A pesquisa multibilionária do CERN
sobre o famoso «bóson de Higgs» implica a confissão de uma especial ignorância
que deve ser superada.
Mais a questão é aprofundada, mais
aflora a certeza da ignorância humana sobre a chave de tudo, que é a
Inteligência divina da Criação.
A contumácia dessa ignorância
indica a certeza da alienação da verdadeira sabedoria.
Porque certeza? Pela simples razão
que mesmo no melhor conhecimento deste «bóson», vetor mínimo da mais
irredutível e básica estrutura molecular – nomeada graciosamente «partícula de
Deus» – a consciência humana devia inteirar-se da própria limitação diante da
Ordem que a supera. Mas, ao invés de reconhecê-la ignora a evidente existência
de um projeto que precede e permeia a Criação de todos os bósons e galáxias do
Universo.
No campo da Física estudou-se a
possibilidade da existência de uma partícula, o tal bóson de Higgs, para explicar
como, na hipótese do Big
Bang, houvesse o meio para
acumular a massa de matéria do universo. Um mínimo intermediário para trocas
entre massa e energia. O bóson provaria
a presença do «grude» criador dessa massa». Sim, mas quem o inventou? Evita-se
o principal: que o projeto não operou só um indefinido fato externo, explosão
que seja, mas um «modelo» interno presente em toda e qualquer molécula. Esta é
a verdadeira questão que anula a veleidade de ficções sobre a «ação do acaso»
no indecifrável equilíbrio entre massa e energia; revela a Mente que o «ideou»!
Um «bóson» de «acaso constante»
podia requerer esse imenso investimento de recursos financeiros e cerebrais? Se
existe um vetor que possibilitou a aquisição de massa para a estrutura
ordenada, que vai desde as partículas mínimas à das maiores galáxias, pode não
ter Autor? Todavia, a atenção é toda para o invisível vetor. Souberam estar
diante da chave do equilíbrio material, mas para quem a detêm só meia palavra
jocosa!
Concederam-lhe o nome de
“partícula de Deus”, mas não para atestar o poder de Deus, nem deduzir a
necessidade de Sua existência! Dizem: só tratamos de ciência física.
Sim, mas vemos como nesta
discussão se alude recorrentemente ao nome de Deus.
É bom lembrar que o primeiro a
propor a teoria do Big Bang foi o jesuíta belga Georges Lemaître
(1894-1966). Trata-se de modelo teórico confirmado após nas observações do
norte-americano Edwin Hubble (1889-1953) e aprofundado por outros físicos.
Nesse sentido é salutar para a
consciência e a mente humana permanecer ancorada ao conhecimento através do
senso comum, que tempera as razões de filosofia e ciências.
Na «cosmologia», estudo do «ens mobile» - a matéria, que é sujeita à mutação -,
o que mais conta para a inteligência humana está nas razões das coisas, nas relações
de causa e efeito entre tudo, desde os mega até os mini bósons das mesmas
tantas coisas.
Não tenho autoridade para falar
de equações da Física, abandonei os estudos em 1955 nessa Faculdade (R. Maria
Antonia e laboratório no Butantã onde havia o «Betraton»), da Universidade de
São Paulo, para dar-me à aviação até me aposentar. Mas desde então tenho
aplicado aos conhecimentos divulgados neste campo um velho ditado segundo a
filosofia singela que Pieter Bruegel o Velho representou
no seu quadro «O camponês e o
ladrão de ninhos», segundo o pensamento pelo qual, quem rouba o ninho tem o
ninho; quem sabe onde o ninho está tem o saber!
No
início do século passado as revisões radicais nas concepções da mecânica
quântica na física – teoria que servia para descrever fenômenos do mini
universo molecular e atômico – foram totalmente desconcertantes. A tal ponto
que muitos consideraram ser urgente mudar completamente o modo de ver o mundo,
seus ninhos e sua ordem!
Pois bem, o ninho parece ser a
fórmula do equilíbrio das moléculas; toda molécula e daí uma fórmula para todo
o universo. O que vai além de todo conhecimento humano sobre o mecanismo de
partículas mínimas e seus bósoms,
que passam a servir a um paradoxo.
Esta partícula, que está na raiz
mesma da estrutura da matéria, que precede toda ordem universal da matéria
existente, poderia não depender de um projeto mega inteligente?
Se o negam, alienam a decifração
da mini-ordem mais inteligente que todos os cientistas da terra, a favor de uma
idéia caótica; de uma desordem na presença constante do mini bósom que, porém, requer para ser definido
fórmulas matemáticas intricadíssimas; seria, contudo um parto do caso! O fato é que a realidade é objetiva, a
inteligência humana só pode descobri-la, não pode inventá-la. A discussão do
«caso» ocupou mentes célebres. Aqui vamos mencionar o nome e uns dilemas de
Alberto Einstein, considerado uma das maiores inteligências do século. Além do
seu Postulado sobre o quantum de radiação eletromagnética «fóton»; teoria sobre o que é a luz de 1905, formulou
suas teorias sobre a «relatividade». É enorme a documentação que trata das
intuições de tal genialidade.
Aqui nos interessa o que toca a
Religião porque circula a idéia aleatória que as opiniões sobre toda ciência e
mesmo sobre Deus, emitidas por alguém muito inteligente, são boas na medida da
sua fama. Einstein seria então o indicado para tratar do bem e do mal!
Vamos ver a parte em que discutiu
a mesma ciência, na qual seu deus foi inicialmente Newton. Mas depois, descendo
nos abismos dos espaços reservados às visões e teorias corpusculares, acabou na nova «era
quântica» contra a sua velha «lei da gravidade».
No salto para o futuro da física
que relaciona a matéria com a energia, ficou famoso.
Mas depois disso procurou uma,
assim chamada experiência da realidade, dissentindo de outras ousadas
interpretações «quânticas». Resistindo a essa teoria pronunciou a famosa
afirmação, pela qual “Deus não joga dados”. – Energia transmitida aos saltos?
Brincadeira tem hora! Nesse sentido parece ir o trabalho editado em 1935 por
Einstein, juntamente com Boris Podolsky (1896-1966) e Nathan Rosen (1909-95),
com precisas objeções. Esse trabalho, hoje designado simplesmente EPR, foi
respondido então pelo dinamarquês Niels Bohr, Prêmio Nobel de Física (1922),
que contestou a sua frase sobre Deus dizendo: “Quem é você Einstein para dizer
a Deus o que ele deve fazer?”
Várias experiências foram
realizadas até as mais recentes de Alain Aspect, cuja tese foi defendida em
Paris, em 1983. Experiências que apontam para a correção das predições da
teoria quântica em situações nas quais elas colidem com as predições da
estatística resultante da existência de variáveis escondidas e, por isso,
vistas como forte indicação experimental de que, não obstante Einstein, «Deus
joga dados»!
Este ramo da ciência, atualmente conhecido como mecânica quântica, e esse aspecto da questão continuou a
ser desenvolvido apesar da resistência de Einstein no que tange os «fótons» e
continuou na experiência de Aspect para apurar dados que fossem o mais possível
quantitativamente corretos. Isto foi delineado em 1988 numa conferência no
Departamento de Teologia (!) da Universidade de Princeton (Estados Unidos),
pelo físico-matemático inglês Edward Nelson. No fundo tudo consistia em
identificar estados quânticos que, em certas medidas, levam a resultados
estatísticos incompatíveis com toda preparação de tipo não quântico; solução
baseada na incompatibilidade de outras! Então valeria a lei das probabilidades!
Complicado? Certamente. Mas aqui a coisa nos interessou por causa dessas
especulações que envolvem indiretamente a Teologia.
De fato, trata-se de uma maneira
de pensar em moldes de equacionar toda a Criação! Com que título? Da
inteligência dos cientistas que vão além de todo senso comum.
Diante dela nossa «ciência»
recorre sempre a este senso com perguntas essenciais.
Alberto Einstein podia
ensinar sobre religião?
Nosso amigo Homero Johas
dedicou-se longamente e escreveu para enquadrar Einstein num relativismo
religioso. Mas ele nunca se disse mestre em matéria religiosa. Caiu no ardil
porque a «mídia» queria ouvir sobre ela o homem «mais inteligente do mundo»;
espetáculo quase circense da grande comunicação de massa a que Einstein aderiu.
O problema é que de fato esse
cientista, embora reconhecendo uma divindade, acabou por pontificar
incoerências. Mas a isto estamos acostumados, até ao ouvir a nova Roma.
Einstein, por exemplo, disse crer
num ser de poder superior, mas que não era pessoa.
De certo pensava no Cristianismo,
de Deus, Uno e Trino nas Três Pessoas da Santíssima Trindade, contra o qual
recebera a sua educação hebraica. E aqui se coloca a pergunta. O que pode o
homem conhecer no universo que tenha maior valor que a pessoa.
Já Santo Agostinho seguindo o
conceito de Deus como essentia,
o que não muda, porque é aquele que é (Ex 3,14) do Antigo Testamento aprofunda
a visão da «pessoa».
Santo Tomás, depois, indica o
decisivo no tema agostiniano, que é a distinção entre o que concerne Deus em
modo absoluto, sem
distinguir Pessoas, e o que relativamente as distingue. E o romano Boécio trata
da questão da Trindade sob a categoria de relação; visão chave que culmina na questão 28
da Iª da Summa de Santo Tomás, que cita Boécio
para tratar do dogma: “A
substância mantém a unidade; a relação multiplica a trindade” e recorre a Boécio para repetir que
“pessoa” em Deus significa justamente relação; adota a sua definição de pessoa: rationalis naturae individua
substantia – substância
individual de natureza racional.
Lembrando esses altos pensamentos
de nossos grandes, voltamos à pergunta elementar: o que para o nosso Alberto
cientista vale mais e pode estar acima da «pessoa» em todo o universo? Será que
ele pensava em alguma mega energia ou galáxia super nova? Mas em tal caso essa
coisa de poder descomunal tinha também uma «inteligência galáctica»!
A negação da pessoa é negação da
Santíssima Trindade, da Encarnação e do Sacrifício de Amor, que salva os homens
da morte. Qual amor sem a pessoa? Amor galáctico?
Nisto não cai outro judeu bem mais
esclarecido, Rosenstock-Huessy que coloca “toda
a história da raça humana sob o simples tema: como o amor se torna mais forte
que a morte… assim, a história se torna uma grande canção… rima, ligação, que é
a função dos homens na terra. Mas que esta seja a nossa função, apenas o
conhecemos desde o nascimento de Cristo” («Segredo de Fátima ou Perfídia
em Roma?».
O que a Revelação ensina
sobre a criação da matéria?
Eclesiasticus (18, 1-6): “Qui
vivit in aeternum creavit omnia simul”… “Aquele que vive em
eterno criou todas as coisas juntas. Só o Senhor será
reconhecido justo, e subsiste rei invencível eternamente. Quem pode contar as
Suas obras? Quem pode perscrutar as Suas maravilhas? Quem poderá exprimir o
poder da Sua grandeza? Ou quem poderá enumerar as Suas misericórdias? Nada se
pode tirar ou acrescentar. Nem é possível penetrar as maravilhas de Deus.
Quando o homem julga ter concluído, estará apenas no começo e, quando cessar,
então se quedará perplexo.”
(Cuidado com as péssimas traduções
bíblicas que invertem a Vulgata)
Esta revelação contradiz ou
explica tudo o que a mente humana entende da Criação?
Notem, desde o momento em que
passou a existir no tempo o mundo da matéria e da energia, com todos os seus
fótons e bósons, tudo isto tinha e tem o mesmo princípio molecular realizado no
mesmo instante. Incrível? Quem
poderá contar as obras… perscrutar as maravilhas… exprimir o poder da grandeza
de Deus?
O fato é que isto obedece ao mesmo
«raciocínio inevitável» que tudo apareceu junto e de repente. Por isto os
cientistas chegaram à idéia de um «Big Bang». Atualmente parece que os
cientistas concordam que o tempo da realização deste é impossível de medir tão
reduzido foi. Isto é, foi «instantâneo»; toda a matéria que «mede infinitos
tais milhares de milhões de anos luz, expandiu-se de repente e SIMULtaneamente!
Depois dele, nada há de novo no cosmo que não derive só de transformações do«ens
mobile»!
Se já existiam as radiações
cósmicas e tudo no espaço, já existia a matéria da Terra.
Não consta que nenhum cientista
negue a realidade das transformações materiais.
Antoine de Lavoisier (1743-1794)
foi quem elaborou a química moderna com a lei da conservação da massa nas
reações químicas, a partir da parte do oxigênio na combustão: Na natureza, nada se cria,nada se perde, tudo se transforma. Portanto, não há quem possa criar algo
do nada nem transformar algo em nada. Logo, tudo passou a existir… Ilustre
membro da comissão que estabeleceu o sistema métrico, Lavoisier foi no regime
régio o responsável pelas entradas dos impostos, razão porque este cientista,
que poderia ser titular da fama de Einstein de seu tempo, foi guilhotinado pala
revolução do terror!
A lei da brutalidade e estupidez
do homem marcado pela Queda original não falha!
Ora, a lei da Química não é alheia
à lei da Física, como esta da Matemática e da Lógica.
O universo obedece à Lei de sua
criação inicial que foi uma desde o primeiro dia e nos «dias» seguintes
definida. Depois Deus «só» criou e cria as almas espirituais dos seres humanos.
O resto está aí, tudo junto, astronômicas ou micrométricas que sejam suas
dimensões. De novo, só há a ignorância humana sobre o que conta de fato para a
vida.
O bósom é só um iota da Palavra criadora do mundo material.
Se o homem a colhesse, como rapinou da árvore da ciência do bem e do mal, nem
assim rapinaria a arvore que é ciência sobre a origem da vida na terra.
Nesse sentido talvez venha tênue
luz sobre as pungentes palavras do Gênesis (3, 21-23): “Depois o Senhor Deus disse: «O
homem tornou-se como um de Nós, conhecedor do bem e do mal. Que ele, agora, não
estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre»”.
O homem chegou à ciência sobre a
energia atômica e seu uso no bem e no mal?
Vá lá que seja! Mas ciência sobre
o cerne do inteiro cosmo material? Jamais! Todavia, hoje esta meta parece
encantar um mundo científico que já pode destruir com a bomba H milhões de
vidas, almejando saber criar clones de vida eterna, como se fosse Deus.
Conclusão: o maior saldo do custo astronômico da
ignorância do bóson acaba por ser pago, não por centros
científicos, nem por governos, mas pela multidão de almas.
Isto acontece pela «ignorância
erudita» do essencial para a consciência humana, ou seja, do Credo em Deus Pai
todo poderoso Criador do Céu e da Terra.
Por causa dessa «ignorância» voltamos
sempre ao engano original, como se não tivéssemos recebido a graça da Redenção
no Sangue e no Amor de Jesus Salvador.
É o custo fatal de ignorar que só
a Verdade do Verbo encarnado salva, também dos miasmas da ignorância eterna.
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