O Vaticano 2 instaurou a doutrina
modernista aberta ao iluminismo e ao pan-cristianismo.
Os «papas conciliares» têm
revelado a sua fé desviada promovendo a inversão modernista.
Trata-se de doutrinas
protestantizantes sempre condenadas pela Igreja; um desvio clerical poluidor
das consciências desde tempos anteriores à auto-demolição conciliar.
A infiltração de clérigos
desviados que podiam obter posições de autoridade na Igreja representava o
maior perigo para a preservação da Fé.
Em vista desse «mistério de
iniqüidade», que já aparecera no tempo de Lutero, o Papa Paulo IV promulgara a
Bula «Cum ex apostolatus officio».
Esta Bula, confirmada pelo Papa
São Pio V, evitara a eleição do prestigioso, mas desviado cardeal Morone.
Desde então não foi preciso
recorrer a esta Lei para evitar «papas» de fé herética e portanto falsos.
Esta desgraça só ocorreu no nosso
tempo com a eleição de modernistas, que pela sua obra demolidora da Igreja
assim se revelaram.
Eis que a Bula «Cum ex», que é
fonte do Direito canônico da Igreja, se tornou, apesar de esquecida, da maior
oportunidade nos nossos tempos de apostasia.
De fato, ela se aplica
inteiramente aos chamados «papas conciliares».
Estes são, pela clara posição
herética assumida, os eleitos para as idéias do Vaticano 2.
Tal operação modernista foi
reconhecida logo pelos católicos mais esclarecidos como um desastre sem
precedentes para a Igreja.
Um sinal extraordinário
fortalecia essa visão: estes eram contra a Profecia de Fátima e tentaram
arquivá-la e depois desapropriá-la.
Entre os doutos previdentes temos
o ilustre Bispo Dom Antônio de Castro Mayer que, junto com o Prof. Plínio
Corrêa de Oliveira, houveram por bem iniciar um estudo sobre a hipótese
teológica de um papa herege.
O trabalho foi confiado ao
competente e meticuloso estudioso que é o amigo Dr. Arnaldo Vidigal Xavier da
Silveira. Foi o estudo com o título
«Considerações sobre o Ordo
Missae de Paulo VI».
As cópias mimeografadas foram
distribuídas por todos os bispos do Brasil, além de ser enviada ao Vaticano de Paulo
6.
Seu primeiro capítulo era sobre a
hipótese teológica de um papa herege.
Seguindo outra ordem, mas com o
conteúdo essencialmente igual, o livro foi traduzido em francês e publicado na
França pela «Diffusion de La Pensée Française» (1975).
A esta altura o Arcebispo de
Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, havia entrado em contato com a TFP do Dr.
Plínio, seguindo o propósito de obter de algum modo a suspensão dessa
edição.
Conseguiu o seu intento através
de um mútuo compromisso.
Quando estive com o Autor em
2009, lembrei que isto deve ter sido para ele um choque porque tratando de uma
questão absolutamente crucial para a Igreja naquele seu passo histórico, tudo
ficou condicionado por conveniências do momento.
Era no mesmo sentido o meu
protesto junto a Dom Mayer vinte e nove anos antes.
Porém, há que reconhecer que
este, junto a outros, surtiu efeito então, porque o livro editado, mas
conservado sem ser distribuído, conheceu a luz e passou a interessar na Europa
e no mundo.
O tempo perdido foi de todo modo
fatal e se leram comentários como tratando-se de «une bombe mouillé», isto é,
com seu poder desarmado.
Tudo em prejuízo da questão
crucial do papa herege que abala a Igreja.
Hoje, depois de tanto tempo
perdido, voltamos ao assunto, que debatemos com o Autor.
Quatro anciãos de nosso lado que
de há muito se ocupam dessa defesa hoje somam mais de 320 anos. O que o Inimigo
não previu é que também os valorosos jovens católicos que seguem agora a
questão compensariam esse número., e são grandes devotos de Fátima.
Como se enquadram os «papas
conciliares» na Lei da Igreja
Pode parecer que esta lista se
inicie com Paulo 6, que propôs e impôs os nefastos documentos do conciliábulo
Vaticano 2 para uma nova doutrina e liturgia da Igreja.
Na verdade, tudo começou com João
23 que, embora tenha convocado esse «concílio», e hoje pode-se apurar que o fez
para satisfazer forças hostis à Igreja, não deixou um rastro claro e concreto
de sua filiação modernista e maçônica.
Esta conclusão é dada pelos seus
sucessores que, em continuação declararam e demonstraram ter seguido a sua
linha de «aggiornamento» da Igreja, que é modernista. São seus sucessores que
podem prová-lo, e com satisfação. Por exemplo, as heresias do documento
«Dignitatis humanae» (DH) procedem diretamente da encíclica «Pacem in terris»
de João 23, aplaudida pelas forças liberais e comunistas e repetidamente citada
na DH .
Para os católicos é esta linha
contínua de desvios heréticos que comprovam a acusação.
Quanto a Roncalli já em Veneza e Fátima antecipava o plano do Vaticano II.
Os seus pontos princípios – “Cerco
in ogni cosa di sviluppare più ciò che unisce, che ciò che divide” (procuro
em tudo desenvolver mais o aquilo que une, do que aquilo que
divide).
Ora, Quem divide é justamente
Nosso Senhor Jesus Cristo na Santíssima Trindade.
A idéia pode estar certa em
outros campos, não na religião, onde reflete indiferença.
E os «peccati della Chiesa»? Com
a desculpa “dos pecados da Igreja” e outras tantas, não fez mais que
desacreditar a Igreja de sempre e in extremis, o próprio Jesus
Cristo, em favor da «bondade e compreensão» da igreja do presente e de seus
«humilíssimos» e «boníssimos» pastores!
Quanto à «honra devida à Mãe de
Deus», esta deve revestir-se de muita prudência!
Roncalli recusou-se de assinar a
petição para a instituição da nova festa da Realeza de Maria, que precede de
seis meses a encíclica de Pio XII Ad Coeli Reginam, para a
festa e a consagração de 31 de maio. A sua idéia ecumenistavai em
todas as direções, menos na mariana, porque no fundo todos seriam cristãos;
anônimos, mesmo sem saber ou querer.
A aversão pela Mensagem de Nossa
Senhora de Fátima
Já como patriarca de Veneza,
Roncalli havia demonstrado a idéia de alinhar esta mensagem a uma nova
pentecoste conciliar, revelando a sua aversão ao Segredo da Mãe de
Deus. De fato, indo à Fátima, em 13.5.1956, diante de meio milhão de fiéis,
pronunciou naquela ocasião a homilia em que diz:
“precorritore di una nuova
Pentecoste del cui celeste effluvio cominciamo ora a misurare tutta la portata
e le misteriose ricchezze”.(Precursora de uma nova Pentecostes de cujo fluxo
começamos já agora a medir em todo seu alcance e misteriosas riquezas).
Descreveu então as aparições, mas liquidando com poucas palavras aquelas do
Segredo e do Inferno:
“Per il 13 luglio qualche
incertezza. Ma Giacinta dice chiaramente risolvendo ogni dubbio: «No, il
demonio non può essere; il demonio è tanto brutto e sta sottoterra». (Scritti
e Discorsi del Patriarca di Venezia, Paoline, 1959, V.2, pp. 423, 425). [Para o
13 de julho algumas incertezas... Mas Jacinta diz claramente resolvendo
qualquer dúvida: «Não, o demônio não pode ser, o demônio é tão feio e está
debaixo da terra»(!!)]
A razão porque um clérigo tão
ladino como Roncalli decidiu opor-se ao Segredo de Fátima, mesmo enfrentando
uma grande impopularidade, estava na sua aversão às profecias de desgraças (profezia
di sventura), que contrastavam com os seus planos de
conciliação com o mundo moderno e a inauguração de uma «nova ordem»(nuovo
ordine mondiale religioso). Mais tarde não só vai censurar o Segredo,
mas também a entrevista (dezembro de 1957) da Vidente Lúcia com o Padre
Fuentes. A dedução que tenha sido ele a impor uma retratação à irmã Lúcia
através do Bispo de Coimbra apóia-se também nas palavras registradas pelo novo
embaixador de Portugal junto ao Vaticano, Antonio de Farias em 1961:
O Pontífice “me falou de
Fátima aludindo à conveniência de não tentar fazer a irmã dizer mais que ela
tinha condições de afirmar (a propósito da conversão da Rússia e a menção do
ano de 1960), matéria muito delicada que exige toda prudência” (História,
Lisboa, outubro de 2000, p.25).
Vista a obra ecumenista de
Roncalli no Oriente Dom Lambert Beauduin havia pronunciado, em 1958, uma frase
muito significativa: “Se elegerem Roncalli papa tudo estará salvo, ele será
capaz de convocar um concílio e consagrar o ecumenismo… temos nossa chance; os
Cardeais, em sua maior parte, não sabem o que devem fazer. São capazes de votar
por ele”(Sodalitium, n. 28, p. 20). De fato, Roncalli que se tornou João 23
dirá: “O método de Dom Beauduin é o bom”. E passou a promover o plano
ecumenista que implica a paridade das igrejas, citando inclusive publicamente a
revista Irénikon de Dom Beauduin.
Ninguém ter-se-ia apercebido
desta devastadora infiltração maçônica na Igreja?
Infelizmente não houve denúncias
públicas a propósito, mas a questão era conhecida.
O testemunha uma carta de ninguém
menos que o influente cardeal Tisserant a um padre professor de Direito
canônico; o Cardeal declara ilegítima a eleição de Roncalli, que, segundo diz,
foi querida e preparada por forças estranhas ao Espírito Santo (cf. ‘Vita’,
18.9.77, NRon, p. 57)”. É certo, porém, que um modernista é reconhecível
publicamente pelas suas palavras e obras, e isto se tornou evidente no governo
de João 23, que era notoriamente modernista e filo-mação antes da eleição.
Isto tornava sua eleição nula,
conforme a Bula do papa Paulo IV.
Os planos do Cônego Roca se
cumprem!
“Tudo isto se completa no
importante livro do maçon Yves Marsaudon: L’Oecuménisme vu par un
Franc-Maçon de Tradition, que ele dedicou, em termos ditirâmbicos, a João
XXIII, “que deverá servir para construção de uma ponte entre a Igreja e a
Maçonaria” [porque:] “A destruição da Igreja não é mais nosso objetivo,
mas se procura servir-se dela, penetrando-a.“. “Com João XXIII demos o primeiro
passo. De todo coração auguramos que a revolução de João XXIII continue… A
Igreja dogmática deve desaparecer ou conformar-se… o sacerdote não é mais um
ser particular…; ele tende progressivamente a fundir-se com a sociedade moderna
(Arcivesc. Rudolf Graber, Athanasius, p. 46)”.
Eis então Roncalli, papabile segundo
o plano das Lojas! E portanto não papabile segundo a Fé da Igreja.
Nossa Senhora vigia para por fim
vencer todas as heresias conciliares e para que seus filhos conheçam o triunfo
do seu Imaculado Coração junto ao Sagrado Coração de Jesus!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Antes de postar seu comentário sobre a postagem, leia: Todo comentário é moderado e deverá ter o nome do comentador. Comentário que não tenha a identificação do autor (anônimo), ou sua origem via link e ainda que não tenha o nome do emitente no corpo do texto, bem como qualquer tipo de identificação, poderá ser publicado se julgar pertinente o assunto. Como também poderá não ser publicado, mesmo com as identificações acima tratadas, caso o assunto for julga impertinente ou irrelevante ao assunto. Todo e qualquer comentário só será publicado se não ferir nenhuma das diretrizes do blog, o qual reserva o direito de publicar ou não qualquer comentário, bem como de excluí-los futuramente. Comentários ofensivos contra a Santa Madre Igreja não serão aceitos. Comentários de hereges, de pessoas que se dizem ateus, infiéis, de comunistas só serão aceitos se estiverem buscando a conversão e a fuga do erro. De indivíduos que defendem doutrinas contra a Verdade revelada, contra a moral católica, de apoio a grupos ou ideias que contrários aos ensinamentos da Igreja, ao catecismo do Concílio de Trento, ferem, denigrem, agridem, cometem sacrilégios a Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo, a Mãe de Deus, seus Anjos, Santos, ao Papa, ao clero, as instituições católicas, a Tradição da Igreja, também não serão aceitos. Apoio a indivíduos contrários a tudo isso, incluindo ao clero modernista, só será publicado se tiver uma coerência e não for qualificado como ofensivo, propagador do modernismo, do sedevacantismo, do protestantismo, das ideologias socialistas, comunistas e modernistas, da maçonaria e do maçonismo, bem como qualquer outro tópico julgado impróprio, inoportuno, imoral, etc. Alguns comentários podem ser respondidos via e-mail, postagem de resposta no blog, resposta do próprio comentário ou simplesmente não respondido. Reservo o direito de publicar, não publicar e excluir os comentários que julgar pertinente. Para mensagens particulares, dúvidas, sugestões, inclusive de publicações, elogios e reclamações, pode ser usado o quadro CONTATO no corpo superior do blog versão web. Obrigado! Adm do blog.