O tratado
"De Cura pro Mortuis Gerenda" (O Cuidado Devido aos Mortos) foi
escrito por Santo Agostinho em 421, como resposta a uma consulta feita pelo
bispo Paulino de Nola, a respeito da vantagem de se sepultar um cristão junto
ao túmulo de um santo.
Embora
a pergunta fosse, de certa forma, simples, Santo Agostinho aborda uma série de
fatos importantes e interessantes a respeito dos mortos, que até hoje são
conservados e respeitados pela Igreja. Entre outras coisas, fala da utilidade
da oração pelos mortos (antiquíssimo testemunho do Purgatório, ainda que tal
palavra não apareça), a possibilidade da aparição dos mortos aos vivos (através
do ministério dos anjos ou por permissão direta de Deus), a oração dos santos
falecidos a nosso favor, o dia que a Igreja dedica a todos os falecidos (Dia de
Finados), etc.
PARTE IV
CAPÍTULO XIII
Por que não podemos atribuir a anjos essas operações permitidas
pela Providência Divina, que sabe se servir sabiamente dos bons e dos maus,
conforme a inescrutável profundidade de seus julgamentos? Essas visões podem
servir tanto para instruir
quanto para enganar os vivos, para consolá-los ou
assustá-los, sendo cada um tratado com misericórdia ou com rigor por aquele que
a Igreja não celebra em vão "a misericórdia e a justiça"34.
Entenda como quiser isto que vou falar agora: se acaso os mortos
intervissem nos problemas dos vivos, aparecendo-nos e falando-nos durante o
sono, a minha piedosa mãe (para não falar de outras pessoas) não me abandonaria
uma noite sequer, pois ela sempre me seguiu por terra e mar, sempre partilhou
comigo a sua vida. Para mim é difícil crer que uma vida mais feliz a tornou
indiferente para comigo, a ponto de não mais me consolar nas tristezas, justo
eu que fui seu grande amor e a quem ela jamais quis ver triste!
Certamente as palavras do Salmo são verdadeiras: "Meu pai e minha mãe me abandonaram,
mas o Senhor me acolheu"35.
Ora, se os nossos pais nos abandonaram, como podem eles se
interessarem por nossos problemas? E se ficam indiferentes, que outros mortos
poderiam se inquietar pelo que fazemos ou sofremos? Assim declara o profeta Isaías: "Porque tu é que és o nosso
Pai. Abraão não nos conheceu, nem Israel soube de nós"36.
Se os grandes patriarcas desconheceram o destino do povo do qual
eram a fonte e cuja raça saiu como fruto de sua fé em Deus, como seria possível
aos mortos intervir, para conhecer e proteger nos negócios e empreendimentos
dos vivos? E como poderíamos declarar bem-aventurados os santos que morreram
antes das nossas infelicidades se eles continuassem sensíveis às desolações da
vida humana? Acaso não estaríamos enganados se disséssemos que eles se
encontram em um lugar de absoluta tranquilidade se porventura eles se
inquietassem com a atormentada existência dos vivos? O que significaria, então,
esta promessa feita por Deus em benefício do piedoso rei Josias, de que ele morreria
antes dos males que estavam para se abater sobre sua nação e seu povo, para que
não sentisse tristeza de ver tal tragédia? Eis a Palavra de Deus: "Direis ao rei de Judá que vos
enviou a consultar o Senhor: 'Eis o que diz o Senhor Deus de Israel: como
ouviste as palavras do livros e o teu coração se atemorizou a ponto de te
humilhares diante do Senhor, após ouvir as palavras contra esta terra e seus
habitantes, que virão a ser objeto de espanto e reprovação, e também por
rasgardes as vestes e chorardes diante de Mim, eu te escutei - diz o Senhor - e
por isso te farei descansar com teus pais e sereis sepultado em paz, para que
teus olhos não vejam o mal que farei cair sobre esta terra"37.
Aterrorizado por essas ameaças de Deus, Josias chorou e rasgou suas
vestes, mas a certeza de que sua morte precederia as desgraças que estavam por
vir, bem como a certeza de que fora chamado a gozar a paz no repouso, sem ter
que ver aqueles males, devolveram-lhe a serenidade da alma.
Portanto, as almas dos mortos encontram-se em um lugar onde não
podem ver o que se passa ou acontece aos homens da terra. E como poderiam
partilhar das misérias dos vivos se estão a suportar as próprias penas, caso as
tenham merecido, ou estão em paz repousando, como foi prometido a Josias? Aí
não sofrem nem por si, nem por outros, pois se livraram de todas as penas por
suportarem a dor pessoal e a compaixão por outrem quando viviam sobre a terra.
CAPÍTULO XIV
Alguém me dirá por objeção: se os mortos não se interessam pelos
vivos então porque aquele rico que passava tormentos no Inferno suplicou a
Abraão para que enviasse Lázaro a seus cinco irmãos vivos, para convencê-los a
mudar de vida e, assim, evitarem aquele lugar de sofrimentos?38.
Será que é possivel deduzir dessa passagem que ele sabia o que seus irmãos
faziam ou sofriam nesse tempo? Estava ele preocupado com os vivos, sem saber o
que faziam, da mesma forma como nos preocupamos com os mortos, sem sabermos o
que fazem? Na verdade, se não nos interessássemos por eles, também não oraríamos
na intenção deles. Aliás, Abraão não enviou Lázaro à terra, mas respondeu ao
condenado que seus irmãos tinham Moisés e os profetas; deveriam ouvi-los se
desejassem escapara daqueles suplícios...
Neste ponto, pode-se novamente objetar: "como poderia Abraão
ignorar o que se passava sobre a terra, já que sabia viver Moisés e os
profetas, isto é, seus escritos, e que, seguindo-os, escapariam dos tormentos
do Inferno? Ele não sabia também que o rico havia gozado as delícias e que o
pobre Lázaro vivera na miséria e no sofrimento, pois disse: 'Filho, lembra-te
de que recebeste teus bens em vida e Lázaro, por sua vez, os males'39?
Logo, Abraão conhecia os fatos referentes aos vivos e não aos mortos". É
certo, mas esses fatos ele podia não ter conhecimento no momento em que
ocorreram, mas após o falecimento dos dois e sob as indicações do próprio
Lázaro. Desse modo, a palavra do profeta não está desmentida: "Abraão não nos conheceu"40.
CAPÍTULO XV
Convenhamos que os mortos ignoram o que acontece na terra, pelo
menos no momento em que ocorrem. Pode vir a conhecer mais tarde, por intermédio
daqueles que vão ao seu encontro, uma vez falecidos. Certamente, não ficam
sabendo de tudo, mas apenas aquilo que lhe for autorizado saber e que têm
necessidade de saber.
Os anjos, que velam sobre as coisas deste mundo, também podem lhes
revelar alguns pontos que julguem convenientes a cada um, por Aquele que tudo
governa, pois se os anjos não tivessem o poder de estarem presentes tanto na
morada dos vivos quanto na dos mortos, o próprio Senhor Jesus não teria dito: "Aconteceu que o pobre
[Lázaro] morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão"41.
Eles estão, assim, ora na terra, ora no céu, já que foi da terra que levaram
aquele homem que Deus os confiou.
As almas dos mortos também podem conhecer alguns acontecimentos
aqui da terra por revelação do Espírito Santo, acontecimentos estes cujo
conhecimento seja necessário. E isto não se restringe somente a fatos passados
ou presentes, mas também futuros. É assim que os homens - não todos, mas apenas
os profetas - conheceram durante sua vida mortal, não todas as coisas, mas
apenas aquelas que a Providência Divina julgava bom lhes revelar.
A Sagrada Escritura atesta-nos que alguns mortos foram enviados a
certas pessoas vivas e, da mesma forma, algumas pessoas foram até a morada dos
mortos: Paulo foi arrebatado até o Paraíso42; e o profeta Samuel,
após sua morte, apareceu a Saul, ainda vivo, e lhe predisse o futuro43.
É bem verdade que alguns não admitem que tenha sido Samuel que apareceu, já que
sua alma não acatava a tais procedimentos mágicos, como dizem. Julgam, assim,
que foi outro espírito que se submete a essa arte maléfica que se revestiu de
uma imagem semelhante a dele. Mas o livro do Eclesiástico, atribuído a Jesus,
filho de Sirac - cujas semelhanças de estilo poderiam ser do próprio Salomão -,
relata-nos um elogio aos Patriarcas onde afirma que "Samuel profetizou
mesmo depois de morrer"44, e isto não poderia se referir a
outra coisa a não ser essa aparição do defunto Samuel a Saul. Alguém poderia
discutir a autoridade desse livro, sob o pretexto de que não se encontra no
cânon dos hebreus, mas existe um outro texto que nos convida a admitir esse
envio de mortos aos vivos: trata-se da passagem das aparições de Moisés e Elias
no [monte] Tabor. O que dizer de Moisés, cujo livro do Deuteronômio nos
certifica da sua morte45, aparecendo vivo ao lado de Elias - que não
morreu - como lemos no Evangelho?46
CAPÍTULO XVI
Tudo o que foi escrito até agora serve para resolvermos esta
questão: como os mártires que se interessam pelas coisas humanas se manifestam,
atendendo as nossas orações, uma vez que os mortos ignoram o que fazem os
vivos?
Com efeito, sabemos, não por vagos rumores, mas por testemunhas
dignas de fé, que o confessor Félix - cujo túmulo tu veneras piedosamente como
santo asilo - deu não apenas mostras de seus benefícios, mas até de sua
presença, ao aparecer aos olhos dos homens durante o cerco da cidade de Nola
pelos bárbaros.
Esses fatos excepcionais acontecem graças à permissão divina e
estão longe de entrar na ordem normalmente estabelecida para cada espécie de
criatura. Não podemos concluir pelo fato da água ter se transformado em vinho
pela palavra do Senhor47, que a água tenha poder de operar por si
mesma essa transformação pela propriedade natural de seus elementos, visto que
tratou-se de uma operação divina excepcional e até única! Também o fato de
Lázaro ter ressuscitado48 não
significa que todo morto possa se levantar quando quiser ou que possa ser
normalmente acordado como qualquer homem adormecido. Uns são os limites do
poder humano; outras são as marcas do poder divino. Uns são fatos naturais;
outros, miraculosos, ainda que Deus esteja presente na natureza para a manter
na existência e a natureza tenha seu lugar inclusive para os milagres.
Assim, é necessário não crer que todos os defuntos - sem excessão
- podem intervir nos problemas dos vivos apenas pelo fato de que os mártires
tenham obtido curas ou prestado outros socorros. É preciso compreender, ao
invés, que é por causa do poder de Deus que os mártires intervêem nos nossos
interesses, pois os mortos não possuem tal poder por sua própria natureza.
Há, porém, uma questão que ultrapassa os limites da minha
inteligência: como os mártires, que sem sombra de dúvida socorrem seus devotos,
aparecem... em pessoa e no mesmo momento? em vários lugares e afastados uns dos
outros? sua ação se faz notar apenas onde se encontra o seu túmulo ou em
qualquer outro lugar? se permanecem confinados na morada reservada a seus
méritos, longe de qualquer relacionamento com os mortais, contentam-se em
interceder pelas necessidades daqueles que lhes suplicam? oram da mesma forma
que nós oramos pelos mortos, sem estar presentes e sem saber onde estão e o que
fazem?
Não será Deus, o Deus onipotente e onipresente, que não se acha
confinado em nós e muito menos afastado de nós, que atende as orações dos
mártires, servindo do ministério dos anjos, cuja ação se estende sobre todas as
coisas, para distribuir o consolo aos homens que Ele julga ser necessário para
enfrentar as misérias da vida presente? Não será Ele que, com poder admirável e
infinita bondade, faz resplandecer os méritos dos mártires onde Ele o quer,
quando quer, como quer, especialmente nos locais onde se ergueram suas
sepulturas, por saber que a lembrança dos sofrimentos suportados em confissão a
Cristo, nos é útil para nos confirmar na fé?
Repito: esta é uma questão muito elevada e complexa para mim, de
forma que não a posso explicá-la a fundo... Dessas duas hipóteses que indiquei,
qual será a verdadeira? Talvez os dois processos sejam empregados em conjunto,
de maneira que, às vezes, os mártires nos atendem com sua presença pessoal, e,
às vezes, por intermédio dos anjos que tomam a sua forma. Não ouso decidir e
preferiria esclarecer-me junto a homens sábios que conheçam o assunto. Não digo
que ignore ou imagine que saiba pois é impossível que não haja alguém que saiba
porque Deus, em suas liberalidades, concede certos dons a alguns e outros dons
a outros, conforme o ensino do Apóstolo que diz que a ação do Espírito Santo
manifesta-se em cada um de acordo com uma utilidade comum. Eis o que diz Paulo:
"Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para
utilidade de todos. A um, o Espírito dá a mensagem da sabedoria; a outro, a
palavra da ciência segundo o mesmo Espírito; a outro, o mesmo Espírito dá a fé;
a outro, ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas; a outro, o
poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos
espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro, ainda, o dom de as
interpretar. Mas tudo isso é realizado pelo único e mesmo Espírito, que
distribui os seus dons a cada um conforme lhe apraz"49.
Ora, entre todos esses dons elencados pelo Apóstolo, quem recebeu
o dom do discernimento dos espíritos é que conhece essas questões - que agora
tratamos - da forma como é necessário conhecer.
CAPÍTULO XVII
Creio que esse é o caso do famoso monge João, a quem o imperador
Teodósio Magno consultou a respeito de uma guerra civil. De fato, ele possuía o
dom da profecia... Mas eu não duvido que os dons [do Espírito] sejam
distribuídos um por pessoa, isto é, acho que é possível a uma mesma pessoa
receber diversos dons.
Certa vez, esse monge João soube que uma mulher muito piedosa
desejava vê-lo. Então, através de seu marido, ela insistiu em marcar uma
entrevista, mas ele recusou, como costumava a fazer quando se tratava de
mulheres. Contudo, disse ao marido: "Ide e dize à tua esposa que ela me
verá esta noite durante o sono". E, de fato, ela o viu dando-lhe conselhos
convenientes a uma mulher cristã casada. Quando acordou, essa mulher contou
tudo a seu marido, que conhecera pessoalmente esse homem de Deus e o reconheceu
tal como ela o descreveu. O casal, então, revelou esse fato a um senhor que me
comunicou, senhor esse sério, nobre e digno de fé.
Ora, se me fosse possível encontrar esse santo monge que, como me
disseram, se deixava interrogar pacientemente, sabendo responder tudo com
grande sabedoria, perguntar-lhe-ia algo que nos interessa aqui: se ele
realmente se apresentou a essa mulher que dormia, pessoalmente, sob os traços
aparentes do seu corpo, tal como os nossos corpos se apresentam a nós mesmos
durante nossos sonhos; ou se a visão ocorreu pelo ministério dos anjos ou outra
modalidade, enquanto ele mesmo fazia outra coisa ou até mesmo dormia, tendo
seus próprios sonhos... E, caso confirmasse esta segunda hipótese,
perguntar-lhe-ia se foi por uma revelação do Espírito de profecia que pôde
prometer sua aparição naquela noite, durante o sonho da mulher.
Ora, se ele se apresentou pessoalmente em sonho à mulher, ele o
fez por uma graça extraordinária e não por meios naturais, isto é, por um dom
de Deus e não por seu próprio e natural poder. Mas, se essa mulher o viu
enquanto ele fazia uma outra coisa (por exemplo: estivesse ele dormindo e tendo
seus próprios sonhos), o fato se assemelhará ao que lemos nos Atos dos
Apóstolos, quando o Senhor Jesus, falando a Ananias sobre Saulo, revela-lhe que
Saulo vê Ananias ir até ele, ao passo que este nada sabia sobre isso50.
Porém, qualquer que fosse a resposta dada pelo monge João, esse
homem de Deus, às minhas perguntais, eu ainda o teria questionado sobre os
mártires. Perguntar-lhe-ia se eles aparecem pessoalmente durante o sono ou
outro modo, sob figura que lhes apraz. E perguntaria, principalmente, como
explicar o fato de dêmonios que habitam pessoas possessas queixarem-se de ser
atormentados pelos mártires, a ponto de suplicarem que sejam poupados. Ainda
lhe perguntaria se a sua intervenção se produz por ordem de Deus e pelo
ministério dos anjos, para a glorificação dos santos e utilidade dos homens, já
que os mártires encontram-se em repouso, longe de nós, em visões mais altas, contentando-se
em orar por nossa intenção. De fato, em Milão, junto à sepultura de Gervásio e
Protásio, quando se pronunciava os nomes desses heróis e dos falecidos
comemorados com eles, os demônios gritavam o nome de Ambrósio, que ainda era
vivo, suplicando-lhe que os poupasse. E o bispo encontrava-se longe dali,
ignorando o que se passava e entretido com outras ocupações...
Será que podemos pensar que os mártires às vezes agem por presença
efetiva e outras vezes pelos ministérios dos anjos? Podemos discernir o modo
empregado por eles? Sob quais sinais podemos reconhecer isso? Somente quem
recebeu esse dom do Espírito Santo é que pode discernir, pois é o Espírito que
distribui os favores particulares a cada um, conforme lhe apraz.
Creio que o monge João, a meu pedido, poderia me esclarecer sobre
essas dificuldades. Em sua escola eu poderia aprender o verdadeiro e correto
conhecimento, ou até mesmo poderia crer - mesmo sem o compreender - naquilo que
me afirmasse saber com certeza. Talvez até ele me responderia com as seguintes
palavras da Escritura:
"Não procures saber o que excede a tua capacidade e
não especules o que ultrapassa as tuas forças; mas creia sempre no que Deus te
mandou"51.
Com gratidão, eu também acolheria esse conselho, pois não é de
pouco proveito, nas coisas obscuras e incertas - e que não podemos compreender,
adquirir a convicção clara e correta de que elas não devem ser investigadas, ou
seja, convencer-se de que não é nocivo ignorar aquilo que se quer saber,
imaginando que poderíamos tirar proveito em o saber.
__________________
34cf. Sl 100,1.
35cf. Sl 26,10.
36cf. Is 63,16.
37cf. 2Rs 22,18-20.
38cf. Lc 16,27.
39cf. Lc 16,25.
40v. nota 36.
41cf. Lc 16,22.
42cf. 2Cor 12,2.
43cf. 1Sm 28,15-19.
44cf. Eclo 46,23.
45cf. Dt 34,5.
46cf. Mt 17,3.
47cf. Jo 2,9.
48cf. Jo 11,44.
49cf. 1Cor 12,7-11.
50cf. At 9,12.
51cf. Eclo 3,22.
Parte IV -
Intervenção dos Mortos no Mundo dos Vivos - capítulos XIII à XVII
Parte V - Conclusão eEncaminhamento - capítulo XVIII
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