, Innitzer foi recebido por Pio XI, que teve com ele a audiência mais tempestuosa do seu Pontificado.
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Lisboa, 18 de Agosto de 2015
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