Neste mundo terreno e corruptível, tal como ficou após o pecado de Adão e Eva, não duvidemos de que o mal foi, é, e será sempre muito mais frequente do que o Bem. A grande tendência dos seres humanos para praticarem o mal CONSTITUI UMA DAS GRANDES VERDADES BÍBLICAS. Uma tal tendência só pode ser explicada pelo grande esforço moral negativo realizado por Adão e Eva para pecarem, pois que o pecado era contrário à condição ontológica privilegiada dos nossos primeiros pais.
Efectivamente, o Mundo, considerado aqui, na sua acepção estritamente moral, com as suas máximas, os seus caprichos, os seus divertimentos, os seus enganos, os seus falsos “deuses,”bem que constitui a epítome de tudo o que se opõe fundamentalmente ao Reino Sobrenatural de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Devemos lutar aguerridamente, com armas espirituais e temporais, contra a maldade do mundo, e a Santa Madre Igreja disso consubstancia caracterizado exemplo ao longo dos séculos; todavia a vitória definitiva cabe apenas a Nosso Senhor na Sua Parúsia, a nós são-nos concedidas sòmente vitórias parciais – e escassas.
Também é profundamente errado considerar que as gerações passadas eram essencialmente melhores do que as hodiernas gerações; depois do pecado original não há qualquer descontinuidade ONTOLÓGICA na condição humana, enquanto tal; admite-se perfeitamente que nos últimos cinquenta anos se tenha produzido uma descontinuidade RELIGIOSA, derivada da completa extinção da Santa Madre Igreja como REALIDADE SOCIAL E CULTURAL.
Por vezes apresenta-se a tolerância como um valor positivo em si mesmo, como uma realidade moral plenamente subsistente, enquanto possuidora de bondade moral. Mas aprofundando a questão, concluiremos que a razão última da necessidade de tolerância se reduz a um deficit de Verdade e de Bem na mesma unidade política carente dessa tolerância.
Mas então como se deve proceder? Nunca somos dispensados de agir para maior Glória de Deus, conquanto a nossa contribuição seja, em termos humanos, diminuta; no caso de se revelar impossível agir directamente contra o mal, mediante mecanismos políticos e Jurídicos, por deficiência da forma fundamental da sociedade, IMPÕE-SE A TOLERÂNCIA PROVISÓRIA DESSE MESMO MAL, enquanto se procura actuar, indirectamente, na requalificação fundamental da referida forma religiosa-político-coactiva da sociedade em questão.
QUANTO MAIS É NECESSÁRIO TOLERAR O MAL NUMA SOCIEDADE, MAIS IMPERFEITA É A FORMA ESSENCIAL DESSA SOCIEDADE.
Não é, em absoluto, válido, o argumento usado pela falsa Igreja conciliar de que se tinha de proscrever o Estado rigorosamente confessional, por este se revelar como de impossível concretização; NÃO! NUNCA PODEMOS ABDICAR DOS PRINCÍPIOS, POR MAIORES QUE SEJAM OS OBSTÁCULOS À SUA CONCRETIZAÇÃO; DEVEMOS LUTAR SEMPRE, SE PELAS RAZÕES JÁ REFERIDAS NÃO PUDERMOS PROCEDER DIRECTAMENTE, PROCEDEREMOS INDIRECTAMENTE, MAS DEVEMOS COMBATER SEMPRE – ATÉ À MORTE.
O nunca suficientemente amaldiçoado Vaticano 2 constituiu um direito positivo próprio para a existência do erro e do mal, nunca se tratou de tolerância, mas sim de liberdade – para o mal. Tal dimana da diabólica subjectivação das coordenadas do pensamento e do ser; e evidentemente, se tais coordenadas são subjectivas, o Estado, que é uma realidade essencialmente objectiva, nada terá a ver com isso.
A forma fundamental de uma unidade política nunca pode ser totalmente incomensurável com o seu conteúdo, porque se condicionam recìprocamente.
Por vezes escutamos o seguinte e justificado lamento interrogativo: «Mas como pôde acontecer isto à nossa religião?» Tendo em conta as consequências do pecado original – É O PRÓPRIO DA VERDADE E DO BEM ARREGIMENTAR CONTRA SI, COM PARTICULAR VIRULÊNCIA, TODA A IMENSA VARIEDADE DAS FORÇAS DO MAL.
A obra do maldito concílio em mais não constituiu senão em renegar formalmente essa especificidade única da Fé Católica, em acamaradar com o conjunto das forças do mundo, que necessàriamente se opõem à Verdade e ao Bem.
Toda e qualquer possível reconstituição das bases católicas dos Estados, terá sempre de respeitar três princípios fundamentais: A OBJECTIVIDADE, A HIERARQUIA e a PROGRESSIVIDADE. O cidadão particular, baptizado, nunca poderá exorbitar, na sua actuação, da sua condição privada, e na exacta medida em que pela associação qualificada com outros, incrementar a sua posição na hierarquia social, lògicamente, fortalecerá a sua objectividade, no ser e na operação.
Finalmente, por mais perfeita que seja a forma constitutiva de uma unidade política, NUNCA SE PODERÁ EXTIRPAR TODO O MAL, NEM PUNIR TODO O MAL, pois a nossa pobre condição terrena de criaturas pecadoras não o permite; mas devemos combater sempre, o mais possível, infatigàvelmente, o mal, em todas as suas manifestações, POIS PARA ISSO FOMOS CRIADOS E REMIDOS.
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