P. Boucher, peregrino nos lugares santos.
Jerusalém, a mais célebre e sem dúvida a mais misteriosa das cidades que brilharam sobre a terra, era, para os hebreus, o que Roma é para nós: o centro augusto de sua nacionalidade religiosa e o ponto rumo ao qual se voltavam seus corações para orar.
Todo filho de Israel deveria viajar para a cidade santa, e todos aqueles que podiam, iam lá celebrar todos os anos a festa da Páscoa. Eis aí, portanto, a mais ilustre e mais antiga peregrinação.
É neste local que nos dias de Abraão, o rei de Salém, no país dos Jebuseus, Melquisedeque, anunciava o mais adorável de nossos mistérios, oferecendo a Deus, por sacrifício, o pão e o vinho. É ali que o Senhor escolheria mais tarde seu santuário.
Ali todos os profetas anunciaram os acontecimentos futuros escritos nos santos Evangelhos.
Contudo, o povo de Deus, frequentemente infiel, ou mesmo ingrato, também mereceu constantemente os grandes reveses que testemunharam tão claramente o governo temporal da Providência. Mais de uma vez a cidade de Jerusalém, saqueada, expiou suas traições.
Ela estava no alto e radiante quando o Redentor, que queria salvá-la, chorou sobre ela.
Infelizmente! se fomos resgatados em seu seio pelo sacrifício infinito que regenera o mundo e nos abre os céus, foram seus filhos que cometeram o deicídio. Por isso, ela deveria expiar mais uma vez suas faltas.
Contudo, e apesar da espera do castigo que estava anunciado, os discípulos de Cristo sabiam que as vias de Jerusalém tinham conservado a marca dos passos do Homem-Deus, que Ele havia falado em seu templo e em suas sinagogas, que Ele havia feito, dentro de seus muros, milagres que os perversos podiam atribuir a Belzebu, mas que ninguém poderia negar.
18 anos mais tarde, a cidade culpada, investida pelos romanos, sofre as angústias que lhe haviam sido preditas. Tomada, saqueada, destruída de cima a baixo, ela desaparece da face da terra.
Contudo, o Calvário permaneceria para os peregrinos; eles continuaram a vir de todas as partes procurar, nos escombros da Via dolorosa, o Cenáculo, aonde o Espírito Santo veio sobre os primeiros convivas da Eucaristia; a colina da Ascensão e todos os vestígios da passagem do Homem-Deus.
As perseguições, abertas por Nero, logo se espalharam. Contudo, uma maior dor estava reservada aos cristãos. O imperador Adriano, confundindo-os com os judeus, profanou os lugares santos, levantando uma estátua de Júpiter no lugar da ressurreição; uma estátua de Vênus no Calvário; uma estátua de Antínoo na gruta de Belém.
Essas infâmias só desapareceram inteiramente sob o reinado de Constantino. Esse príncipe, convertido ao cristianismo, purificou os lugares santos, construiu a igreja do Santo Sepulcro, estabeleceu santuários em Belém, Nazaré e Hebron; e quando Santa Helena, sua augusta mãe, encontrou a santa cruz, houve ali um concurso de peregrinos jamais visto antes. Ele deveria se suceder, apesar dos obstáculos que o inimigo ainda viria suscitar.
Todos sabem que Juliano, o Apóstata, ao mesmo tempo em que tentava re-estabelecer o paganismo, quis, 300 anos após a destruição de Jerusalém, contrariar a pregação de Jesus Cristo reerguendo esta cidade.
Sabe-se também como ele não obteve sucesso.
Uma multidão de testemunhas autênticas, entre as quais, Ammien Marcellin, célebre pagão, constataram que os judeus, que aplaudiram os projetos do apóstata, mal haviam cavado as fundações dela, quando chamas, emanadas do solo, devoraram os trabalhadores e seus materiais.
Várias vezes, e em diversos lugares, esse prodígio se renovou, e o pérfido imperador renunciou à sua luta.
Esses milagres marcaram de tal forma os povos, que o número de peregrinos cresceu ainda mais, e com maior zelo.
Toda alma ardente queria visitar o Calvário, o jardim das Oliveiras, a igreja do Santo Sepulcro. Ora, neste canto do mundo, o cristão via Deus presente por toda parte.
Assim, durante os séculos V e VI, casas eram construídas em torno dos lugares santos, e muitos cristãos, vindos de todas as partes do mundo, quiseram, como São Jerônimo, morrer na terra da salvação.
Contudo, em 614, Jerusalém, que respirava um pouco, foi assediada pelos Persas.
O abominável Cosroes II, seu rei, destruiria tudo a ferro e fogo, vendendo os cristãos feitos prisioneiros para os judeus, e lhes roubando a santa Cruz.
Inimigo furioso de Cristo, e vaidoso por seus triunfos, ele havia jurado fazer guerra aos romanos e de lhes conceder a paz somente na condição de que esses renunciassem a Jesus Cristo para adorar o sol, que era seu deus.
Algum tempo depois, ele seria vencido pelo imperador Heráclito e, vergonhosamente derrotado, encontraria odiosamente o fim de seu reino e de sua vida.
Heráclito, por sua vez, só concedeu a paz a Siroes, sucessor do monstro, após ele lhe entregar a santa Cruz.
Ele então a levou para Jerusalém, e atravessou, descalço, a Via dolorosa, carregando-a sobre seus ombros até o lugar venerado aonde os judeus a tinham plantado no dia do grande sacrifício.
A comemoração deste triunfo é uma das festas da Igreja [Exaltação da santa Cruz, 14 de setembro].
Infelizmente! esta nova paz dada à Jerusalém não seria longa.
Em 632, a Palestina foi conquistada por Omar, um dos primeiros sucessores de Maomé.
A cidade santa profanada inspira a Cruzada
Califa Ali Ben Hamet, Theodore Chasseriau (1819 – 1856) |
Omar, sucessor do Profeta, imediatamente edificou uma mesquita no lugar aonde estava levantado o templo de Salomão. Não atormentando, contudo, os cristãos.
Somente após sua morte, em 644, que as ignomínias e as espoliações vieram experimentá-los; os peregrinos foram obrigados a pagar um tributo para ter o direito de se prosternar no Calvário.
O tributo que se exigia dos peregrinos na entrada da cidade santa, inicialmente leve, logo tornou-se pesado, e aqueles fiéis que guardavam os lugares santos caíram rapidamente sob uma tirania odiosa.
Carlos Magno se encontrava bastante ocupado, assim como foram Carlos Martel e Pepino, com suas guerras contras os frísios e os saxões, guerras que eram verdadeiras cruzadas, mesmo que esse nome não tivesse ainda sido cunhado.
Carlos Magno envia então ao califa Haroun-al-Raschid, o chefe supremo do islamismo em Bagdá, um embaixador encarregado de reclamar a liberdade dos cristãos.
Haroun, antipático aos heróis do Ocidente, como dizem os historiadores, pois ele admirava somente a si mesmo, contudo, temendo os exércitos do grande chefe dos francos, cujo renome já havia chegado até ele (visto em uma carta de Silvestre II) [Gerberti Epist. 107].
Silvestre II exorcizando o diabo. Esse Papa pensava na Cruzada. Cod Pal germ 137 f216v. |
Desde então, ao menos durante alguns anos, sob o reino dos califas de Bagdá e dos sultões do Cairo, os filhos de Cristo puderam entrar nos lugares santos.
Eles retomaram aí, enquanto desfrutavam de alguns dias de paz, um piedoso exercício que vários acreditaram ser novo, mas que remontava aos primeiros dias da Igreja: o caminho da Cruz.
Ao exemplo da Santíssima Virgem e dos primeiros discípulos, os fiéis praticaram ali esta devoção que se mantém até hoje.
Nas relações do século X, encontram-se detalhes que mencionam na Via Crucis mais estações do que aquelas que nós fazemos.
Assim, em Jerusalém há estações: no Cenáculo;
na casa da santa Virgem; na casa de Caifás;
na casa de Anás, o Pontífice;
no lugar aonde Nosso Senhor saudou as três Marias;
no pretório de Pilatos; na arcada do "Ecce Homo";
no lugar aonde Pilatos abandonou Nosso Senhor aos judeus;
na coluna da Flagelação; na coluna do Opróbrio, aonde Nosso Senhor foi coroado de espinhos, coberto com um retalho púrpura e golpeado com uma cana;
no lugar aonde Ele foi vigiado pelos soldados;
no lugar aonde Ele foi carregado de sua Cruz;
na capela do Espasmo, que é o lugar aonde a Santíssima Virgem viu seu divino Filho cair pela primeira vez;
no lugar aonde Ele falou às filhas de Jerusalém; no lugar aonde Ele foi ajudado por Simão de Cirineu;
no lugar aonde Ele caiu pela segunda vez; no lugar aonde a santa mulher enxuga seu rosto com um véu;
nos lugares aonde as vestes de Nosso Senhor foram jogadas e compartilhadas;
aonde Ele foi pregado sobre a Cruz; no lugar aonde Ele foi levantado na Cruz;
no lugar aonde estava o soldado que lhe fere o lado com um golpe de lança;
na pedra sobre a qual Ele foi depositado morto;
no santo Sepulcro;
no lugar aonde, após a ressurreição, Ele aparece à sua santa Mãe, depois à Maria Madalena.
O caminho da Via dolorosa tem 730 passos
Há, ainda, para os peregrinos da terra santa, somente em Jerusalém, estações:
na montanha da Ascensão;
no lugar aonde Nosso Senhor fez sua oração após a Cena;
no lugar aonde dormiram os três discípulos que o acompanhavam;
no vilarejo de Getsemani, aonde Ele tinha deixado os outros;
no lugar aonde Ele foi preso;
na torrente de Cédron aonde Ele deixou quatro marcas de seus pés;
na gruta aonde São Pedro chorou seu pecado;
na igreja de São Marcos, edificada no lugar a2onde os fiéis oravam por São Pedro;
no lugar aonde Santo Estevão foi apedrejado;
no sepulcro vazio da Santíssima Virgem; no lugar vizinho aonde ela apareceu para São Tomé;
enfim, na capela aonde Santa Helena se retirava para rezar, durante sua estadia em Jerusalém.
Uma outra devoção, que nós cremos também nova, embora fosse praticada por Santa Gertrudes, por São Bernardo, por São Boaventura e por uma multidão de outros santos, é o culto do Sagrado Coração de Jesus.
Os fiéis que adoravam a cabeça coroada de espinhos, os pés e as mãos furados com os pregos, adoravam, também, o coração adorável, especialmente na estação do golpe de lança.
Muçulmanos iniciaram violências e morticínios contra os peregrinos
Entre os peregrinos ilustres destes primeiros tempos, citamos São Silvino, bispo regional cujo nome conta na lista dos bispos de Toulouse e na lista dos bispos de Thérouenne. Ele assistiu ao batismo de Carlos Martel;
Santo Arculfo, prelado nas Gálias, que escreveu em seu retorno uma descrição dos lugares santos [Mabillon a conservou nas Acta Benedictorum];
Santo Willibald, bispo de Aichstaldt, na Francônia, e um dos apóstolos da Alemanha. Uma santa religiosa de sua família narrou sua viagem.
Muitos partiram para expiar crimes. Em 868, um senhor da Bretanha francesa, chamado Frotmond, assassino de seu tio e mais jovem de seus irmãos, recebeu absolvição após ter feito três vezes a peregrinação de Jerusalém.
Os rigores contra os cristãos reapareceram sob os fracos sucessores de Carlos Magno.
No século X, eles se tornaram mais violentos; o que não detinha, ainda, o zelo dos peregrinos para a santa viagem.
Eles partiam com o cajado e as escrituras; a suserania de quem eles dependiam, lhes concediam uma carta;
seus parentes e o clero de suas paróquias lhes conduziam em procissão, orando e abençoando, até os limites do território;
e eles iam, recebidos nos castelos e nos monastérios, honrados como servos de Jesus Cristo, respeitados como seres consagrados a Deus, protegidos pelos cavaleiros, livres de todos os pedágios.
Eles atravessavam sem perigo os exércitos e os campos de batalha. Contudo, chegando à Palestina, eles só podiam, muito raramente, atingir o fim de seus votos ardentes.
Em 986, o sábio Gerbert, que se tornaria papa 17 anos mais tarde, sob o nome de Silvestre II, fez, por devoção, a viagem da terra santa, e em uma carta preciosa em seu retorno, ele expôs à Europa cristã as misérias assustadoras dos cristãos na Palestina, e a necessidade, já entendida por Carlos Magno, de uma cruzada contra os bárbaros.
Em 1048, Santo Popón, abade de Stavelot, morria em paz, escapando dos perigos da grande peregrinação e voltando para entre os seus.
Em 1054, Liébert, o santo bispo de Cambrai, partira com três mil peregrinos de sua vasta diocese; quase todos pereceram, e ele mesmo voltou triste por não ter conseguido molhar com suas lágrimas a tumba de Jesus Cristo.
Lê-se em sua Vida que, retornando a Cambrai, ele percorreu com os pés nus, todas as noites, as igrejas e os cemitérios, orando por seus companheiros mortos na viagem santa.
Cristãos resistem assalto maometano em Ramla
Dez anos depois (no ano 1064), 7 mil cristãos franceses e alemães partiram juntos para Jerusalém.
Guilherme, bispo de Utrecht; Sigefroi, bispo de Mayence; Gunther, bispo de Bamberg; Otton, bispo de Ratisbona e muitos outros senhores das duas nações fizeram parte desta tropa. J. Voigt citou um episódio curioso desta grande peregrinação [Histoire du pape Grégoire VII e de son siècle, c.III e VIII]:
“Por toda parte, nos campos e nas cidades que eles atravessavam, corriam-se para admirar seus esplendores.
“Chegando às terras dos sarracenos, eles estavam a um dia de Ramla, quando, na véspera da Páscoa, às três horas da tarde, eles se viram cercados por bandas árabes que, com o barulho de sua chegada, se armaram para pilhá-los.
“A luta começou no campo, e, no primeiro choque, muitos cristãos caíram mortos e despojados de tudo o que eles possuíam.
“Ganhou-se pouco a pouco um vilarejo que alguns tomavam por Cafarnaum.
“Ali, os peregrinos se refugiaram em um pátio, cercado por uma muralha muito baixa e quase em ruínas.
“Ela rodeava uma casa do qual o apartamento superior era felizmente disposto para a defesa.
“O arcebispo de Mayence, o bispo de Bamberg e seus eclesiásticos se colocaram ali; os outros prelados permaneceram embaixo.
“Os leigos se colocaram na muralha a fim de sustentar o ataque do inimigo.
Embora cercados de todos os lados por uma multidão, eles saíram, se precipitando sobre os árabes, desarmando um grande número e os combatendo corpo a corpo.
“A noite veio; os ladrões, vendo que eles estavam lidando com homens intrépidos, investiram contra a casa, a fim de reduzir, pela fome e o cansaço, aqueles que eles não podiam consumir.
“Eles estavam, diz-se, no número de 12 mil homens. No dia seguinte, dia de Páscoa, atacados ao amanhecer do dia, os peregrinos combateram até três horas da tarde, sem ter podido tomar nem descanso nem alimento.
“No dia seguinte, pressionados pela fome e a fadiga, eles seguiram o conselho de um padre, que lhes disse que Deus jamais tinha abandonado aqueles que se devotaram a Ele.
“Eles enviaram aos árabes um interprete encarregado de pedir a capitulação.
“O chefe dessas bandas veio com o interprete, acompanhado de 17 dos seus, os mais distintos de sua tropa. Ele deixou seu filho na porta com guardas, a fim de impedir qualquer outro de entrar.
“Ele subiu, seguido de alguns de seus companheiros, no cômodo onde estavam o bispo de Mayence e o bispo de Bamberg.
“Este último pediu passagem livre, oferecendo entregar-lhe, para isso, tudo o que ele tinha.
“Contudo, o árabe, exasperado por uma resistência que o tinha detido por três dias, replicou que era para ele prescrever as condições, e não os cristãos, e que ele queria comer suas carnes e beber de seu sangue.
“Pronunciando essas ameaças, ele desenrolou a faixa de tecido que formava seu turbante; e a lançou em torno do pescoço do prelado para estrangulá-lo.
“Este, calmo e tranquilo, deu um soco tão forte no rosto do árabe que ele caiu aos seus pés.
“Os outros peregrinos, testemunhas desta cena, agarraram seus companheiros e amarraram suas mãos nas costas.
“Com seus gritos assustadores, os cristãos, que estavam sobre a muralha, se encorajaram e atacaram as posições árabes que os bloqueavam, matando uns e colocando em fuga os outros.
“Então, aqueles do estágio superior desceram, levando diante deles os chefes amarrados, expondo-os nos lugares aonde os lanceiros caíram, tendo sobre suas cabeças a espada suspensa e ameaçando matá-los se o combate não cessasse imediatamente.
“Sob as súplicas desses prisioneiros, o filho do chefe inimigo ordenou à sua tropa furiosa para baixar as armas.
“Nesse mesmo momento chegou um mensageiro enviado por aqueles peregrinos que tinham conseguido chegar a Ramla, após terem sido completamente despojados.
“Ele anunciava que o governador de Ramla, em troca de uma soma acordada, vinha ao socorro dos cristãos com grandes tropas. A esta notícia, os árabes fugiram.
“O socorro chegou, com efeito: os cristãos entregaram ao governador seus cativos e a soma estipulada; e eles entraram sem outra dificuldade em Ramla.
“Uma escolta lhes foi dada em seguida para colocá-los a salvo dos ataques; eles chegaram em Jerusalém.
“Contudo, o número de peregrinos já estava reduzido pela metade; e aqueles que sobreviveram, despojados de tudo, não poderiam entrar em Jerusalém, o fim de todos seus suspiros, se eles não tivessem uma peça de ouro nas mãos para pagar na porta; aqueles que não puderam obtê-la, só puderam andar miseravelmente em torno das muralhas da cidade santa aonde repousava a tumba de seu Salvador”.
Os Papas percebem a necessidade da Cruzada, mas os príncipes não ouvem bem
Bem-aventurado Papa Urbano II convocou a Cruzada contra o Islã |
Em 1075, o grande papa Gregório VII já pressionava avidamente os príncipes cristãos à guerra santa, prevista por Carlos Magno, implorada por Silvestre II.
Ele impôs, neste mesmo ano, a peregrinação de Jerusalém ao abominável Cencius, que tinha odiosamente atentado contra sua liberdade e sua vida.
50 mil cristãos se levantaram, contudo, faltavam-lhes chefes, pois os príncipes cristãos se mantinham surdos.
Em 1085, Roberto, o Frísio, tendo se associado ao governo dos Estados de Flandres, seu filho primogênito, Roberto II, partiu para a santa viagem, mais ou menos ao mesmo tempo em que Berenguer II, conde de Barcelona; Fréderic, conde de Verdun, e Conrado, conde de Luxemburgo, a quem a santa peregrinação estava prescrita em expiação, assim como havia sido para Roberto da Normandia, a Fulque d'Anjou, a Frotmond e a outros personagens culpados por assassinatos ou rebelião.
Depois de longas vicissitudes, Roberto, o Frísio, e seus companheiros puderam, pela força do dinheiro, adorar seu Deus sobre o Calvário.
Eles voltaram somente em 1091, e Roberto passou a se ocupar somente de sua salvação.
Contudo, ele enviará tão logo seu filho para a Cruzada. Ele tinha visto, na Palestina, reinos à conquistar.
Como ele era somente o segundo filho do conde de Flandres, Balduíno de Lille, e não podendo esperar uma parte dos feudos de sua casa, disse a seu pai:
“Dei-me homens e navios, eu irei bem rápido conquistar um reino entre os sarracenos da Espanha”.
Em seu retorno, ele julgou que uma conquista era ainda mais fácil na Palestina.
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