"O
Pacto das Catacumbas, como os signatários proclamam, um texto onde
alguns membros do clero modernista, presentes no infeliz 2º concilio
no Vaticano redigiram proclamando a levarem uma vida de “pobreza”,
“renunciando” os símbolos de suas posições, com conotações heréticas.
Texto marxistas teve muita aceitação por parte do clero
latino-americano, tendo uma forte influência sobre a teologia da
libertação, que surgiria nos anos seguintes, por ai já vemos o
quão sem valor é o documento.
A
ideia do chamado pacto não é tão nova, ela e a sua cria teologia
da libertação, além dos cunho satânicos,
se baseiam nos Fraticelli, grupos que
nos séculos XIV e XV, repudiaram a autoridade dos seus superiores e
da
Igreja.
Dizendo seguir os exemplos
de São Francisco de Assis cultivavam à
pobreza,
e consideravam a riqueza da Igreja
como
escandalosa, a inexistência da propriedade privada e a maldade da
matéria.
Foram
condenados pela bula
Sancta
Romana,
30 de dezembro de 1317.
O termo foi usado pelo Papa
João XXII
nessa
bula, que definiu os franciscanos dissidentes como "Fraticelli"
ou "bizocchi".
Foram
declarados, os Fraticelli, hereges
em
1296
pelo
Papa
Bonifácio VIII".
Pacto das catacumbas - 16 de novembro de 1965
Nós, Bispos, reunidos no Concílio
Vaticano II, esclarecidos sobre as deficiências de nossa vida de pobreza
segundo o Evangelho; incentivados uns pelos outros, numa iniciativa em que cada um
de nós quereria evitar a singularidade e a presunção; unidos a todos
os nossos Irmãos no Episcopado; contando sobretudo com a graça e a força de
Nosso Senhor Jesus Cristo, com a oração dos fiéis e dos sacerdotes de nossas
respectivas dioceses; colocando-nos, pelo pensamento e pela oração, diante da
Trindade, diante da Igreja de Cristo e diante dos sacerdotes e dos fiéis de
nossas dioceses, na humildade e na consciência de nossa fraqueza, mas também
com toda a determinação e toda a força de que Deus nos quer dar a graça,
comprometemo-nos ao que se segue:
1) Procuraremos viver segundo o modo
ordinário da nossa população, no que concerne à habitação, à alimentação, aos
meios de locomoçãoe a tudo que daí se segue. Cf. Mt 5,3; 6,33s; 8,20.
2) Para sempre renunciamos à aparência e à
realidade da riqueza, especialmente no traje (fazendas ricas, cores berrantes), nas insígnias de matéria preciosa (devem esses signos ser, com efeito,
evangélicos). Cf. Mc 6,9; Mt 10,9s; At 3,6. Nem ouro nem prata.
3) Não possuiremos nem imóveis, nem
móveis, nem conta em banco, etc., em nosso próprio nome; e, se for preciso
possuir, poremos tudo no nome da diocese, ou das obras sociais ou caritativas.
Cf. Mt 6,19-21; Lc 12,33s.
4) Cada vez que for possível,
confiaremos a gestão financeira e material em nossa diocese a uma comissão de
leigos competentes e cônscios do seu papel apostólico, em mira a sermos menos
administradores do que pastores e apóstolos. Cf. Mt 10,8; At. 6,1-7.
5) Recusamos ser chamados,
oralmente ou por escrito, com
nomes e títulos que signifiquem a grandeza e o poder (Eminência, Excelência, Monsenhor…).
Preferimos ser chamados com o nome evangélico de Padre. Cf. Mt 20,25-28;
23,6-11; Jo 13,12-15.
6) No nosso comportamento, nas
nossas relações sociais, evitaremos aquilo que pode parecer conferir
privilégios, prioridades ou mesmo uma preferência qualquer aos ricos e aos
poderosos (ex.: banquetes oferecidos ou aceitos, classes nos serviços religiosos).
Cf. Lc 13,12-14; 1Cor 9,14-19.
7) Do mesmo modo, evitaremos
incentivar ou lisonjear a vaidade de quem quer que seja, com vistas a
recompensar ou a solicitar dádivas, ou por qualquer outra razão. Convidaremos
nossos fiéis a considerarem as suas dádivas como uma participação normal no
culto, no apostolado e na ação social. Cf. Mt 6,2-4; Lc 15,9-13; 2Cor 12,4.
8) Daremos tudo o que for
necessário de nosso tempo, reflexão, coração, meios, etc., ao serviço
apostólico e pastoral das pessoas e dos grupos laboriosos e economicamente
fracos e subdesenvolvidos, sem que isso prejudique as outras pessoas e grupos
da diocese. Ampararemos os leigos, religiosos, diáconos ou sacerdotes que o
Senhor chama a evangelizarem os pobres e os operários compartilhando a vida operária
e o trabalho. Cf. Lc 4,18s; Mc 6,4; Mt 11,4s; At 18,3s; 20,33-35; 1Cor 4,12 e
9,1-27.
9) Cônscios das exigências da
justiça e da caridade, e das suas relações mútuas, procuraremos transformar as obras de
“beneficência” em obras sociais baseadas na caridade e na justiça, que
levam em conta todos e todas as exigências, como um humilde serviço dos
organismos públicos competentes. Cf. Mt 25,31-46; Lc 13,12-14 e 33s.
10) Poremos tudo em obra para que
os responsáveis pelo nosso governo e pelos nossos serviços públicos decidam e
ponham em prática as leis, as estruturas e as instituições sociais necessárias
à justiça, à igualdade e ao desenvolvimento harmônico e total do homem todo em
todos os homens, e, por aí, ao advento de uma outra ordem social,
nova, digna dos filhos do homem e dos filhos de Deus. Cf. At. 2,44s; 4,32-35;
5,4; 2Cor 8 e 9 inteiros; 1Tim 5, 16.
11) Achando a colegialidade dos
bispos sua realização a mais evangélica na assunção do encargo comum das
massas humanas em estado de miséria física, cultural e moral – dois terços da
humanidade – comprometemo-nos:
·
a participarmos, conforme nossos meios, dos investimentos
urgentes dos episcopados das nações pobres;
·
a requerermos juntos ao plano dos organismos internacionais, mas
testemunhando o Evangelho, como o fez o Papa Paulo VI na ONU, a
adoção de estruturas econômicas e culturais que não mais fabriquem nações
proletárias num mundo cada vez mais rico, mas sim permitam às massas pobres
saírem de sua miséria.
12) Comprometemo-nos a partilhar,
na caridade pastoral, nossa vida com nossos irmãos em Cristo, sacerdotes,
religiosos e leigos, para que nosso ministério constitua um verdadeiro serviço;
assim:
·
esforçar-nos-emos para “revisar nossa vida” com eles;
·
suscitaremos colaboradores para serem mais uns animadores
segundo o espírito, do
que uns chefes segundo o mundo;
·
procuraremos ser o mais humanamente presentes, acolhedores…;
·
mostrar-nos-emos abertos a todos, seja qual for a sua religião.
Cf. Mc 8,34s; At 6,1-7; 1Tim 3,8-10.
13) Tornados às nossas dioceses respectivas,
daremos a conhecer aos nossos diocesanos a nossa resolução, rogando-lhes
ajudar-nos por sua compreensão, seu concurso e suas preces.
Ajude-nos Deus a sermos fiéis.
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