“Após
termos discutido sobre os Escritos dos profetas e as Escrituras evangélicas e
apostólicas acima, sobre os quais a Igreja Católica está fundada pela graça de
Deus, também achamos necessário dizer, embora a Igreja Católica universalmente
esteja difundida sobre todo o mundo, sendo a única noiva de Cristo, que à Santa
Igreja romana é dado o primeiro lugar sobre as demais igrejas” - Decreto Gelasiano
O "Concílio" de Jamnia
e a exclusão dos livros INSPIRADOS deuterocanônicos do AT pelos fariseus e os
protestantes.
Antes de iniciar, começamos dizendo: Chamar o que
ocorreu em Jamnia de "concílio" é tecnicamente incorreto. Na verdade
o que existiu foi a Escola de Jamnia.
Jamnia não era um concílio, no sentido do Concílio
de Jerusalém, Concílio de Nicéia ou Concílio de Trento, foi ao invés, UMA
ESCOLA RABÍNICA FARISAICA. A idéia de um “concílio” penetrou no vocabulário de
todos através dos escritos do famoso historiador judeu H. Graetz, que foi o
primeiro a chamar a Jamnia um “sínodo”. Muitos cristãos interpretaram o “sínodo”
de Graetz como um concílio. No entanto, a palavra concílio implica algumas
características que Jamnia não possui. Por exemplo, ao contrário de um concílio
cristão, não houve votação, nem promulgação de decretos formais. Em vez disso,
Jamnia durou vários anos, e seus pareceres significativos foram preservadas em
parcelas nos escritos judaicos mais tardios. É difícil saber exatamente o que
havia Jamnia para o judaísmo como um todo. De certa forma, atua como o órgão
competente do Sinédrio embora nunca tomasse para si esse nome. Portanto, não é
correto falar sobre o “Concílio de Jamnia”, a descrição mais precisa seria uma
ESCOLA RABÍNICA FARISAICA.
Jamnia nunca publicou ou promulgou uma lista de
livros do cânon nem discutiu o cânon como um todo. A maioria dos debates eram
sobre o livro de Eclesiastes e, possivelmente, do Cântico dos Cânticos. Mesmo
assim, não há evidências de que as decisões desta escola foram autoritativas
para a população judaica em geral. Na verdade, as disputas rabínicas sobre a inspiração
de certos livros (por exemplo, Eclesiástico e outros) persistiram ao longo dos
primeiros três séculos cristãos.
Como a teoria de dois cânones, a teoria Jamnia tem
caído em tempos difíceis.
Como o estudioso judeu Sid Leiman conclui:
“A opinião generalizada de que o Concílio de Jamnia
fechou o cânon bíblico, ou que canonizou os livros, não é suportada pela
evidência e não precisam mais ser levada a sério."
Se houvesse um candidato para um fechamento
autoritário do cânon do Antigo Testamento no primeiro século d.C, Jamnia
provavelmente seria ele. No entanto, não há nenhuma evidência de que nele ocorreu
um fechamento presente no início da vida desta escola.
Vejamos sob a perspectiva CRISTÃ: O Concílio de
Jamnia foi um concílio rabínico FARISAICO.
E quem eram e são os fariseus? INIMIGOS ferrenhos
de Cristo e Sua Santa Igreja.
Um dos pontos principais deste concílio era de
retirar todos e quaisquer elementos cristãos da época que se referenciava no
Antigo Testamento.
Isso pois o judaísmo estava perdendo milhares de
adeptos para a "seita do Nazareno".
Sendo que era de conhecimento dos fariseus os
pontos da Fé Cristã da época.
Portanto, retirou-se qualquer referência de
purgatório, oração aos defuntos, intercessão, comunhão dos santos de Cristo e
qualquer fragmento que lembra-se a Fé dos da "seita do
Nazareno". Com isso os FARISEUS de Jamnia RETIRARAM 7 LIVROS
SAGRADOS, E MAIS PARTES DE 2 OUTROS LIVROS SAGRADOS.
E Lutero fez a mesma coisa. Arrancou 7 livros
sagrados, com a desculpa de seguir um concílio judeu, que na verdade foi
ANTICRISTÃO, para seguir os seus próprios dogmas inventados.
A grande desculpa esfarrapada de Lutero é de que um
"concílio" judaico tem mais "AUTORIDADE" para apontar os
livros inspirados do AT. Opa, esperem um momento: se o AT prefigura o NT,
e a plenitude do AT e toda a sua interpretação É JESUS CRISTO no NT, como que
os FARISEUS poderiam ter a interpretação e autoridade SE ELES REJEITAM
CRISTO?
Somente o fato de REJEITAREM A CRISTO já elimina
qualquer autoridade interpretativa do AT, sendo que o AT prefigura Jesus
Cristo. Eles podem até ter algum conhecimento, e a autoridade que POSSUÍAM
ANTES de Jesus. Mas essa autoridade ACABOU quando Cristo rasgou o véu e DEU A
AUTORIDADE PARA SEUS APÓSTOLOS E SUA IGREJA.
A INTERPRETAÇÃO PLENA DO AT SOMENTE CABE AOS
CRISTÃOS. E isto ocorreu nos primeiros 400 anos da Santa Igreja de
Cristo. A Igreja Católica.
Cerca de 50 anos após a morte de Cristo, um grupo
de judeus rejeitou os deuterocanônicos, no sínodo de Jamnia. Em primeiro lugar,
esse sínodo foi motivado, justamente, pela polêmica contra o cristianismo, que
eles entendiam ser uma seita de hereges. Então, se os cristãos se baseavam nos
deuterocanônicos, nada mais natural do que eles se colocassem em oposição a
isso.
Aliás, os judeus desse sínodo eram, EM SUA MAIOR
PARTE, DO RAMO DO JUDAÍSMO FARISAICO, e não tinham ligação alguma com os
discípulos de Cristo.
Nem todos os judeus no começo da era cristã
respeitavam o cânon corrente nos dias atuais. Havia dois cânones entre os
judeus naquele tempo: o palestino e o de Alexandria; além do Talmude da
Palestina e do Talmude da Babilônia. O cânon de Jamnia transformou-se no
conjunto de textos-sagrados dominantes entre os judeus; muitos judeus aceitaram
o cânon de Jamnia. Os judeus da Etiópia, por exemplo, seguem um cânon idêntico
ao Antigo Testamento católico, incluindo os sete livros deuterocanônicos. Esse
mesmo Concilio de Jamnia que rejeitou os deuterocanônicos rejeitou também os
evangelhos e os demais textos do Novo Testamento. Jamnia é uma cidade
localizada ao sul de Jafa, na fronteira de Judá. Foi nessa cidade que os judeus
da Palestina estabeleceram os critérios para a constituição de seu Cânon das
Sagradas Escrituras. A Igreja Católica, portanto, não considerou as decisões de
Jamnia, porque um concílio posterior a Cristo não tem autoridade sobre os
cristãos. Jamnia definia que só seriam válidos os textos escritos na Terra
Santa, segundo a lei de Deus e até o tempo de Esdras.
Os primeiros cristãos aceitaram, portanto, os
livros que se encontravam na Septuaginta (Tradução em grego das Sagradas
Escrituras feita por judeus que viviam no Egito).
Jamnia rejeitou livros usados por Cristo e pelos
apóstolos, o que é inaceitável! Os deuterocanônicos são citados centenas de
vezes no Antigo Testamento e no Novo Testamento.
O Novo Testamento cita o Antigo cerca de 350 vezes,
sendo que cerca 300 destas citações (86%!) foram retiradas da Septuaginta, que
continha os deuterocanônicos. Ora, se Jesus e seus Apóstolos utilizavam uma
fonte que continha esses sete livros, como poderiam os rejeitar?
O Cânon do Novo Testamento, por sua vez, foi
definido no I Concilio de Nicéia. Os deuterocanônicos foram confirmados nos
concilios de Hipona (393), Cartago (397 e 419), Concílio Florentino (1441) e
Concílio de Trento (1546).
Pensem, amigos: por 11 séculos, toda a cristandade
ACEITOU FORMALMENTE COMO INSPIRADOS OS LIVROS DEUTEROCANÔNICOS, e por 15
séculos, OS ACEITOU INFORMALMENTE. Partindo do princípio de que esses são
falsos, teremos que dizer que Deus abandonou seu povo por mais de 1500 anos,
deixando os cristãos se guiarem por livros sem valor, repletos de falsas
doutrinas. Até que chegou Luterinho “ungido”, passou a foice na “bibra”, e
deixou tudo no esquema. Parece-lhes razoável essa tese? É óbvio que não.
Os sete livros cortados da Bíblia pelos
protestantes contêm doutrinas anti-luteranas, isso sim! Por isso mesmo foram
arrancados, para não expor ainda mais as heresias do pai da “Deforma”.
Imagina se Lutero ia engolir a passagem de 2
Macabeus 12,42-46, que fundamenta a oração pelas almas do Purgatório! Lutero
também quis retirar do Novo Testamento livros como Apocalipse, Hebreus e Tiago,
mas como o escândalo seria grande demais, seus comparsas protestas o
convenceram a não fazer isso. Acharam mais seguro deturpar a interpretação do
que invalidar esses livros.
Sobre a Carta de São Tiago, vejam o que diz
Luterinho:
“Portanto, a epístola de São Tiago é realmente uma
epístola de palha, comparada com as outras, pois não tem nada da natureza do
evangelho nela.”
Lutero babava de raiva ao pensar na Carta de Tiago,
afinal, esse texto diz que “a fé sem obras é morta”, o que torna insustentável
a tese protestante da salvação SÓ pela fé, a “Sola Fide”.
E agora, os livros deuterocanônicos estão sobrando
ou faltando na Bíblia? Um dos temas que muitas vezes chega a sair discussão
entre as pessoas da fé católica e de outras denominações é a alegação de que
estaria sobrando livros na Bíblia Católica na qual eles chamam de “apócrifos”.
Afinal nossos “deuterocanônicos” estão sobrando ou faltando livros?
Inicialmente a palavra “Apócrifo” é mau utilizada com relação a estes livros já
que a palavra apócrifo provém do grego apokryphos, “oculto” e são APLICADOS AOS
LIVROS QUE A IGREJA RETIROU NO CONCÍLIO DE CARTAGO quando se formou o cânon das
Escrituras tal como conhecemos hoje. Os sete livros que estão na Bíblia
Católica NÃO SÃO APÓCRIFOS, são chamados de “DEUTEROCANÔNICOS” mesmo que o
termo descreva com pouca propriedades estes livros, eles são chamados
Deuterocanônicos porque não estão no cânon judeu da Palestina. Mas, quais são
estes livros:
7 Livros Sagrados completos:
- Livro de Tobias
- Livro de Judite
- Primeiro livro dos Macabeus
- Segundo livro dos Macabeus
- Livro da Sabedoria
- Sirácides ou Eclesiástico
- Livro de Baruc
Parte de outros 2 livros sagrados:
- Complementações em grego do Livro de Ester
- Complementações em grego do Livro de Daniel
Qual é a origem destes livros? Analisando um pouco da
História devemos levar em consideração que os Judeus NÃO possuíam livros e sim
rolos e para eles os escritos fundamentais em sua leitura e estudos era o Tora,
ou seja, os cinco primeiros livros, assim como é até os dias de hoje. Os judeus
também não possuíam uma compilação dos outros livros santos, além disso, dentro
do Judaísmo não existia um Cânon Escritural, existia sim uma grande disputa
sobre qual seria o cânon correto.
O movimento religioso dos Saduceus sustentava que
somente o Pentateuco fazia parte do Cânon das Escrituras enquanto que outros
grupos consideravam também as Escrituras dos Nevi’im (Profetas) e a Hagiographa
(Livros históricos e didáticos). A Primeira tentativa de se reunir todos os
livros inspirados foi no Século II ANTES de Cristo na cidade de Alexandria.
O nome dos Setenta se deve a uma tradição judaica,
transmitida na Epístola de Aristeas que atribui sua tradução a 72 sábios judeus
(seis de cada tribo) em 72 dias. Esta tradição tem sua origem na Gematria, uma
técnica exegética que dá valores interpretativas aos nomes onde o 7 equivale a
perfeição. É denominado também como Alexandrina por ter sido feita em
Alexandria e ser usada pelos judeus de língua grega no lugar do texto hebraico.
É a principal versão grega por sua antiguidade e autoridade. Sua redação se
iniciou no Século III aC (ano de 250 aC) e foi concluída no final do século II
antes de Cristo (ano 150 aC)
Esta versão gozou de grande popularidade em todo o
mundo judeu por ser a Primeira Grande Compilação das Escrituras e por ser
escrita em Grego, idioma universal do mundo da época, mais de trezentas
citações das Epístolas de São Paulo e citações do Antigo Testamento são tiradas
desta versão o que indica que foi utilizada pelos Apóstolos e a Igreja
Primitiva.
Até o momento já vimos três bases:
a) Os Judeus NÃO tinham um Cânon Escritural como
nós, tinham como canônicas somente o Tora, os demais livros inspirados NÃO
estavam definidos canônicamente.
b) A primeira tentativa de compilação foi feita em
Alexandria no Século III antes de Cristo e esta versão JAMAIS foi questionada
ou recusada pelo Templo.
c) ESTA ERA A VERSÃO MAIS CONHECIDA E UTILIZADA NO
TEMPO DE JESUS E NO TEMPO APOSTÓLICO.
Esta era a situação Escritural na época de Jesus:
nas Sinagogas se lia os Rolos da Lei e para O ESTUDO INDIVIDUAL ERA UTILIZADO A
VERSÃO DOS SETENTA (A Septuaginta). Depois do Pentecostes a situação não mudou
muito e a IGREJA NASCENTE SEGUIU UTILIZANDO EM SEUS CULTOS E EM SEUS
ENSINAMENTOS A VERSÃO DOS SETENTA junto dos Escritos Apostólicos (ainda sem
definição canônica).
Até o ano 70 e depois da destruição de Jerusalém, o
Sinédrio junto com o grupo dos Fariseus (que consideravam um cânon formado pela
Lei, os Profetas e as Escrituras) continuou insistindo e trabalhando em um
cânon definitivo já que tinham à sua frente à chamada “Seita Cristã” com seus
livros judeus e suas novas Escrituras.
Assim, no ano de 90 dC o Sinédrio estabelecido em
Jamnia tentou formar um cânon judeu e teve três regras para sua formação:
1) Deveria haver uma cópia do livro em questão que
indicasse que foi escrito antes do ano 300 aC (quando a helenização chegou a
Palestina, com os problemas culturais e religiosos subseqüentes).
2) Que as cópias fossem escritos em hebraico ou
pelo menos em aramaico (menos o GREGO que era a língua e cultura invasora e que
era UTILIZADA NOS ESCRITOS CRISTÃOS).
3) Que tivesse uma mensagem considerada como
inspirado ou dirigido ao povo de Deus (Judeu). Uma das razões para retirar os
livros escritos em grego, que eram em sua maioria Sapienciais e bem próximos ao
início do cristianismo é que "SOAVAM MUITO CRISTÃO").
Este concílio farisaico em Jamnia definitivamente
NÃO teve nenhum efeito sobre a Igreja Católica Cristã que já havia HÁ VÁRIOS
ANOS SE SEPARADO DO JUDAÍSMO, este que foi ditado pelo mesmo órgão (e que por
sua cegueira espiritual) havia crucificado o Messias esperado. A Aliança então
foi transferida para a Igreja como Nova Aliança da Graça e OS ANCIÕES DE ISRAEL
NÃO POSSUÍAM NENHUMA AUTORIDADE sobre a nova Fé. A Igreja seguiu utilizando
como Escritura a antiga Versão dos Setenta. CURIOSAMENTE, FRAGMENTOS DESTES
LIVROS RETIRADOS DA VERSÃO HEBRAICA FORAM ENCONTRADOS NOS “PERGAMINHOS DO MAR
MORTO”.
São Jerônimo (342-420 d.C.) fez a tradução das
Escrituras judaicas do hebraico ao latim. Quando São Jerônimo foi estudar as
escrituras com os judeus, ele foi influenciado por um período de sua vida a não
aceitar os livros escritos em grego como canônicos; Na mesma época Santo
Agostinho se opôs e ratificou a importância dos livros escritos em grego no
Concílio de Hipona (393). Após isso Jerônimo repensou, voltou a aceitar os
livros em grego e aceitou a decisão outorgada pelos CONCÍLIOS CRISTÃOS. A
partir do século IV a Igreja introduz o termo “CÂNON”, para indicar com ela a
clausura física do conjunto de livros integrada pelo Antigo Testamento e o Novo
Testamento. Assim é declarado que a Bíblia, por ser inspirada por Deus, é
normativa no âmbito de doutrina e da Fé. E assim a Escritura começou a viver e
dar frutos na Igreja Católica por 1120 anos até a fatídica data de 1517 quando
com um papel cravado nas portas de uma Igreja causou a ruptura de dezesseis
séculos de Cristianismo. Com a "Reforma" do Sacerdote Agostiniano
Martinho Lutero é iniciado uma nova etapa no Cristianismo que foi mais do que
uma “Reforma”, FOI UMA DEMOLIÇÃO DA FÉ DOS APÓSTOLOS baseada no critério de um
ou vários homens (os "reformadores"). Uma das primeiras conseqüências
sofrida é na Bíblia. Rapidamente Lutero dá-se o trabalho de Reformar as
Escrituras baseado em seus conceitos do que entendia por correto. Martinho
Lutero e outros Reformistas decidiram tentar remover os livros que faziam parte
da Escritura Cristã desde os primórdios tais como Apocalipse e Tiago nas quais
ele recusava como podemos ler em seus escritos:
“… A Epístola de Tiago é uma epístola cheia de
palha, porque não contêm nada evangélico.” “Prefacio ao Novo Testamento” de
Lutero.
“… Ao meu parecer [o Livro das Revelações ou
Apocalipse] não tem nenhum indício de caráter apostólico ou profético… Cada um
pode formar sua própria opinião sobre este livro; pessoalmente tenho antipatia,
e para mim isso é razão suficiente para recusá-lo.” Sammtliche Werke, 63, pp.
169-170.
Muitos Protestantes que baseiam suas Doutrinas no
Apocalipse não sabem que quase o perderam, pois Lutero tentou retirar das
Escrituras o Apocalipse, A Carta aos Hebreus e a Epístola de Tiago entre
outros.
Martinho Lutero em um ataque de soberba e
desprezando as decisões do Concilio de Roma e de Cartago ACATOU as decisões do
Concilio Judeu Farisaico de Jamnia, aceitando o Cânon Judaico do ano 90 dC sem
os sete livros sagrados escritos em Grego e assim a Bíblia Protestante continua
até os DIAS de hoje. É por isso que NÃO NOS SOBRAM livros, já que estavam por
mais de 1800 anos juntos e no Século XVI foram removidos, e são os que FALTAM
para a Igreja Protestante.
Atualmente existem muitas provas de que estes
Livros estiveram junto ao povo judeu e eram utilizados por eles, algumas delas
são:
a) Os manuscritos mais antigos do Antigo Testamento
(mil anos) contêm os Deuterocanônicos. Com excessão da ausência de Macabeus no
Codex Vaticanus, o mais antigo texto grego do Antigo Testamento, TODOS OS
DEMAIS MANUSCRITOS CONTÊM OS SETE LIVROS.
b) Dos 850 documentos que foram achados em Qumrán,
por volta de 223 são cópias de livros distintos do Antigo Testamento; foram
encontrados quase todos os livros da Bíblia hebraica (menos Ester), e alguns
deuterocanônicos (Tobias, e Ben Sira ou Eclesiástico)…
c) Os judeus apesar de não aceitarem religiosamente
os livros Deuterocanônicos os aceitam historicamente ao celebrar festas que só
são mencionados nestes livros, entre eles o PURIN que é mencionado no Livro de
Ester e o HANUKÁ que é mencionado no Livro dos Macabeus.
Interessante citar que no começo da
"Reforma" protestante, nossa versão Bíblica não foi alvo ataques como
podemos ver:
a) Martinho Lutero em seu Comentário sobre São João
disse: “Somos obrigados a admitir dos Papistas que eles tem a Palavra de Deus,
que a recebemos deles e que sem eles não teríamos nenhum conhecimento dela”.
Esta Igreja pronunciou que TODOS os 73 livros que compõe o Antigo e Novo
Testamento são revelação.
b) Foram aceitos pela Igreja Pós-Pentecostes e por
toda a Igreja Primitiva) Foram proclamados CANÔNICOS ao mesmo Tempo e pela
mesma autoridade que os 27 Livros do Novo Testamento.
Martinho Lutero os retirou em:
a) Um ato unitário e arbitrário.
b) Sem consultar a Igreja e nem a um Concilio.
c) Sem levar em consideração os aspectos históricos
da permanência destes livros na Igreja.
d) Aceitou a decisão de um Concílio Judeu que NÃO
TINHA NENHUMA AUTORIDADE SOBRE OS CRISTÃOS, NÃO foi um Concilio Cristão
dirigido pelo Espírito Santo.
Como vimos os judeus na época de Jesus nunca
tiveram um cânon escritural, vimos que este cânon foi criado no ano de 90dC
quando a Igreja já estava separada do judaísmo há vários anos, vimos que estes
livros NÃO foram aceitos pelo Concílio judaico de Jamnia por estar escrito na
mesma língua dos textos cristãos e por sua linguagem ser muito similar a estes.
Martinho Lutero em um ato de soberba, desprezo a obra do Espírito Santo no
Concílio de Cartago preferiu aceitar a definição do mesmo Sinédrio que NÃO
reconheceu seu Messias.
Outro fato é: A maioria dos cristãos de origem
Judaica eram judeus da diáspora, portanto falavam o grego, não o hebraico, as
Sagradas Escrituras utilizadas por eles era a versão grega de Alexandria, a
Septuaginta. É comprovado por especialistas, que as citações que o novo
testamento faz do antigo refere a versão grega, onde os deuterocanonicos já
estavam inseridos. Portanto, os apóstolos se utilizavam do antigo testamento
completo, a Septuaginta, assim como na Bíblia Católica.
Não se pode desprezar parte da obra de um Concílio
e aceitar outra. Um Concílio é aceito ou recusado por inteiro, pois bem, a
mesma autoridade que formou o Cânon do Novo Testamento formou também o Cânon do
Antigo Testamento, NÂO se pode aceitar os 27 livros do Novo Testamento e desprezar
a versão dos Setenta. Oras, se a Igreja se equivocou ao definir como canônico a
Versão dos Setenta, então os 27 livros do Novo Testamento também definidos pela
Igreja estariam expostos a um equívoco e se estes 27 livros são duvidosos, vã é
nossa fé. Duvidar da Igreja é duvidar das Escrituras. A quem você escuta? Claro
que, como está ESCRITO: "A IGREJA, COLUNA E SUSTENTÁCULO DA VERDADE".
A Fé Cristã primitiva e genuína SEMPRE FOI E sempre
será CATÓLICA.
Leia o nome da Igreja de Cristo em HEBREUS 12,23
"À ASSEMBLÉIA UNIVERSAL".
Escrito em grego: KATHOLIKOS ECCLESIA.
OU SEJA: IGREJA CATÓLICA.
Voltem para casa filhos pródigos, voltem para a
Casa do Pai, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana de Nosso Senhor Jesus
Cristo.
"EU NÃO CRERIA NO EVANGELHO, SE A ISTO NÃO ME
LEVASSE A AUTORIDADE DA IGREJA CATÓLICA" - Santo Agostinho
Pax Domini sit semper vobiscum.
In Corde Jesu, semper.
Ad Majorem Dei Gloriam.
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