“O profeta tornou-se um laço de ruína sobre todos os
seus caminhos; a loucura está a casa do seu Deus.”
Comentário introdutório de FratresInUnum.com – Com uma iniciativa que não acontecia há 700 anos, acaba de ser
apresentada uma correção formal ao Papa Francisco. Seria uma iniciativa
preparatória à correção formal a ser apresentada pelos cardeais do dubia?
O último caso ocorrido na
história remonta a 1333, quando o Papa João XXII ensinou opiniões heréticas e
foi corrigido por seus súditos.
Agora, uma carta de 25
páginas assinada por 40 clérigos católicos e leigos eruditos foi entregue ao
Papa Francisco no dia 11 de agosto. Como nenhuma resposta foi recebida, a
missiva foi divulgada neste domingo.
A carta, que está aberta a
novos signatários, tem agora o nome de 62 clérigos e estudiosos leigos de 20
países.
Recebeu o título latino:
“Correctio filialis de haeresibus propagatis” (literalmente, “Uma correção
filial sobre a propagação de heresias”).
O documento afirma que o
papa, por meio da Exortação Apostólica _Amoris laetitia_, e por outros atos
magisteriais declarou 7 proposições heréticas acerca do casamento, da vida
moral e da recepção dos sacramentos, facilitando a propagação de heresias a
Igreja Católica.
Entre os signatários, dois
brasileiros, Arnaldo Xavier da Silveira e Cônego Jose Luiz Villac. Destaque
para a assinatura de dom Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade
Sacerdotal São Pio X. Abaixo, publicamos o resumo extraído do site oficial da
iniciativa e o link para a íntegra do documento.
* * *
Por Correctiofilialis –
Uma carta de vinte e cinco páginas, assinada por 40 clérigos católicos e
acadêmicos leigos, foi enviada ao Papa Francisco no dia 11 de agosto último.
Como até o momento o Santo Padre não deu qualquer resposta, o documento é
tornado público hoje, 24 de setembro de 2017, Festa de Nossa Senhora das Mercês
e da Virgem de Walsingham (Norfolk, Inglaterra, 1061).
Com o título latino“Correctio filialis
de haeresibus propagagatis” (literalmente,
“Uma correção filial em relação à propagação de heresias”), a carta
ainda está aberta à adesão de novos signatários, já tendo sido firmada até o
momento por 62 clérigos e acadêmicos de 20 países, representando também
outros que não carecem da liberdade de expressão necessária.
Nela se afirma que o Papa, através de
sua Exortação apostólica Amoris laetitia, bem como de outras palavras,
atos e omissões a ela relacionados, manteve sete posições heréticas referentes
ao casamento, à vida moral e à recepção dos sacramentos, resultando na difusão
das mesmas no interior da Igreja Católica. Essas sete heresias são expostas pelos signatários em
latim, a língua oficial da Igreja.
Esta carta de correção contém três partes principais. Na
primeira, os signatários explicam a razão pela qual lhes assiste, como fiéis católicos
praticantes, o direito e o dever de emitir tal correção ao Sumo Pontífice. ––
Porque a lei da Igreja exige das pessoas competentes que elas rompam o silêncio
ao verem que os pastores estão desviando o seu rebanho. Isso não implica nenhum
conflito com o dogma católico da infalibilidade papal, porquanto a Igreja
ensina que, para que as declarações de um Papa possam ser consideradas
infalíveis, ele deve antes observar critérios muito estritos.
O Papa Francisco não observou esses critérios. Não
declarou que essas posições heréticas constituem ensinamentos definitivos da
Igreja, nem afirmou que os católicos devem acreditar nelas com o assentimento
próprio da fé. A Igreja ensina que nenhum Papa pode declarar que Deus lhe
revelou qualquer nova verdade nas quais os católicos deveriam acreditar.
A segunda parte da carta é fundamental, uma vez que contém a
própria “correção”. Nela se enumeram as passagens em que Amoris laetitia
insinua ou encoraja posições heréticas, e depois as palavras, atos e
omissões do Papa Francisco que mostram, além de qualquer dúvida razoável, que
ele deseja que os católicos interpretem essas passagens de uma maneira que é,
de fato, herética. Em particular, o Pontífice apoiou direta ou
indiretamente a crença de que a obediência à Lei de Deus pode ser impossível ou
indesejável e que a Igreja deve às vezes aceitar o adultério como um
comportamento compatível com a vida de um católico praticante.
A última parte, chamada “Nota de Esclarecimento”, discute duas
causas desta crise singular. Uma delas é o “Modernismo”. Teologicamente falando,
o Modernismo é a crença de que Deus não dotou a Igreja com verdades
definitivas, as quais Ela deve continuar a ensinar exatamente do mesmo modo até
o fim dos tempos. Os modernistas afirmam que Deus se comunica apenas com as
experiências humanas sobre as quais os homens podem refletir, de modo a fazerem
asserções diferentes sobre Deus, a vida e a religião; mas essas declarações são
apenas provisórias, e nunca dogmas imutáveis. O Modernismo foi condenado pelo
Papa São Pio X no início do século XX, mas renasceu em meados desse século. A
grande e contínua confusão causada pelo Modernismo na Igreja Católica obriga os
signatários a descrever o verdadeiro significado de “fé”, “heresia”,
“revelação” e “magistério”.
Uma segunda causa da crise é a aparente influência das ideias
de Martinho Lutero sobre o Papa Francisco. A carta mostra como Lutero,
fundador do protestantismo, teve ideias sobre o casamento, o divórcio, o perdão
e a lei divina que correspondem às que o Papa promoveu através de suas
palavras, atos e omissões. A Correctio
filialis também destaca os elogios
explícitos e sem precedentes que o Papa Francisco fez do heresiarca alemão.
Os signatários não se aventuram a julgar o grau de consciência
com que o Papa Francisco propagou as sete heresias que enumeram, mas
insistem respeitosamente para que condene tais heresias, as quais ele sustentou
direta ou indiretamente.
Os signatários professam sua lealdade à Santa Igreja Católica,
assegurando ao Papa suas orações e solicitando-lhe a Bênção apostólica.
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