Veja também: A BATALHA DE LEPANTO
A História é testemunha de que a lenta decadência do poderio naval dos otomanos começou com a jornada de Lepanto.
Problemas internos com o Protestantismo (1527) que levara a Inglaterra (Henrique VIII) e estava corroendo a Alemanha e a França
Cobiça dos Reis católicos influenciados pelo humanismo, que já não eram movidos pelo zelo da Fé e adesão à Igreja, chegando a fazer alianças com os próprios muçulmanos para garantir seus interesses particulares.
- 1453 – Queda de Constantinopla
- Domínio da Pérsia e do Egito com Selim I
- Queda de Rhodes em 1522 (forçando a Ordem de S. João de Jerusalém a ir para a ilha de Malta.
- Solimão II, chamado o Magnífico, sucessor de Selim I, ocupava Belgrado e atacava, através de Barba-Ruiva, temível corsário, várias cidades que estavam sobre a tutela da Sereníssima República de Veneza: Clissa, Prevesa, Castelnuovo, e as ilhas mais ao sul, próximas à Grécia. Isso sem falar dos ataques em outras regiões e das alianças com reis católicos contra outros reis católicos, fruto da decadência da cristandade.
- Seu desejo era de invadir Roma e entrar à cavalo na Basílica de S. Pedro.
1) Brasil anexado à Espanha (1580) com a morte de D. Sebastião. Mesma época em que vivia o Beato José de Anchieta. Aliás, consta que este santo teve a visão da morte de D. Sebastião e da vitória em Lepanto.
2) A Invencível Armada (1587) – Derrota dos Espanhóis para os Ingleses.
1) convidou os príncipes católicos a celebrarem uma aliança contra o Sultão.
2) Escreveu carta ao Grão-Mestre da Ordem de S. João de Jerusalém, que tencionava abandonar a ilha diante da iminente vitória dos turcos, para que não abandonasse seu posto: “Ponde de lado a idéia da abandonar a ilha. Vossa simples presença em Malta inflamará a coragem dos cristãos e imporá respeito ao Otomano, pelo terror do nome que o fulminou no ano passado. Sabei que ele teme vossa pessoa mais que todos os vossos soldados reunidos”. La Valette, Grão-Mestre, leu a carta do Papa diante do Conselho da Ordem, beijou respeitosamente o documento pontifício e depois o solo da ilha, e exclamou: “A voz de vosso vigário, ó Jesus, indica o meu dever. Ficaremos aqui, e aqui morreremos”.
1) queda da cidade de Quios, no arquipélago jônico, e da cidade de Szigethvar, na Hungria, com o conseqüente avanço Otomano
2) morte de Solimão II, sucedido por seu filho Selim II, conhecidamente mole e sensual.
3) Otimismo nos católicos, não acharam necessário a Liga, visto que Selim II não representava um grande inimigo, apesar dos apelos do Papa. em sentido contrário.
4) Em dezembro do mesmo ano, 1566, S. Pio V dirige às nações católicas novo brado de alarma e o convite a se unirem numa Liga em defesa da Cristandade. Ninguém quer ouvi-lo, pois estão ocupados com seus problemas internos.
5) Três anos de espera
1) Em fins de 1569 chegava a Constantinopla a notícia de que o arsenal veneziano fôra destruído pelo fogo e, devido a uma má colheita, a Península toda estava ameaçada pela fome.
2) Selim II rompe a paz e envia um ultimatum: ou Veneza entregava uma de suas possessões preferidas, Chipre, ou era a guerra.
1) Sob a égide e mediação do Pontífice Romano, começaram as negociações. Com um discurso inflamado, o Papa convocava a todos para uma nova cruzada.
2) Jogos de interesses de ambas as partes. Os Espanhóis desconfiavam das intenções dos venezianos e queriam cobrar mais caro pelos cereais. Os venezianos se diziam impossibilitados de contribuir com mais de uma quarta parte dos gastos de guerra, quando eram sobejamente conhecidas as possibilidades do tesouro da Senhoria…
3) Apesar de seu temperamento fogoso, S. Pio V intervinha com uma paciência e cordura heróicas.
4) Sugestão de D. João d’Áustria como generalíssimo dos exércitos cristãos. Irmão bastardo de Felipe II, jovem de 24 anos e maneiras profundamente aristocráticas que à todos impressionava.
5) Peste atacava a esquadra veneziana e os turcos atacavam a ilha de Chipre, a qual caía depois de 48 dias de resistência heróica.
6) Desânimo na cristandade. Não seria melhor atacar separados mesmos?
7) S. Pio V reclama e diz que a culpa é dos príncipes católicos, os quais deviam arrepender-se de sua atitude antes que fosse tarde demais e só expiariam sua falta se se resolvessem afinal a unir-se na defesa da causa da Cristandade.
8) Os turcos sitiavam Famagusta, ameaçavam Corfu e Ragusa.
9) O Núncio em Veneza, Facchinetti, anunciava, já em fevereiro de 1571, que se não se finalizasse a Liga, havia o perigo de que Veneza pedisse a Paz e cedesse Chipre, desfazendo a possibilidade de reagir contra os otomanos.
1) Superadas as pequenas desavenças restantes, forma-se a Liga, que devia ser estável, ter um caráter defensivo e ofensivo, e dirigir-se não somente contra o sultão, mas também contra seus Estados tributários, Argel, Túnis e Trípoli.
2) A tríplice aliança contaria com duzentas galeras, cem transportes, 50 mil infantes espanhóis, italianos e alemães, 4.500 cavalos-ligeiros, e o número de canhões necessários.
3) O Papa arcaria com a sexta parte dos gastos, a Espanha com três sextos e Veneza com o resto.
4) O Sumo Pontífice publica um jubileu, toma parte nas procissões rogatórias e manda cunhar uma medalha comemorativa.
1) D. João recebeu o estandarte solenemente, das mãos do Cardeal Granvela, na Igreja de Santa Clara, com a presença de muitos nobres, entre os quais os Príncipes de Parma e de Urbino. “Toma, ditoso Príncipe, disse-lhe o Cardeal, a insígnia do verdadeiro Verbo Humanado; toma o sinal vivo da santa Fé, da qual és defensor nesta empresa. ele te dará uma vitória gloriosa sobre o ímpio inimigo, e por tua mão será abatida sua soberba. Amém!”.
1) proibiu a presença de mulheres a bordo
2) cominou pena de morte para as blasfêmias
3) enquanto esperava o regresso de uma esquadrilha de reconhecimento, todos jejuaram três dias e nenhum dos 81.000 marinheiros e soldados deixou de confessar-se e comungar, o mesmo fazendo os condenados que remavam nas galeras.
B) Inconformidade católica
C) Localização da esquadra inimiga: Lepanto, porto localizado pouco mais ao sul, no estreito de igual nome, o qual liga o Golfo de Patras ao de Corinto.
D) 6 de outubro, notícia de que Famagusta, capital de Chipre, caíra em poder do Crescente e que o general Mustafá cometera as piores atrocidades com o comandante da praça, Marco Antonio Bragadino, a quem mandara esfolar vivo e cuja pele, cheia de palha, fizera conduzir por toda a cidade.
E) Cresce a inconformidade católica e o desejo de combater os infiéis.
F) Céu cinzento e cheio de névoa, vento que detinha os católicos e puxava os otomanos para fora do estreito de Lepanto, facilitando o combate.
G) 7 de outubro, domingo, duas horas da madrugada, um vento fresco vindo do poente limpou o céu, prometendo um dia ensolarado.
H) Antes do amanhecer as naus católicas levantaram âncoras e adentraram no estreito de Lepanto.
I) Levanta-se a bandeira que sinaliza a presença do inimigo. Ordem para formar para a batalha. Troar de canhão. Içado o estandarte da Liga no mastro mais alto da galera-capitânia.
J) “Aqui venceremos ou morreremos”, bradou D. João.
B) Ali-Pachá – almirante otomano – também dispôs sua esquadra para o combate
- O Generalíssimo turco parecia querer investir resolutamente pelo centro e ao mesmo tempo envolver os cristãos, aproveitando-se da sua superioridade numérica sobre estes (286 naus contra 208).
C) O Vento soprava de leste, favorável aos infiéis, enquanto os católicos tinham que se mover à força de remos.
D) 4 horas até que as duas armadas estivessem prontas para o combate. O vento amainara.
E) “Não é mais hora de falar, mas de lutar”, respondeu D. João à Doria, que queria propor um conselho de guerra e discutir se convinha ou não dar combate a um inimigo numericamente superior.
F) Conselho prudente de Doria indicando que cortasse o enorme esporão que pesava na prôa das galeras.
G) Passagem em revista às tropas. O comandante supremo apresentou-se aos nobres e à tripulação de cada nau levando na mão um crucifixo, e conclamando com ardor para o lance iminente: “Este é o dia em que a Cristandade deve mostrar seu poder, para aniquilar esta seita maldita e obter uma vitória sem precedentes”. E, mais adiante: “É pela vontade de Deus que viestes todos até aqui, para castigar o furor e a maldade destes cães bárbaros. todos cuidem de cumprir seu dever. Ponde vossa esperança unicamente no Deus dos Exércitos, que rege e governa o mundo universo”. A outros dizia: “Lembrai-vos de que combateis pela Fé: nenhum poltrão ganhará o Céu”. Distribuía escapulários, medalhas e rosários.
H) O inimigo cantava com suas cornetas, vociferações, címbalos e cimitarras. Diziam: “Esses cristãos vieram como um rebanho para que os degolemos”. A ordem dada por Ali-Pachá era de não fazer prisioneiros.
I) O Príncipe D. João ajoelha e reza. Todos os seus homens fazem o mesmo. No meio de um silêncio grandioso os Religiosos davam a última benção e a absolvição geral aos que iam expor-se à morte pela Fé.
B) O Vento mudara inesperadamente
C) O primeiro tiro que partira contra os infiéis lhes afundara uma galera. Aos gritos de “vitória, vitória, Viva Cristo!”, os cruzados lançaram-se com toda a energia na batalha.
D) Descrição da Batalha: Os turcos procuram dar a maior amplitude a seu deslocamento, para envolver um dos flancos do adversário. Doria tenta impedir-lhes a manobra, mas afasta-se demais da zona que lhe havia sido designada, abrindo um perigoso vão entre a ala sob seu comando e o centro da esquadra cristã.
O apóstata italiano Uluch Ali entra pelo vazio deixado por Doria. Com suas melhores naves lança-se no combate em que o centro dos cristãos estava engajado, e com algumas galeras pesadas mantém Doria afastado. Neste lance iam sendo aniquiladas as tropas de Doria, e a reserva do Marquês de Santa Cruz não podia socorrê-las, pois estava empenhada em auxiliar os venezianos da ala esquerda, junto ao litoral. Ali-Pachá, reconhecendo pelos santos estandartes a galera de D.João, abalroou-a com seu próprio navio, proa contra proa, e lançou sobre ela toda uma tropa de janízaros (renegados) escolhidos. Neste momento o conselho de Doria provou sua eficácia: desembaraçada do esporão, a artilharia da nau católica pôs-se a dizimar a tripulação da “Sultana”, a nave de Ali-Pachá. em socorro desta acorreram mais sete galeras turcas, que despejaram mais janízaros sobre a ponte ensangüentada da capitânia de D. João. Duas vezes a horda turca penetrou nesta até o mastro principal, mas os bravos veteranos espanhóis obrigaram-na a recuar. D. João contava agora com apenas dois barcos de reserva, sua tropa tinha sofrido muitas baixas e ele mesmo fora ferido no pé. a situação ia-se tornando cada vez mais perigosa, quando o Marquês de Santa Cruz, tendo liberado os venezianos, veio em socorro do generalíssimo, e este pôde repelir os janízaros.
F) A Liga perdeu doze galeras e teve menos de 8 mil mortos
1) redobrara de orações e jejuns pela vitória e instava para que Monges, Cardeais e fiéis rezassem e jejuassem na mesma intenção.
2) Confiava na eficácia do Rosário
A) O dia 7 de outubro ficava consagrado a Nossa Senhora da Vitória, e mais tarde ao Santo Rosário.B) Na Ladainha Lauretana era acrescentada a invocação que nascera pela “vox populi” no momento da grande proeza: “Auxilium Christianorum”.C) Capelas com a invocação de Nossa Senhora das Vitórias começaram a surgir na Espanha e na Itália.D) O Senado veneziano pôs debaixo do quadro que representava a batalha a seguinte frase: ”Non virtus, non arma, non duces, sed Maria Rosarii Victores nos fecit”. – “Nem as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é que nos deu a vitória“. Gênova e outras cidades mandaram pintar em suas portas a efígie da Virgem do Rosário.
1) Promover uma confederação européia e obter o concurso de certos régulos maometanos rivais do Sultão, para expulsar da Europa o Crescente
2) investir contra Constantinopla
3) retomar o Santo Sepulcro
4) aniquilar definitivamente o perigo muçulmano.B) 1o de maio de 1572, morte de S. Pio V. A providência o poupou de ver que a vitória de Lepanto, depois de salvar a cristandade, ficaria sem conseqüências estratégicas e políticas imediatas.C) O último ato de governo de S. Pio V consistiu em entregar a seu Tesoureiro um pequeno cofre com 13 mil escudos, dos quais costumava fazer suas esmolas particulares, dizendo-lhe: “Isto prestará bons serviços à guerra da Liga”.D) A Liga se desfez, o Rei da França propôs ao Sultão uma aliança contra a Espanha…
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.