“Ai de mim se não aproveitar o tesouro que tenho e, mais
importante, se não aprender com os grandes exemplos de virtude dos meus irmãos
e irmãs de capela.”
Patrícia Medina
Sempre achei textão de
facebook uma coisa meio tola...Um pouco como o famoso Recanto do Orador
londrino no Hyde Park. Mas vou me permitir subir no meu banquinho digital e fazer o dito “textão”. Um textão de ação de
graças.
Domingo passado tivemos o
nosso último encontro de mocinhas de 2017 na nossa Capela. O meu coração e o da
minha comadre estavam transbordando de gratidão. Um ano em que as meninas
tiveram formação com o padre João sobre as vidas dos santos e diversas
virtudes: justiça, fé, piedade, caridade, paciência, esperança. Aprenderam com
o padre como deviam rezar e oferecer pequenos sacrifícios pelos sacerdotes. Aprenderam
sobre o decoro devido na casa de Deus, como fazer genuflexão ao entrar, como
botar o véu (antes de entrar na capela e tirá-lo somente depois de sair dela),
como beijar as mãos consagradas do sacerdote, como sentar como mocinhas, etc.
Fizeram várias atividades de artesanato, riram bastante, correram, lancharam,
pularam. O cerne do encontro de mocinhas, como podem ver, é o resgate de tudo o
que é católico (e que se perdeu na tragédia pós-conciliar), para maior glória
de Deus. Que alegria ver uma nova geração de “senhoras da capela” se formando e
experimentando a saúde, a beleza, a “pastoralidade” (por falta de palavra
melhor) da nossa santa religião como coisa normal! Bendito seja Deus!
Mas o encontro de mocinhas
(e o de rapazinhos, onde aprenderam muito também e soltaram pipa, comeram fruta
no pé, andaram a cavalo, pintaram paredes) é só um dos muitos frutos da nossa
abençoada capela. Um lugar que tem a atração de um ímã poderoso. Atenção (e
cuidado!) aos visitantes: quem visita a Capela Santa Maria das Vitórias acaba
fazendo planos malucos de se mudar para Anápolis! Temos um punhado de histórias
de famílias e de jovens que fizeram ou desejam fazer exatamente isso.
Mas o que tanto atrai as
pessoas à essa capela? A caridade do padre que é um pai para todos os seus
filhos? Suas homilias sólidas e corajosas? As aulas de Catecismo dadas pelo
padre? O coral extraordinário que temos (meu Deus, que coral!!!)? A beleza
barroca da capela? A reverência e piedade dos rapazes que servem às Missas? O
nosso santo sacristão? As filas de confissão cada dia maiores, mesmo nas Missas
diárias? Uma quantidade robusta de jovens que amam tanto Maria Santíssima? O
clima bucólico de uma capelinha entre muitas árvores, passarinhos e até
macaquinhos (a parte dos macaquinhos não é das coisas que eu gosto na capela,
hahaha)? O bazar onde todos se ajudam e saem ajudados? As festas comunitárias
onde reina a caridade? Sobretudo a vida de piedade da capela, onde Missas,
terços, novenas, adorações ao Santíssimo Sacramento, tudo isso se multiplica na
rotina santificante de uma comunidade que confia em Deus e espera a vida eterna
no exato cumprimento do seu dever e na convivência com os irmãos? Sim. Tudo
isso. Pensei tudo isso depois da homilia do padre sobre as vocações. Afinal, o
que atrai todos à esta capela é Ele, é Nosso Senhor!
E aqui pasmariam os
modernistas! Eles nos acusam de viver nas nuvens, de sermos doutores da lei,
pouco preocupados com a “vida aqui embaixo”. Gritam aos quatro ventos que
julgamos, que não temos misericórdia, que somos um gueto de adoradores
litúrgicos. Ah.... como os modernistas se calariam com a nossa capela! Na minha
capela se ama Jesus se amando o irmão. Soou TL? Pois amar Nosso Senhor amando o
próximo é católico! Tradicionalmente católico! Não vou ser vulgar e nomear as
pessoas em questão que, na sua humildade, se creem tão normais, (os santos mais
doces são aqueles escondidos até de si mesmos!): temos muitos exemplos
edificantes de virtude heroica nessa capela. Pessoas dadas à prática de boas
obras, pessoas que abraçam heroicamente o sofrimento dando graças a Deus,
pessoas que socorrem os que sofrem, pessoas que confiam na Providência Divina
como crianças confiam na melhor das mães. Temos fiéis corajosos, que não se
abatem diante da pobreza (sim, nossa capela tem muitos pobres, gente corajosa e
trabalhadora). Em cinco anos de capela, nunca ouvi fofoca de nenhum dos meus
irmãos. E as dores da vida são compartilhadas não em tom de reclamação, senão
com a paciência própria de quem tem fé e a mortificação própria de quem espera
o socorro do céu com o auxílio das orações dos irmãos. Nessa abençoada capela,
se ama Cristo se amando o próximo. Não que seja uma capela de gente perfeita.
Longe disso. Mas é uma capela de gente que tenta. E como tenta!
Cada novo bebê nascido,
cada Batismo, cada passo nesse vale de lágrimas é celebrado por todos. Sei que
o meu sofrimento particular de 2017 está nas intenções das orações de tantas
famílias. Minha família também se ajoelha e reza diariamente por esta ou aquela
família que está precisando de orações. Nessa bendita capela, amamos os nossos
irmãos, amamos a Deus.
Penso que fui colocada ali
por misericórdia de Deus. Depois de alguns anos de exílio, sem paróquia, sem
comunidade, sem padre, sem Missa regular, sem Catecismo, sem confissões e
direção espiritual, fui colocada ali como se coloca uma planta numa estufa:
para crescer e ser transplantada daí para o meu lugar definitivo: o céu. Ai de
mim se não aproveitar o tesouro que tenho e, mais importante, se não aprender
com os grandes exemplos de virtude dos meus irmãos e irmãs de capela.
Bendito dia em que meu
marido viu a postagem no Fratres in Unum sobre essa capela e disse: vamos para
lá! (Rezo sempre pelo “Ferreti” desde então). Valeu a pena. Ai de mim se não
aproveitar tão grande graça.
Viva Jesus! Viva Maria!
Obs: vídeo das meninas
cantando o Adeste depois de 30 minutos de ter aprendido a música e ensaiado. A
desafinação no meio é muito fofa....
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.