Paulo Oliveira
Na mentalidade contemporânea, em que se fala tanto em
diversidade e respeito às minorias, a defesa da verdade parece ser sinônimo de
idiotice. Não raro, alguém que defende princípios perenes, próprios da natureza
humana, que não muda, se depara com frases como: “Você é uma pessoa
inteligente, não pode pensar desta forma”. É o imperativo ou ditadura do
relativismo.
No entanto, alguém, em são consciência, ousaria negar que 2 + 2 = 4, ou que o
todo é maior que a parte? Tais verdades mudam para o homem de 3 mil anos atrás,
ou para o homem contemporâneo, ou para o homem que viver daqui a mil anos,
independente de sua raça, sexo, cor, religião ou partido político? Como, então,
negar verdades fundamentais que constituem a natureza humana?
Reflexões sobre bioética e direitos humanos, por exemplo, não ocupavam o
pensamento do homem antigo, e sem dúvida, outras questões diversas serão alvo
da preocupação da humanidade no futuro. Porém, perguntas como “de onde vim?” e
“para onde vou?” sempre estarão presentes no intelecto humano. Na obra “O
Problema da Liberdade”, Fulton Sheen, bispo e filósofo do século XX, afirma que
responder qual é a sua finalidade é uma questão fundamental para o homem, e não
apenas isto, mas também à maneira como se responde tão complexo questionamento.
O autor afirma ainda que “se não houvesse alimentos, não haveria estômago; se
não houvesse coisas para ver, não haveria olhos; e se não houvesse o
Perfeito-Amor, a Perfeita-Vida e a Perfeita-Verdade, não haveria espírito, nem
vontade, nem coração almejando e lutando por eles”. (SHEEN, 1956, p. 31).
O que é este Perfeito-Amor, Perfeita-Vida e
Perfeita-Verdade a que se refere Fulton Sheen, senão a felicidade? Assim,
conclui-se que o homem tende naturalmente à felicidade, ou seja, esta é seu fim
último. O homem estará perdido se não alcançar a felicidade. E uma das pistas
para tal realização está na citação de Fulton Sheen: a Perfeita-Verdade. Desta
forma, se há espírito, vontade e coração almejando e lutando por isso, não há
dúvidas de que a verdade existe e ela é um caminho seguro para a felicidade. De
fato, a verdade machuca, escandaliza e se alcança por um caminho estreito, mas
ela existe e não muda. E apenas um ser em toda a história da humanidade, ousou
dizer não que revelava a verdade, mas que era a própria Verdade.
Por isso, defender a verdade e submeter-se a ela não é
sinônimo de idiotice ou coisa parecida, mas de muita inteligência e até mesmo
sabedoria. É necessário, porém, coragem para fazê-lo, diante do mundo
relativista contemporâneo, em que imprensa, leis e até mesmo autoridades
religiosas, conduzem ao largo, prazeroso e perigoso caminho do
relativismo.
Fonte: http://blogdopaulooliveira.wallinside.com/
Interessante é notar a flagrante contradição: os relativistas e politicamente corretos dizem defender a diversidade, mas isso não existe quando o "diverso" é cristão, branco, de classe média prá cima, conservador, de direita etc. Ou seja, respeite-se a diversidade, menos a diversidade dos que creem nas verdades absolutas.
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