“É necessário
buscar o chamado que diz respeito ao mais íntimo do ser de cada homem: o sacrifício da própria vida, posto que o
sacrifício é a essência da masculinidade”
A essência da masculinidade está
em ofertar a própria vida. Esta também é a chave para a restauração da
identidade do homem contemporâneo.
Maridos, amai as vossas mulheres, como
Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (Ef 5,25).
Na atualidade, torna-se cada vez
mais difícil encontrar uma figura masculina que tenha presença, que exale a
hombridade, que diz respeito à identidade do homem criado por Deus.
Somos criaturas feridas pela
concupiscência e pela falta de modelos efetivos que possibilitassem apreender,
de fato, o que é ser homem; o que não se faz pelos livros, mas pela luta
cotidiana e pela virtude heróica do sacrifício ordinário. Muitos de nossa
geração têm ausente a figura paterna, ou, quando ela existe, é frágil e pouco
efetiva.
Além disso, os meninos têm sido
cada vez mais estimulados à passividade e à fragilidade, sendo influenciados
pelas ideologias que pretendem igualar homens e mulheres, como se as diferenças
entre ambos colocassem disparidade de um em relação ao outro.
Somos, na grande maioria, homens
débeis, com força de vontade diminuta, pouco disciplinados e tendo comprometida
a capacidade de abraçar ideais mais elevados. Não à toa, cada vez mais cedo os
rapazes mergulham no vício da pornografia, masturbação e sexo desregrado: fomos
formados numa cultura que se deleita no prazer e que abomina o sacrifício e
que, por essa razão, produz, na maioria das vezes, um simulacro de homem.
Precisamos romper esse círculo vicioso! Para isso, é necessário
buscar o chamado que diz respeito ao mais íntimo do ser de cada homem: o sacrifício da própria vida, posto que o sacrifício é a essência
da masculinidade.
Nenhum ideal se torna realidade sem
sacrifício – Nega-te a ti mesmo. – É tão belo ser vítima” (São
Josemaría Escrivá).
O homem é chamado a dar a vida e
se entregar, a amar como Cristo amou. É um
imperativo urgente, a medida do amor a que cada homem é convocado a
corresponder. Independentemente do estado de vida, a masculinidade deve ter
essa marca, essa essência: “[…] dou a minha vida. Ninguém a tira de mim, mas eu
a dou” (Jo 10,17s).
Mas como viver essa característica
concretamente?
– Em primeiro lugar: buscando no cotidiano,
inspirado pelo Espírito Santo, pequenas e constantes mortificações, ocultas aos
outros, de modo que a força de vontade seja dilatada e virilizada. Isso
auxiliará a vencer os vícios que ainda existem e, com isso, possibilitará
terreno fértil para virtudes, como a ordem, temperança, entre outras.
– Segundo, buscar constantemente os sacramentos da
reconciliação e comunhão. A ordem da graça vem em auxílio das nossas limitações
e purifica nossos propósitos de acordo com a vontade de Deus.
– Terceiro, ser defensor e guardião da vida. Isto
compreende a defesa da dignidade de cada mulher, família, criança, pessoa.
– Quarto, abraçar a cruz de cada dia. Isso exige
coragem e disposição. Sejam as dificuldades no trabalho, ou mesmo o desemprego,
a doença, enfim, tudo o que represente sofrimento deve ser acolhido sob a luz
da graça, ou seja, fazer tudo o que esteja a nosso alcance e confiar em Deus
naquilo que nos foge.
Essa lista não precisa ser
seguida nessa ordem e, além disso, pode ser muito mais extensa. Há vários itens
que cabem aqui. No entanto, trata-se de um pontapé inicial na restauração da
nossa masculinidade.
Tenha coragem de lutar, sê firme
e corajoso!
Bravus, pela hombridade!
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