Nossa Senhora aponta para um canto da gruta, para ali cavar e tirar a água. |
Ela era filha de um casal extremamente pobre que vivia com dificuldades econômicas: o pai era moleiro e tinha perdido o moinho e não encontrava emprego.
Era gente do povo reta, de costumes muito bons, mas de educação muito pobre, porque eram trabalhadores manuais e não tinham contato com nada de mais elevado.
Um dia em que Bernadette estava perto de uma gruta muito comum e até usada para lixo em Lourdes, ela ouviu uma voz.
Ela olhou para a gruta e viu dentro uma senhora de uma beleza admirável.
Conheceu que era Nossa Senhora em pessoa que estava falando com ela. E ela com toda a simplicidade, começou a falar com Nossa Senhora com mãos postas, na atitude de quem reza.
Esse costume de rezar com as mãos postas foi abandonado em muitas igrejas, mas é uma atitude muito certa e Santa Bernadette rezou assim.
Aceitando a humilhação com espírito sobrenatural, Santa Bernadette abriu um torrente de graças que dura até hoje. |
Água havia muita ali perto, para começar no impetuoso rio Gave que havia escavado a gruta na pedra.
Santa Bernadette foi para o rio e Nossa Senhora deteve-a. E fez um sinal em direção a um canto da gruta.
A água não saiu tão logo assim, e Santa Bernadette teve que insistir. Afinal apareceu alguma humidade que se misturava com a terra solta e fazia uma água barrenta.
Santa Bernadette teve um certo nojo. Nossa Senhora lhe tinha dito de beber e se lavar com essa água. Ela pegava na concha da mão, olhava, jogava fora e voltava a cavoucar.
Até que em fim se armou de coragem e bebeu um pouco. E se lavou o rosto que, obviamente ficou sujo. Houve gente que achou que tinha ficado louca.
Porém, a água foi ficando cada vez mais abundante. De um simples fio passou a ser uma corrente de água limpa, natural, que não parava. E, para surpresa de todo mundo, fazia milagres!
A aceitação tranquila da humilhação foi uma condição para Santa Bernadette ser uma grande santa. |
Nossa Senhora deu a ela uma recomendação complementar que não é fácil de compreender.
Junto àquela água havia um pouco de erva, dessa erva que dá num campo onde ninguém plantou, nem trabalhou, nada, é uma erva que nasceu de uma semente que o vento deixou ali e acabou-se.
Disse que comesse alguma coisa daquela erva quando bebesse a água. A Santa Bernadette, sempre muito humilde, muito dócil, pegava então um pouquinho da erva e comia, e depois falava com Nossa Senhora.
A aceitação tranquila da humilhação – beber água que saía barrenta de onde não devia sair e comer capim como um animalzinho da floresta – foi a condição que pediu Nossa Senhora para a grande santa – imensa santa! – em que depois se transformou a humilde filha de um moleiro falido.
Quantas vezes a humilhação nos pega nas curvas da vida! E a tentação é : “essa não suporto! Como é que pode acontecer para mim? Mais essa?”
Não foi a atitude de Santa Bernadette. Ela aceitou a humilhação enviada por Nossa Senhora e depois aconteceu a maravilha que todos conhecem.
Também nós quando nos surpreende uma humilhação inesperada, até injusta, sem propósito, devemos imitar o exemplo de Santa Bernadette.
Elevarmos os olhos para Nossa Senhora, resignarmo-nos e oferecer o sacrifício da aceitação com a confiança posta nEla.
E se não tivermos força para aceitar o sacrifício que nos impõe essa humilhação?
Rezar a Nossa Senhora de Lourdes, rezar empenhadamente a Santa Bernadette, para imitarmos seu maravilhoso e heroico exemplo.
Santa Bernadette, rogai por nós!
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