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Catedral Nossa Senhora do Pilar - Zaragosa, Espanha |
"Se queres entrar na Vida Eterna, observa os mandamentos: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua mente e a teu próximo como a ti mesmo"
Pe. David
Francisquini
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Funeral de São Martinho (1312-1317) |
Para exercer sua ação sublime e benfazeja sobre os
fiéis, a Santa Igreja Católica Apostólica Romana fez desabrochar ao longo dos
séculos uma realidade rica em imponderáveis.
Por exemplo, quando um cortejo fúnebre entra numa
igreja, o padre faz uma breve oração junto à porta, para indicar que é a última
vez que o defunto entra naquele recinto sagrado. Se ele for um leigo, estará
com os pés voltados para o altar e a cabeça em direção à porta, para ensinar
que era com os pés ele ia à igreja cumprir os preceitos sagrados.
Se o defunto for um sacerdote, ele estará revestido
dos paramentos sagrados e, por encontrar-se na casa de Deus, onde exercera seu
ministério e por vezes passara a vida, sua posição no ataúde será com os pés
voltados para a porta da igreja e a cabeça em direção ao altar, indicando
tratar-se de pessoa sagrada.
Com isso a Igreja ensina aos sacerdotes e aos fiéis
seus deveres recíprocos, ou seja, de não se furtarem à missão de conduzir as
almas a Deus e de não viverem alheios ao ambiente sagrado.
Outro exemplo. Numa cerimônia batismal, o padre exerce
a função sagrada de trazer um pagão para o seio da Santa Igreja. Neste
sacramento há um imponderável digno de ser lembrado. Revestido de sobrepeliz e
estola roxa, ele espera o cortejo na entrada da igreja junto à pia batismal, a
fim de indicar que o batismo é a porta da Igreja pela qual, para se tornar
cristão, é preciso passar.
Para tornar-se cristão, membro de Cristo, é necessário
receber o batismo, sem o qual não há salvação, como disse o Salvador: “Quem não
renascer pela água e pelo Espírito Santo, não poderá entrar no reino do Céu”.
Assim como não se entra numa casa sem passar pela
porta, também não se pertence à Igreja sem passar pelo batismo. É através dele
que se renasce, pela água e pelo Espírito Santo.
A Igreja é sublime e, portanto, contrária à
vulgaridade, sendo esta uma das razões pelas quais o mundo moderno,
igualitário, medíocre e laico A desdenha.
Assim, ao começar o cerimonial do batismo,
estabelece-se um diálogo entre o celebrante e a criança, representada pelos
padrinhos, no qual se diz:
— “Que pedes à Igreja de Deus? A Fé, dizem os
padrinhos.
— Que te alcança a Fé? A vida eterna.
— Se queres entrar na Vida Eterna, observa os
mandamentos: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua
alma, de toda a tua mente e a teu próximo como a ti mesmo”. Em seguida, o
sacerdote insufla três vezes a face da criança e diz:
“Retira-te dela espírito imundo e dá lugar ao Espírito
Santo Paráclito”.
Na sua liturgia, a Igreja associa a fé ao espírito de
luta contra o mundo, o demônio e a carne. Ao traçar uma cruz na fronte e no
coração do batizando, Ela o conclama a ser fiel aos preceitos divinos e aos
bons costumes, condição necessária para ser o templo de Deus.
Essa ação da Igreja nas almas assemelha-se à ação da
família com relação aos seus filhos. Para cerceá-la, procura-se desfigurar as
famílias pelo divórcio, pelos prazeres desordenados, pelo ambiente frenético
crescente, exercendo assim um trabalho incessante para descaracterizar a
instituição familiar, que é um reflexo da instituição divina da Igreja.
Fazer mal à família é prejudicar a Igreja, é
estraçalhar esta simbologia de que fala São Paulo Apóstolo: “Como o marido é a
cabeça da mulher, Cristo é a cabeça da Igreja, seu corpo, do qual Ele é o
Salvador” (Ef. 5,23).
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Nossa Senhora de Fátima |
O modo de agir da Esposa de Cristo opõe-se a ação do
mundo e do demônio nas almas e fundamenta a esperança e a certeza de que essa
missão salvadora, atuante dentro dos ambientes, age de modo sutil, criando
condições e ambiente para a salvação eterna.
A maior conquista do processo revolucionário em cinco
séculos de destruição da Civilização Cristã foi ter conseguido penetrar no
recinto sagrado da Igreja Católica para mudar suas instituições, sua doutrina,
e perverter assim a mentalidade dos que professem a Religião verdadeira.
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Lutero |
Dois acontecimentos diametralmente opostos serão
comemorados em 2017: o centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima e os
500 anos da Revolução Protestante luterana. Enquanto os verdadeiros católicos
procuram enaltecer a Mãe de Deus e colocar em prática os pedidos feitos por Ela
em 1917, os católicos progressistas, pelo contrário, se preparam para comemorar
o heresiarca Martinho Lutero, o qual, segundo eles, teria realizado “algo de
bom e de vantajoso” em favor da Igreja Católica!
Não se entende como um inimigo tão perverso, com sanha
persecutória, possa realizar algo em favor d’Aquela que ele pretendia destruir.
Mas, em todos os momentos de crise, não falta à Santa Igreja a proteção do
Espírito Santo. Basta que seus ministros O invoquem para que todo o processo
conspiratório se desvaneça. Portanto, no atual e crítico impasse em que nos
encontramos, com a Igreja aparentemente convertida em “uma sociedade puramente
humana, uma simples ONG”, conforme aludiu o Cardeal Robert Sarah (prefeito da
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos), impõe-se a
adesão e a atuação clara e enfática de todo o clero a uma situação em que Deus
volte a ser o centro das cogitações humanas; e, especialmente, esteja no âmago
das celebrações litúrgicas na realização do cerimonial católico.
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