O tornado chegando a Joplin, Missouri, EUA
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simboliza o triunfo vindouro da Fé
A base do tornado tinha uma largura de quase um quilômetro e avançou seis quilômetros, ceifando pelo menos 132 vidas.
Centenas de pessoas ainda estão desaparecidas enquanto escrevemos. Quase todos os edifícios em seu caminho ficaram em total ruína.
Compreende-se que o desastre natural tenha sido qualificado de apocalíptico. Os fortes ventos arrancaram árvores e os levantaram pelo ar junto com carros como se fossem folhas secas e os jogaram caoticamente com fúria incontível.
Nada ficou em pé.
Nada?
A cidade devastada |
A despretensiosa igreja construída em 1938, a escolinha primária, a casa paroquial, o salão paroquial em construção: tudo foi impediosamente arrasado pela fúria da espiral de morte, segundo descreveu o jornal “National Catholic Register”.
O pároco, Pe. Justin Monaghan, no início da tragédia encontrou um refúgio improvisado na casa paroquial. O prédio caiu encima dele. Porém, nada sofreu, tendo ficado preso durante horas até que os paroquianos conseguiram encontrá-lo e cavar entre as ruínas de onde o tiraram são e salvo.
O que sobrou do templo católico?
Uma Cruz, só uma Cruz.
O grande cruzeiro em aço da entrada da igreja.
Cruzeiro da igreja de Nossa Senhora, Joplin |
“Vê-lo erguido nos lembra que nossa missão está toda baseada nele”, escreveu o “Eastern Oklahoma Catholic”, publicação da Diocese de Tulsa, Oklahoma.
Encorajados pelo simbolismo da Cruz que se mantém em pé em meio ao caos e à devastação, os católicos se organizaram ativamente com a certeza que o lado material da destruição material vai ser revertido.
O tornado não perdoou nada. |
Verdadeiramente, diz muito. Muitíssimo.
Não é só a cidadinha de Joplin que sofre vendavais devastadores. É a situação do mundo todo, mutatis mutandi.
São as famílias, as instituições fundamentais, o laicato católico, o clero, a própria Santa Igreja Católica, nossa Mãe imensamente amada...
O mundo sente que algo anda mal e muito profundamente mal.
É o pecado. O pecado individual sem dúvida, mas mais do que tudo o pecado coletivo.
O pecado cometido pela sociedade considerada em seu conjunto, em seus costumes e em suas leis.
Baste pensar na recente equiparação pelo STF do “casamento homossexual” com o matrimônio fundado no Sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, ou com a promoção do homossexualismo entre as crianças em idade escolar com o famigerado “kit anti-homofobia”.
Em meio a essas tragédias continua em vigor no Brasil o Programa Nacional de Direitos Humanos ‒ PNDH-3 que postula o banimento dos símbolos religiosos dos locais públicos.
O que será de nossa amada Pátria se os símbolos protetores de Jesus Cristo, Nossa Senhora e os Santos forem enxotados dela?
Que grau de recusa a Deus representaria, por exemplo, banir o Cristo Redentor que do alto do Corcovado abençoa a nação brasileira?
Entretanto, sinais de preservação de símbolos religiosos católicos em meio a tragédias históricas como a do Cruzeiro de Joplin se multiplicam em nossos dias.
O Cruzeiro da catedral de Port-au-Prince capital do Haiti; a imagenzinha de Nossa Senhora das Graças no Vale do Cuiabá, na região serrana do Rio de Janeiro, durante as arrasadoras enxurradas em fevereiro deste ano são os mais recentes exemplos.
E estes sinais convidam a uma reflexão prudente mais muito séria do ponto de vista da fé sobre o papel dos símbolos católicos em locais públicos e o futuro do Brasil.
Mais uma vez, a Providência fez sentir sua mão protetora sinalizando aos homens por onde passa a via da salvação: a mediação universal de Nossa Senhora, maternalmente extremosa nos momentos da maior dificuldade e dor.
Em Pescara del Tronto, uma das cidades mais devastadas pelo sismo, uma imagem da Virgem Maria permaneceu intacta em meio à destruição geral.
Logo depois da catástrofe, a imagem da Mãe de Deus foi encontrada íntegra entre os escombros.
Ela era cultuada habitualmente num nicho de cristal suspenso a dois metros de altura, voltado para a rua, como é frequente na Itália.
Ela ficou intacta, apesar da violência do abalo, e não é o primeiro caso registrado em terremotos, furacões e tsunamis no que vai do século XXI.
Imagem de Nossa Senhora resgatada das ruínas do cemitério de Sant'Angelo, em Amatrice. A recuperação devolveu a esperança aos habitantes em desespero |
O site espanhol “Adelante la Fe” informou sobre uma ofensa assustadora acontecida em uma das dioceses atingidas pelo terremoto.
O site reproduz a carta de um leitor, que dispensa comentários.
Aproveitando as férias, ele foi percorrer o Cammino San Benedetto (Estrada de São Bento), uma peregrinação de 300 km que parte de Norcia (Núrsia), cidade natal do grande Patriarca do Ocidente e fundador da Ordem Beneditina, e vai até o Subiaco e o Monte Cassino, passando pelos locais onde viveu o pai do monasticismo ocidental.
O padre Savino de Amatrice segura a 'Madonna de Filetta' delicadíssima imagem recuperada na igreja de Santo Agostinho inteiramente destruída |
O leitor conta que partiu de Núrsia em direção a Cássia, cidade famosa mundialmente por causa de Santa Rita. Uma vez no centro, ele foi visitar a histórica igreja de São Francisco.
O templo é do século XII, conta com famosos afrescos medievais de grande piedade e beleza, e foi primorosamente restaurado.
Porém, ele verificou que a venerável igreja havia sido dessacralizada há pouco, como infelizmente vem acontecendo com centenas de outras igrejas católicas europeias, e não só na Itália.
Não só isso, ela acolhia uma exposição de imagens pornográficas explícitas. O peregrino ficou chocado e procurou o responsável pela mostra. Este lhe respondeu que o bispo de Spoleto-Norcia, D. Renato Boccardo, nada dissera contra a exposição blasfema e obscena.
O responsável acrescentou que a mostra era de conhecimento público e que o bispo não podia ignorar o que estava sendo exposto.
Mostra pornográfica na igreja de San Francisco, em Cássia, antes do terremoto. Foto reduzida para não ressaltar os detalhes obscenos. Revolução Cultural atrai castigos e desgraças. |
O leitor tirou fotos para documentar a grave denúncia. O site preferiu prudentemente reproduzi-las com baixa resolução, para dar uma ideia geral do tamanho da ofensa e afastar a natureza perturbadora dos pormenores dos objetos pornográficos expostos com a anuência do bispo de “pastoral moderna”.
Não se deve, portanto, estranhar a pergunta feita por uma mulher católica a seu bispo diocesano sobre “onde está Deus” que permite tal catástrofe.
Esse bispo, aliás, fez questão de não se apresentar como tal e de não atender os fiéis espiritualmente necessitados, mas de agir como mais um dos resgatadores engajados na remoção material do entulho.
Fatos semelhantes àquela exposição estão se dando em muitas circunscrições religiosas. Como estranhar que outras semelhantes desgraças venham a acontecer, atraídas por essas ofensas tornadas possíveis pelo relativismo religioso?
Nossa esperança se centra inteiramente em Nossa Senhora, nosso único refúgio certo nessas horas difíceis e até trágicas.
Lourdes 2013: rio ameaça levar a ponte |
O rio Gave que passa exatamente diante da Gruta desbordou inteiramente e com violência inusual, obrigando as autoridades a evacuarem a área de Gruta e certas partes da cidade.
Por volta de 1.000 peregrinos alojados em hotéis perto do rio já foram evacuados a outros hotéis ou refúgios seguros, informou entre outros o jornal de Paris “Le Figaro”.
Na Gruta, no meio da tarde de hoje (18.06.2013) a água atingia 1,40 metros de altura correndo em grande velocidade e arrastando com violência toda espécie de detritos como troncos de árvore, etc.
Segundo Mathias Terrier, diretor de comunicação do Santuário “sem dúvida isto vai superar a enchente de outubro de 2012 que atingiu 3,49 metros e causou danos ao próprio Santuário avaliados em mais de 1,3 milhões de euros” (por volta de R$ 4 milhões).
Gruta 2013: o altar sumiu sob as águas |
Lourdes 2013: a casinha das velas As torneiras no fundo estão sob a água |
Entretanto, podemos ter certeza que mais uma vez Nossa Senhora sairá incólume deste desastre natural.
Pois Ela é a Rainha do Céu e da Terra, inclusive das águas que agora ameaçam sua Gruta.
O exemplo da enchente de outubro de 2012 e da rápida recuperação da Gruta e do Santuário fala eloquentemente neste sentido.
Uma pergunta, entretanto fica em pé: por que Nossa Senhora permite estes desastres naturais tão próximos um do outro?
Não quererá Ela chamar a atenção dos católicos para seu santuário?
O mundo não está indo pelo caminho pedido por Nossa Senhora em Lourdes. Não estará indo, antes bem, no sentido contrário?
Não está afundando no caos, na irreligião, na imoralidade, na desordem e no pecado?
Para responder, basta olhar entorno:
Como está o Brasil? Como está a Igreja? Como está a moral da sociedade? Como está a família? Como... como... como... como estou eu?
É bem o momento de acompanharmos as orações pela preservação de Santuário.
Mas, sobre tudo, fazermos o que é mais grato a Nossa Senhora: penitência, conversão, mudança de vida.
Santa Bernadette transmitiu a mensagem "Penitência, penitência, penitência!" |
Mas, o que será de nós se nós não formos sensíveis a apelos tão prementes, tão de entrar pelos olhos adentro como estes torrentes de lama invadindo a Gruta?
Não poderão advir sobre o Brasil, sobre a Igreja, e sobre nós, enxurradas de caos e de infelicidade que nos atraímos pela nossa falta de sensibilidade, falta de resposta ao apelo materno de Nossa Senhora além de nossos pecados individuais?
Quiçá, como da vez anterior, outubro de 2012, a reabertura da Gruta possa acontecer em datas próximas.
A cheia foi excepcional. Esta época é de degelo das neves nos Pirineus, fenômeno que aumenta bem o nível dos rios. O fato é anual e Lourdes está preparada.
Porém, chuvas fora de série aumentaram os volumes d’água e aceleraram inesperadamente o derretimento das neves com resultados catastróficos para a região toda.
Considerado em seus aspectos naturais, o evento em si mesmo é superficial.
Mas levanta uma questão transcendental: por que é que Nossa Senhora permitiu este desastre?
Sem dúvida para atrair a atenção dos homens para seu santuário e para a mensagem de graça que desde ali Ela sempre irradia acompanhada de graças e milagres que servem de confirmação.
Também para manifestar seu poder sobre a fúria desatada dos elementos.
Estaremos nas vésperas de se desatarem fenômenos políticos, sociais, econômicos, religiosos ou outros prefigurados pela enxurrada mortal destes dias?
Manifestação anarco-comunista no Brasil |
Mas, é só o Brasil? Não será o mundo todo? A própria Igreja, já tão abalada por escândalos e fatos incompreensíveis?
Seja o que for, atinjam as enxurradas do caos o nível que atingirem, Nossa Senhora jamais será afetada.
Ela ficará pairando sobre as águas revoltas e sujas como a Imaculada Conceição que Ela é.
Se advierem esses desastres, lembremo-nos da lição desta enxurrada, e voltemo-nos com fervor para Nossa Senhora.
Porque, no fim, Ela triunfará, ainda que mil caiam à nossa direita e dez mil à nossa esquerda.
Continua...
3- Imagens intactas nas catástrofes, Por que? – IV Parte
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