e perverso se apontássemos alguma essencial maldade no ser das coisas. Essa perversidade nos levaria a imputar a Deus alguma maldade, ou a dividir a Onipotência de Deus em dois hemisférios, mal e bem, luz e trevas, como na antiguidade pagã muitas vezes se fez.
história da miséria e da fragilidade do mundo, mas ainda não começou a da inimizade do mundo.
o mundo, mas para salvá-lo" (Jo. XII, 47). Já aqui, entretanto, se observa uma atitude nova e tensa que caracteriza fundamentalmente a vida cristã. Em relação a esse mundo, em si mesmo bom, mas marcado pelo pecado do homem e por uma senectude que o levará a passar, Jesus nos adverte que estamos no mundo, mas não somos do mundo. E aqui chegamos ao dualismo mais contrastante e mais importante da relação Igreja-mundo, e ao ponto mais agudo da significação do termo "mundo". Se nós e a Igreja estamos no mundo, mas não somos deste mundo, temos de procurar em outro mundo nosso lugar, nossa pátria verdadeira. "Meu Reino não
é deste mundo", disse Jesus a Pilatos, "se meu Reino fosse deste mundo, meus servidores teriam combatido para impedir que eu fosse entregue aos judeus; mas o meu Reino não é deste mundo" (Jo. XVIII, 15-17).
ordem da salvação. Já no Antigo Testamento encontramos vários
anúncios do outro mundo ou de uma nova criação: "Não cuideis das coisas antigas, eis que vou realizar algo de novo" (Is. XL, 15-17). Seria espantosamente pueril imaginar que Isaías profetiza novidades horizontais da história e que as "velhas coisas" são o
Concílio de Trento, o latim, o gregoriano, etc, etc. ao passo que as "novas" seriam as coisas depois do Concílio Vaticano II, e até quem sabe? — depois da revolução na América Latina.
o máximo esplendor que era possível neste ponto adventista da Revelação. Fala-se aí expressamente da criação de um novo céu e de uma nova terra. A magnificência de Sião é descrita como o raiar de uma nova manhã de criação.
de dois tempos ou de dois atos da mesma criação. Há realmente no ato criador de Deus o que nos atrevemos a chamar de dois atos da mesma criação, ou de dois tropismos — o primeiro, que tem caráter
de projeção, tira as coisas do nada, as atira e as entrega às suas próprias naturezas e operações, "operado sequitur esse", e o segundo, que tem caráter de vocação, chamamento de todas as coisas, como se todas as coisas criadas devessem ser, desde já, marcadas, orientadas, polarizadas para a Glória. À imitação do que se passa na intimidade insondável da Trindade Santíssima, toda a criação, de certo modo, sai do Pai e volta ao Pai: "Deus criou todas as coisas para si" (Prov. XVI, 4).
(Rom. V. 29).
de subsistente. Para nós a graça é efetivamente um habitus que qualifica
a alma e supõe a natureza. Sim, supõe a natureza, mas de tal modo a transpõe ou a transporta para outras oitavas de sobrenatureza que mal conseguimos bem avaliar a força da novidade em que essa
qualificação nos insere, em união com o Cristo ressuscitado, à direita do Pai. Dificilmente assimilamos a ideia de estarmos, pela graça de Deus, desde já, supernaturalizados na pátria eterna, e desde
já substantivamente renovados.
prometida, está nas últimas páginas do último livro inspirado:
os homens, eles serão seu povo, e o próprio Deus estará com eles; enxugará as lágrimas de seus olhos, e não haverá mais morte, nem luto, nem dor, porque as primeiras coisas terão passado... E aquele que
estava no trono disse: — Eis que todas as coisas faço novas". (Apo XXI, 1-5).
o lugar e a ocasião que se oferecem para completar, em sua peregrinação e no Corpo Místico de Cristo, o que faltou em Sua paixão (Col. I, 24). Nesse sentido, amamos o mundo, obra de Deus, e reduplicadamente amamos o mundo em que Jesus caminhou e caminhará conosco até, a consumação dos séculos; e amamos com entranhas de misericórdia e especial dileção os pobres de todas as pobrezas, que são muitas, e o horror que ganharmos ao pecado e ao
mal multiplicado no mundo será mais uma forma de amor pelos atropelados e pelas vítimas, e até pelos autores do mesmo mal.
é o mundo o agente inimigo que nos desvia de Deus: é Satã ou a carne.
parte ou aquela manifestação que se organiza como anti-Igreja, é o mundo militante que move guerra ao Reino de Deus, ao "outro mundo" já aqui e agora começado na vida da graça. Esse mundo-inimigo, formado por correntes históricas animadas de soberba e aceleradas neste século por um febril desespero, odeia os cristãos por causa do novo absoluto, que se realiza no Cristo, e que esse mundo rejeita; sim, odeia-os por causa de sua condição peregrina, e tenta por todos os meios secularizá-los, isto é, arrancá-los do Reino de Deus para naturalizá-los neste mundo.
(AGIR, 1967) que o termo carne, do binómio paulino carne-espírito, segundo Santo Agostinho e Santo Tomás, não designa a parte corporal do composto humano, designa antes o homem todo na medida em que esse homem toma a atitude de querer ser a sua própria lei ou de vivere secundum seipsum, com aversão e desprezo pela vontade de Deus. Será sinónimo de vontade-própria ou de amor-próprio no sentido mais espiritual e profundo do termo. É nessa inflamação do eu-exterior que o mundo-inimigo e o Demónio encontram
a brecha para a derrota das almas. Mas é preciso lembrar que, nestas linhas, o termo carne se aplica, não apenas no plano da moral particular e individual, mas no plano de toda uma civilização que fomenta e estimula a vontade de poder, a vontade de
autonomia, a vontade de egoísmo, a vontade de soberba, dando-lhes nomes de novo humanismo. A obra anteriormente citada ocupou-se desse drama de toda uma civilização que deixou de ser cristã; e a obra que nestas últimas páginas encerramos, na sua maior parte, tenta mostrar o triste privilégio que têm os habitantes deste século: estamos de camarote diante do planisfério das consequências. Vimos
alargar-se a corrente histórica inimiga da alma e da Igreja, e para nossa maior confusão vimos a carne inimiga dos próprios membros da Igreja, de alto a baixo, dos mais inteligentes aos mais visivelmente
parvos, trabalhar na obra que o próprio Papa chamou de autodemolição da Igreja, obra que não seria possível se os outros
inimigos não contassem com essa brecha que é exterior à Igreja, e que permite essa catástrofe que parece vir de dentro da Igreja, porque vem de seus membros, e mais especialmente de son personnel,
como diz Maritain no seu livro último, UÊglise du Christ. O que nos assusta de modo particularmente agudo é o fato de existir em torno da Igreja um mundo que enaltece a carne, e o fato ainda mais grave de existir no seio da Igreja um número alarmante de levitas que precisamente se gabam de ser servidores do mundo, da
carne, e por que não do Demónio? Nas páginas deste livro vimos o mal que fizeram à Igreja as correntes históricas que a soberba humana organizou para dispensar os favores de Deus, dos anjos e dos santos.
o desprezo do arremate mais belo da obra de Deus. Sim, desprezo do novo mundo, desprezo da Nova Jerusalém, desprezo
de um Deus poderoso e enxugador das lágrimas dos homens. Em nome de quê?
inconstante dos homens, em nome do nada e da vaidade das vaidades, perseguição de vento, o caudal de erros se alargou nesta
estuário de disparates que inunda o mundo e produz na Igreja devastações incalculáveis. Que nome daremos ao mal deste século?
horizontalizar as promessas de Deus transformadas em promessas humanas. Que ousou tentar a secularização do Reino de Deus que não é deste mundo. Ei-los os escavadores do nada a construir em baixo-relevo, en creux, a nova torre de Babel. Esperantes às avessas, eles querem fazer revoluções niilistas, querem voltar ao zero,
querem destruir, querem contestar, rejeitar, querem niilizar. E se chamam "progressistas".
Tremo de pensar que o próximo século será o do DESAMOR. Perguntando ao mar, às árvores, ao vento, o que querem esses homens que se agitam e meditam coisas vãs, parece-me ouvir uma resposta de pesadelo. Eles querem produzir uma sinarquia, uma espécie de unanimidade, uma espécie terrível de paz e bem-estar. Qual?
sobre todos caiu a condenação, pela justiça de um só a todos virá a justificação que dá a vida. ( . . . ) E onde abundou o pecado superabundou a graça." (Rom. XVIII, 21)
com a síntese onde o "terceiro Adão" será o Adão-massa, a humanidade unanimizada na mesma negação, na mesma afronta simétrica da primeira — no mesmo PECADO TERMINAL com que Satã
imagina descer o pano sobre o quinto ato do espetáculo do mundo.
já falam muito no homem, na promoção do homem, na revelação do homem, na "réussite de 1'homme", como diz o velho dominicano Chenu, que já entrevê o fim do mundo sem guerras e sem explorações
do homem pelo homem, e nesta apoteose já entrevê uma humanidade tornada enfim fraternal. No sonho do Pe. Chenu, não
haverá Juízo nem haverá condenações porque cada um será o único juiz de seus atos, como já se ensina hoje nos novos catecismos.
contra o principado das trevas. É preciso gritar por cima dos telhados que, se o cristianismo se diluir, se a Igreja tiver ainda menos visível o ouro de sua santa visibilidade, se seu brilho se empanar
pela estupidez e pela perversidade de seus levitas, o mundo se tornará por um milénio espantosamente, inacreditavelmente, inimaginavelmente estúpido e cruel.
de grandes soldados que queiram dar a vida, no sangue ou na mortificação de cada dia, pela honra e glória de Nosso Senhor Jesus
Cristo. Compadecei-vos, Senhor, de nossa extrema miséria, e sacudi os homens para que eles saibam quem é o Senhor!
carros de fogo." (II Reis, VI, 16)
justamente quando mais audaciosamente se ergue certo do triunfo. E é disto que Deus mesmo nos adverte: "Ele fecha os olhos para os pecados dos homens" como que esquecido de seu poder e de sua majestade, mas logo depois desse aparente recuo, "despertando como um homem cuja força a embriaguez aumentara, ele esmagará a cabeça de seus inimigos,
a fim de que todos saibam "que o Rei da terra inteira é Deus" e que "os povos compreendam que não são senão homens."
Svi su željeli rijekom Seinom pobjeći u Orleans nadajući se ondje većoj sigurnosti. Sveta Genoveva počela je građane uvjeravati kako će Pariz biti pošteđen. Njoj je to Bog objavio. Narod joj nije odmah povjerovao. Tada je u aferu zahvatio i pariski biskup German, čovjek sveta života, koji je uživao poštovanje i ugled kod svih. On se stavio na stranu djevice Genoveve i narod joj je povjerovao te se počeo spremati na obranu i otpor. I, doista, Atila je promijenio smjer i udario upravo prema Orleansu koji je strašno stradao. S pravom se možemo pitati odakle toj djevici Genovevi takva moć da je, uz biskupa sv. Germana, u onim teškim trenucima bila najhrabrija i najvažnija osoba? - Odgovor možemo jedino naći u njezinoj vjeri i svetosti.
ResponderExcluirOna je bila povezana s Bogom, s njime uvijek računala i na njega se oslanjala. To, doduše, zvuči neobično, ali mi drugog ni boljeg tumačenja, doista, ne nalazimo. Sv. Genoveva može nam poslužiti kao uzor ljubavi prema Crkvi i domovini. Iako je živjela za Boga u posvećenom djevičanstvu, ipak je osjećala sa svim potrebama svoje Crkve i svoga naroda. Štoviše, u najtežem času po svoj narod postala mu je neke vrste spasiteljicom kao Judita i Estera u Starom zavjetu, a Ivana Arška, samo mnogo kasnije, u novije doba. Kršćanin će uvijek ljubiti svoju domovinu i narod te njegovo dobro i budućnost uključivati u svoje svakodnevne molitve. U tom smislu piše sv. Pavao Timoteju: "Tako, prije svega, molim da se upravljaju prošnje, molitve, zazivi, zahvaljivanja za sve ljude, za kraljeve i za sve koji su na višem položaju, da mognemo provoditi tih i miran život u punoj pobožnosti i dostojanstvu.
To je dobro i ugodno pred Bogom, Spasiteljem našim..." (1 Tim 2, 1-3). Morali bismo baš kao kršćani uvijek biti takvi da bi se i o nama moglo reći ono što je oko godine 150. sv. Justin, mučenik, rekao rimskim vlastodršcima: "U čitavom svijetu za ispravno održavanje poretka nemate boljih pomoćnika ni saveznika od nas kršćana." Pobožna legenda puna znakovitosti pripovijeda kako su se Grguru u snu prikazale dvije lijepe djevice: čistoća i mudrost i ponudile mu zaruke. On se u stvari s njima i zaručio, ljubio ih i ostao im vjeran do konca života. Čistoća srca omogućivala mu je da sve više ulazi u tajne Bogom objavljene nauke. "Katolici se moraju smatrati obaveznima da u odanosti prema naciji i u savjesnom ispunjavanju svojih građanskih dužnosti promiču zajedničko dobro; to moraju tako ozbiljno činiti da građanska vlast računa s njihovim mišljenjem i tako bude pomognuta da se pravedno izražava i da zakoni budu u skladu s moralnim zapovijedima i zajedničkim dobrom.
Katolici koji su vješti za javne društvene dužnosti i upućeni u vjeri i kršćanskom nauku i kako odgovara, neka ne odbijaju obnašanje državnih službi jer po njima, ako ih sposobno obavljaju, mogu pomoći zajedničkom dobru i ujedno utirati put Evanđelju..." (14). "Građani treba da goje velikodušnu i vjernu ljubav prema domovini ali bez duhovne ukočenosti, to jest tako da istodobno imaju pred očima dobro čitave ljudske obitelji koja je združena raznim vezama između rasa, naroda i država. Svi kršćani treba da u političkoj zajednici postanu svjesni svoga posebnog poziva; oni, naime, treba da dadu primjer razvijajući u sebi svijest dužnosti i zalaganja za opće dobro, a djelima valja da pokažu kako je moguće uskladiti vlast sa slobodom, osobnu inicijativu sa solidarnošću i potrebama čitavoga društvenog tijela, potrebno jedinstvo s plodnom raznolikošću.
U uređenju vremenitih stvari neka priznaju kao legitimna mišljenja koja se međusobno razilaze i neka poštuju građane koji, pa i udruženi, pošteno brane svoje mišljenje. A političke stranke moraju promicati ono što se po njihovu sudu traži za opće dobro; ali nikada nije dopušteno vlastitu korist pretpostaviti općem dobru... Neka besprijekorno i razborito nastupaju protiv nepravde i nasilja, protiv samovolje vlasti i netolerantnosti pojedinoga čovjeka, ili političke stranke; neka se iskreno i pravično, dapače, s ljubavlju i političkom hrabrošću, posvete dobru svih"