"Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é dirigido por alguém que entende e conhece."
I – Prova do movimento
Todas as coisas existentes estão
passiveis de mudança, porem elas não podem mudar
por si próprias, um objetos pode ter seu estado “frio”, e permanecerá assim até
que algo com o estado “quente” o aqueça, como o fogo.
Ou seja, para que algo adquira uma qualidade ou perfeição, é preciso a
existência de outro para que o mude.
Tudo o que muda é mudado por outro.
Tudo o que se move é movido por outro.
É preciso então a existem de algo/alguém que tenha em si todas as
qualidades e perfeições, e que a partir dele se desenvolveu todas as mudanças,
a esse 1º motor que deu origem a todos os movimentos
e mudanças, nós chamamos de Deus
II – Prova da causalidade eficiente
Toda causa é anterior a seu efeito. Para
uma coisa ser causa de si mesma teria de ser
anterior a si mesma. Por isso neste mundo sensível, não há coisa alguma que
seja causa de si mesma. Além disso, vemos que há no
mundo uma ordem determinada de causas eficientes.
A primeira causa, as intermediárias e estas causam a última.
Por conseguinte, a série de causas eficientes tem que ser
definida. Existe então uma causa primeira que tudo causou e que não foi
causada.
Deus é a causa das causas não causada. Esta
prova foi descoberta por Sócrates que morreu dizendo: “Causa das causas, tem
pena de mim”. A negação da Causa primeira leva
à ciência materialista a contradizer a si mesma, pois ela concede que tudo tem
causa, mas nega que haja uma causa do universo.
III – Prova da contingência
Na natureza, há coisas que podem existir
ou não existir. Os entes que têm possibilidade de existir
ou de não existir são chamados de entes
contingentes. Neles, a existência é distinta da sua essência, assim o ato é
distinto da potência. Ora, entes que têm a possibilidade de não
existir, de não ser, houve tempo em que não
existiam, pois é impossível que tenham sempre existido.
Se todos os entes que vemos na natureza têm a possibilidade de não
ser, houve tempo em que nenhum desses entes existia. Porém, se nada existisse,
nada existiria hoje, porque aquilo que não existe não pode passar a existir por
si mesmo.
Se sua necessidade dependesse de outro, formar-se-ia uma série
indefinida de necessidades, o que, como já vimos é
impossível. Logo, este ser tem a razão de sua necessidade em si mesmo. Ele é o
causador da existência dos demais entes. Esse único ser absolutamente
necessário – que tem a existência necessariamente – tem que ter existido
sempre. Nele, a existência se identifica com a essência. Ele é o ser necessário
em virtude do qual os seres contingentes tem existência. Este ser necessário é Deus.
IV – Prova Dos graus de perfeição dos entes
Constatamos que os entes possuem
qualidades em graus diversos. Assim, dizemos que o Rio de Janeiro
é mais belo que Carapicuíba. Nessa proposição, há três termos: Rio de Janeiro,
Carapicuíba e Beleza da qual o Rio de Janeiro participa mais ou está mais
próximo. Porque só se pode dizer que alguma coisa é mais que outra, com relação
a certa perfeição, conforme sua maior proximidade, participação ou semelhança com
o máximo dessa perfeição.
V – Prova pelo governo do mundo
Verificamos que os entes irracionais
obram sempre com um fim. Comprova-se isto observando que sempre, ou quase
sempre, agem da mesma maneira para conseguir o que mais lhes convém.
Daí se compreende que eles não buscam o seu fim agindo por acaso, mas sim
intencionalmente. Aquilo que não possui conhecimento só tende a um fim se é
dirigido por alguém que entende e conhece. Por exemplo, uma flecha não pode por
si buscar o alvo. Ela tem que ser dirigida para o alvo pelo arqueiro. De si,
a flecha é cega. Se vemos flechas se dirigirem para um alvo, compreendemos que
há um ser inteligente dirigindo-as para lá. Assim se dá com o mundo. Logo,
existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais a seu fim próprio. A este ser chamamos Deus.
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