No século III encontra-se o primeiro vestígio certo da festa dos dois Apóstolos, celebrada a 29 de junho, dia em que, segundo uma antiga tradição romana, deu-se o seu martírio, entre 64 e 67; ou, segundo outros, data da transladação de suas relíquias para as catacumbas da Via Ápia.
A festa tinha três estações litúrgicas: na basílica de São Pedro, catacumbas e na basílica de São Paulo; e duas vigílias: uma em São Pedro e outra em São Paulo.
A estação ad Catacumbas (que, segundo velha tradição, servira de morada a São Pedro) foi instituída para dar a possibilidade de participar do rito religioso, aos fiéis que não podiam ir até o sepulcro dos Apóstolos por causa da lei de Valeriano que os proibia. De fato, no século IV, já não existia mais tal estação e assim ficou apenas o dia bifestus, com estação litúrgica em São Pedro e em São Paulo no mesmo dia. Mas no século VIII a estação de São Paulo foi transferida para o dia seguinte.
A liturgia de Roma une sempre os dois Apóstolos em quaisquer de suas festas, porque, sendo os fundadores da Igreja em Roma, considera a exaltação deles como sua festa e seu natal cristão.
São Pedro, chamado Simão, nasceu em Betsaida, filho de um tal Jonas e era irmão de André. Chamando-o para o apostolado, Jesus Cristo o constituiu chefe dos Apóstolos e seu vigário na terra (Ev., Al., Com.). É recordado muitas vezes nos quatros Evangelhos e neles tem papel preponderante. Depois de Pentecostes, iniciou imediatamente a pregação do Evangelho, primeiro aos judeus e depois aos gentios. Aprisionado pelo rei Agripa, foi libertado miraculosamente por um anjo (Leitura, Intr.). Depois do concílio de Jerusalém, foi para a Ásia Menor e daí para Roma, onde estabeleceu sua sede. Foi o primeiro Papa e Bispo de Roma, e foi crucificado de cabeça para baixo.
São Paulo, o Apóstolo dos Gentios, nasceu em Tarso na Cilícia, de pais hebreus e cidadãos romanos. Após ter recebido a primeira instrução na família e na escola da Sinagoga, foi a Jerusalém aperfeiçoar-se no ensino da Lei. Convertido milagrosamente no caminho de Damasco, permaneceu três anos na solidão do deserto, onde o próprio Nosso Senhor lhe fez notáveis revelações. Depois, começou suas viagens apostólicas, fundando Igrejas em todo o mundo então conhecido. Durante sua primeira prisão, pregou com abundantes frutos em Roma e, ao termo da segunda, foi condenado à decapitação, na Via Ostiense.
Pedro e Paulo são os príncipes dos Apóstolos (Gr., Of.) e as colunas da Igreja: São Pedro representa o Papado e o primado; São Paulo, o Episcopado.
Como há um só Deus, um só Cristo e uma só Igreja, assim também, há uma só cátedra, fundada sobre Pedro e sobre o Papa (Al., Ev., Com.).
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