EXPLICAÇÃO DA
SANTA MISSA
Autor: pe. Martinho de Cochem (1630-1712)
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Digitalização: Carlos Melo
XXVII. INSTANTE
EXORTAÇÃO PARA OUVIR DIARIAMENTE A SANTA MISSA
Depois de tudo quanto
dissemos até aqui, pareceria desnecessário exortar-te a ouvir a santa Missa
todos os dias. Entretanto, acrescentaremos algumas reflexões próprias, para
afirmar, em ti, a esta resolução.
Não há dúvida de que
nenhuma hora do dia é tão preciosa como a da santa Missa. É verdadeiramente uma
hora de ouro, e, por sua influência, tudo o que fizeres no correr do dia será,
por assim dizer, transformado em ouro. Sem esta bênção que se recebe do altar,
não ganharíamos senão vil metal.
Objetar-nos-ás
talvez: "O trabalho me é mais necessário que a audição da santa Missa,
visto que, por ele, sustento minha família". - Mas, caro leitor, não
dizemos que não trabalhes, quereríamos apenas ver-te dar a Deus pequena meia
hora, cada manhã. Abençoado por sua mão paterna, teu trabalho terá melhor
êxito.
O desejo de nosso
coração, caro leitor, é levar-te a ouvir, quotidianamente, a santa Missa. Por
isso procuramos detalhar-te os numerosos e nobres motivos sobre os quais esta
excelente devoção é baseada.
Escuta e considera:
Foste criado por Deus, para serví-lo: a santa Missa é o culto divino por
excelência; tens a obrigação de agradecer-lhe os benefícios espirituais e
temporais: a santa Missa é o mais perfeito sacrifício de ação de graças; estás
no mundo, para louvar a divina Majestade do Deus onipotente: a santa Missa é o
mais perfeito sacrifício de louvor; tens contraído uma dívida enorme: a santa
Missa é o mais rico sacrifício de satisfação; o pecado, a doença, a morte te
ameaçam: a santa Missa é o mais eficaz sacrifício de impetração; o demônio te
persegue, armando ciladas, esforça-se para arrastar-te ao inferno: a santa
Missa é o escudo contra o qual se despedaça o poder infernal; a morte te
espanta: a audição da santa Missa será para ti a maior consolação na hora da
morte.
Quando não te seja
possível assistir, cada dia, à santa Missa, faze, pelo menos, que uma ou outra
pessoa de tua família a assista na intenção de todos os teus.
A prática de ouvir a
santa Missa, uns em favor dos outros, é, extremamente, vantajosa e
perfeitamente possível. Há uma diferença notável entre a audição da santa Missa
e a sagrada Comunhão. Diz-se: Comungarei por ti, pelas almas do purgatório,
etc., o que, porém, não tem a mesma significação que dizer: Ouvirei a santa
Missa por ti. É tão impossível receber um sacramento por outra pessoa como é
impossível tomar alimento por ela. Não obstante, tua Comunhão será muito
vantajosa ao próximo, porque todas as boas obras apagam parte da pena devida a
teus pecados, vantagem que podes ceder a teu irmão: demais, a Comunhão,
aumentando-nos a graça, torna a oração mais ardente e mais eficaz.
Observa, porém, que
Jesus Cristo não instituiu a santa Missa somente pelo que a celebra, ou a
assiste, mas também quer tenham os ausentes sua parte, e lhes é feita ao
"Memento dos vivos": "Lembrai-vos Senhor", diz o sacerdote,
"daqueles pelos quais vos oferecemos ou que vos oferecem este Sacrifício
de louvor por si e por todos os seus".
Enfim, cada um pode
despojar-se, em favor do próximo, dos méritos que adquire, ou dos tesouros
satisfatórios que recebe no santo Sacrifício. Parece, pois, mais vantajoso
ouvir a santa Missa por uma pessoa do que comungar por ela.
As palavras
persuadem, os exemplos arrastam. Se nossas instantes exortações ainda não te
convenceram, citar-te-emos o exemplo dos Santos que, apesar dos numerosos e
importantes trabalhos, colocavam a Missa acima das ocupações.
Santo Agostinho
refere de sua mãe, santa Mônica, que não deixava passar um dia sem assistir ao
santo Sacrifício, tanto estimava o valor desta oblação, cuja virtude salutar
apaga os vestígios de nossas faltas. Sentindo-se morrer longe da pátria,
recomendava ao filho que não lhe fizesse exéquias pomposas, porém que levasse
cada dia, sua lembrança ao altar.
Santa Hediviges,
duquesa da Polônia, ouvia, todos os dias, várias Missas, e, quando não se
achavam bastantes sacerdotes na corte, mandava chamar os outros para satisfazer
a devoção.
São Luis, rei de
França, assistia a duas Missas, às vezes até a quatro. As pessoas de sua
comitiva o criticavam, achando que o rei devia antes ocupar-se dos negócios do
governo. O Santo, porém, respondia-lhes: "Admira-me tanta inquietação. Se
empregasse o duplo deste tempo no jogo, ou na caça, ninguém me
criticaria". Excelente resposta que, não somente serve aos cortesãos de
Luís IX, mas a nós todos. Quando, em dia útil, nos aconteceu assistir a muitas
Missas, parecem prejudicados nossos negócios?... entretanto, passamos, sem
escrúpulo, horas inteiras a falar, a jogar, a comer, a dormir, mesmo a
enfeitar-nos! Que cegueira, pois!
Citamos acima o rei
da Inglaterra, Henrique I, a quem o peso dos negócios do Estado nunca impedia
de ouvir três Missas, cada dia. Numa entrevista com o rei de França, os dois
príncipes vieram a falar em questões religiosas. "Julgo, observou o
último, que a assiduidade ao sermão é preferível à da Missa" - "Por
mim, retorquiu Henrique, prefiro olhar para meu Amigo divino a ouvir
celebrar-lhe os louvores".
É também nossa
opinião, caro leitor, sem querermos menosprezar a utilidade das instruções
religiosas.
São Venceslau, duque
da Boêmia, dava os mesmos exemplos. Refere-se, na sua vida, que durante a
assembléia nacional dos Estados da Alemanha, em Worms, o imperador Óton
convocou, um dia, todos os príncipes para uma hora matutina.
Todos aí se acham
pontualmente, exceto Venceslau que fora à Missa, antes de ir à assembléia. O
soberano disse em tom de impaciência: "Comecemos os trabalhos e, quando
Venceslau vier, ninguém se levante para dar-lhe lugar". Entretanto,
terminada a santa Missa, o duque chegou ao palácio. O imperador o viu entrar
acompanhado de dois Anjos que lhe condecoravam o peito com uma cruz de ouro.
Imediatamente deixou o trono, foi-lhe ao encontro e abraçou-o com ternura.
A assembléia teve um
movimento de surpresa ao ver Óton ser o primeiro a contradizer as próprias
ordens. Este, porém, desculpou-se, dizendo: "Vi dois Anjos que
acompanhavam o duque, como teria eu ousado não lhe render esta honra?".
Alguns dias depois, Venceslau era investido do poder real e coroado rei da
Boêmia.
O célebre escritor
Barônio relata que o imperador Lotário assistia, cada manhã, a três Missas,
mesmo no acampamento. E Súrio afirma que Carlos V não faltou a santa Missa
senão uma única vez, por ocasião de uma guerra na África.
O Breviário Romano
nos faz admirar a ardente devoção de São Casimiro durante o Ofício solene, ao
qual assistia todos os dias. Sua alma abrasava-se de tamanho amor de Deus, que
parecia não estar mais sobre a terra.
O heróico confessor
da fé, Tomás Mourus, que deu a vida por Jesus Cristo em 1535, tinha em alta
estima a santa Missa. Por urgentes que lhe fossem os negócios de chanceler do
império britânico, não deixava de assistí-la, cada manhã. Uma vez, enquanto
orava ao pé do altar, durante o santo Sacrifício, um mensageiro veio, a toda a
pressa, dizer-lhe que o rei o chamava: "Paciência, disse-lhe; devo, em
primeiro lugar, prestar minhas homenagens a um príncipe maior, e assistir, até
o fim, à audiência divina".
Meu Deus, que
diremos, que desculpas apresentaremos no dia do juízo, nós que negligenciamos a
santa Missa pelas ocupações, muitas vezes, insignificantes, ao passo que
personagens encarregados dos negócios de reinos inteiros, achavam o tempo
necessário para ouvir, cada dia, uma ou mais Missas?!
Não digas: "Deus
não me condenará por ter deixado de ouvir a santa Missa em dias úteis, desde
que é obrigatório somente aos domingos e dias de festa". Sem dúvida, Deus
não tratará esta omissão como transgressão positiva; porém, far-te-á expiar
este descuido, em seu santo serviço. O servo preguiçoso que foi lançado nas
trevas extremas, não havia desperdiçado nem perdido, no fogo, o talento que o
dono lhe havia confiado: tinha somente enterrado e foi condenado, por se ter
descuidado de utilizá-lo. Toma cuidado que Deus não proceda assim contigo.
Viu-se muitas vezes, com que rigor Deus pune a indiferença a respeito do santo
Sacrifício.
Quanto aos pais que
impedem os filhos de assistirem à santa Missa, em dia de domingo, ou de festa,
bem poderiam incorrer no castigo de Gerôncia, mãe de Santa Genoveva. Um dia de
festa que ela pretendia proibir à filha ir à Missa, Genoveva lhe disse com
firmeza: "Minha mãe, não posso, em consciência, faltar à Missa, hoje:
prefiro descontentar-vos a descontentar a meu Deus". Irritada com esta
resposta, Gerôncia esbofeteou-a, chamando-a desobediente. O castigo de Deus,
porém, não se fez esperar. Gerôncia cegou imediatamente e não recuperou a vista
senão dois anos depois, devido às orações da piedosa filha.
Os pais e as mães de
família têm obrigação de mandar à santa Missa não só os filhos, como também os
criados; devem cuidar deles na igreja e exortá-los a terem grande respeito,
para o santo Sacramento. O Apóstolo São Paulo prescreve-o claramente: "Se
alguém, diz ele, não toma cuidado dos seus e, particularmente, dos de sua casa,
renunciou à fé e é pior do que um infiel" (Tim. 5, 3). A palavra
"cuidado" significa, segundo São João Crisóstomo, a conservação da
alma assim como do corpo. Ora, se um pai de família deixasse de fornecer ao filho
e às pessoas de sua casa alimento e vestuário, seria, aos olhos de Deus, pior
do que um infiel. E não será mais desprezível ainda o que não se inquieta da
salvação eterna dos seus?
Patrões cristãos,
prestai atenção à maneira pela qual cumpris os deferes a este respeito. Deixai
toda a liberdade a vossos empregados para ir à Missa, quando a proximidade da
Igreja e a hora matutina lhes fornecem a facilidade? Não pareceis dizer com a
vossa atitude: "Não é a Deus, mas a mim a quem deveis servir, porque não é
Deus, sou eu quem vos paga; trabalhareis, pois, toda a semana para mim
somente?" Na verdade, tais cristãos são piores que os pagãos, mas saberão,
à hora da morte, a enormidade de seu pecado.
XXVIII. EXORTAÇÃO
PARA OUVIR PIEDOSAMENTE A SANTA MISSA
Quanto não se aflige a Igreja, por ver tantos filhos assistirem,
sem piedade, ao santo Sacrifício! Ocupam-se os fiéis, não raras vezes, com o
que se passa ao redor, porém, não do que se realiza no altar; observam quem
entra e quem sai; oram somente com os lábios, sem que o coração tome parte. Eis
seu proceder na presença de Deus três vezes santo! Perguntamos se lhes existe
ainda uma faísca de fé na alma e se merecem o nome de católicos. Oh! quanto nos
dói o coração à vista de tão culpada irreverência, no momento em que tudo nos
convida à mais ardente piedade.
A Igreja católica impõe o respeito para a santa Missa, por estas
palavras: "Reconhecer que os cristãos não podem cumprir obra mais santa,
mais divina que este assombroso mistério é também reconhecer que não se pode
pôr cuidados e diligência suficientes para desempenhá-lo com pureza de coração,
com piedade e edificação (Concílio de Trento). Não é necessário, para isso,
experimentar uma devoção sensível; basta a vontade firme de assistir atenta e
respeitosamente.
A verdadeira piedade, com efeito, não consiste na doçura interior,
mas no fiel serviço de Deus.
A piedade ou devoção consiste, segundo todos os mestres da vida
espiritual, numa vontade pronta e generosa de fazer tudo quanto Deus quer, e
sofrer corajosamente tudo quanto quer que soframos. As doçuras e as consolações
sensíveis não são, pois, a devoção, mais um estímulo para a devoção que o
Senhor concede conforme nossas necessidades e sua sabedoria. O espírito de fé
está sempre ao nosso dispor e podemos, agindo segundo esta fé, servir a Deus
com inteira fidelidade e ser do número dos justos que vivem da fé.
Se não tivesses desejo algum e não fizesses nenhum esforço para
sair de tua indiferença, então somente, haveria culpa e te privarias de muitos
méritos. A este respeito lembrar-te-emos das palavras de Nosso Senhor à Santa
Gertrudes.
Esforçando-se, uma vez, em unir alguma intenção particular a cada
nota e cada palavra de seu canto, e, sentindo que se achava, muitas vezes,
impedida pela fraqueza de sua natureza, dizia no interior, com muita tristeza:
"Ah que fruto posso tirar deste exercício visto que sou sujeita a tão
grande mudança?". Nosso Senhor, porém, apresentou-lhe nas mãos o Sagrado
Coração sob o emblema duma lâmpada ardente, dizendo: "Eis que exponho, aos
olhos de tua alma, meu Coração caridoso que é o órgão da Santíssima Trindade, a
fim de que lhe peças, com confiança, que faça em ti tudo o que não serias capaz
de operar, e desta sorte, eu nada veja, aí, que não seja extremamente perfeito;
pois, da mesma maneira que um servo está sempre prestes a executar as ordens de
seu amo, assim meu Coração será sempre disposto, em qualquer hora, a reparar os
efeitos de tua negligência" (Líber III, c. 25). Santa Gertrudes admirava,
tremendo, o excesso da bondade do divino Salvador, julgou, porém, que seria
inconveniente que o Coração adorável de seu Deus suprisse os defeitos de sua
criatura. Mas o Senhor animou-a com esta comparação: "Não é verdade que,
se tivesses uma bela voz e achasses extremo prazer em cantar, encontrando-te
com uma pessoa que tivesse a voz tão áspera, tão desagradável e desafinada que
sentisse muita pena em pronunciar e em formar os menores sons, acharias mal
que, oferecendo-te para cantar, ela não to quisesse permitir? Assim, meu Coração
divino, reconhecendo a inconstância e a fragilidade da natureza humana, deseja
com ardor que o convides, senão por palavras, pelo menos por outro sinal, a
operar e cumprir em ti o que não és capaz de operares e cumprires".
Oh que palavras de animação e conforto! Estás distraído à santa
Missa? Desprovido de piedade? Vai a Jesus, dizendo-lhe: "Deploro
amargamente estar tão distraído e rogo a vosso divino Coração que se digne
suprir a minha negligência".
Para ajudar a tua boa vontade, indicar-te-emos também a maneira de
te comportares na santa Missa. Primeiro, indo à igreja, considera aonde vais e
o que vais fazer. Não subas ao templo como o fariseu e o publicano para orar
somente, mas entras aí para "oferecer", segundo a palavra de David:
"Senhor, sou vosso servo, oferecer-vos-ei uma hóstia de louvor e invocarei
vosso santo nome" (Sl. 115).
Entras aí para prestar a Deus o culto mais perfeito, para
apresentar a oferta que lhe é mais cara. "A audição da santa Missa, diz um
escritor eclesiástico, não é somente uma oração, é um ato de adoração, é uma
oferta, um sacrifício divino, visto que todos os assistentes bem dispostos
unem-se à ação e às intenções do sacerdote". O mesmo autor explica então o
sentido da palavra "sacrificar" e diz que a ação mais excelente, é praticar
a mais alta virtude, porque, sacrificando, atestamos a soberania de Deus, seu
direito de ser, infinitamente, honrado e glorificado; confessarmos, ao mesmo
tempo, nossa dependência absoluta como criaturas, das quais pode dispor à
vontade. É por isso que o Sacrifício é o ato de religião mais agradável ao
Senhor, e o mais útil aos homens.
Penetrado destas verdades, chega ao pé do altar; formula aí a
intenção de ouvir a santa Missa. Tens algumas orações particulares que fazer?
Faze-as até a consagração. A elevação, não te ocupes senão com Nosso Senhor:
adora-o, oferece-o a seu Pai eterno, expondo-lhe tuas necessidades. Há pessoas
que têm escrúpulo de renunciar a suas orações quotidianas pelas da santa Missa.
É um erro. Tuas orações quotidianas, comparadas com as da santa Missa, são tão
inferiores como o cobre é inferior ao ouro. Além disso, estas orações podem
fazer-se em outro tempo que não seja à hora da Missa, ao passo que não podes
dizer as da Missa, tão utilmente, em outro tempo como quando o santo Sacrifício
se efetua; e, se te acontecesse não achar um momento para desempenhar estas
devoções particulares, esta omissão seria menos prejudicial que a primeira.
Logo que o sacerdote pronunciou, no momento solene, as palavras da
consagração, o pão tornou-se o Corpo de Nosso Senhor. "O homem deve
tremer, diz São Francisco de Sales, o mundo estremecer, o céu inteiro ficar
arrebatado, quando, sobre o altar, o Filho de Deus se entrega nas mãos do
sacerdote". Oh! admirável humildade, o Mestre de todas as coisas abaixa-se,
para a salvação do homem, até ocultar-se sob as aparências do pão.
Mas, porque os nossos sentidos não percebem a presença do Senhor,
não lhe prestamos atenção, e, entretanto, os demônios fogem espavoridos e os
Anjos tremem diante de sua face. Assim disse Jesus Cristo a Santa Brígida:
"Do mesmo modo que à palavra 'Sou eu!' meus inimigos caíram por terra, às
palavras da consagração 'Isto é o meu Corpo!' os demônios fogem".
A semelhança dos Anjos e dos Santos, apliquemo-nos a glorificar o
Senhor sobre o altar, e a participar de seu adorável Sacrifício. É excusado
dizer que, no momento da elevação, devemos deixar toda outra oração, a fim de
levantar os nossos olhos para o altar e adorar, humildemente, o Cordeiro de
Deus, oferecendo-o ao Pai celestial. Estes exercícios de fé e caridade devem
ocupar-nos todo o tempo, até que Jesus seja consumido pela Comunhão do
sacerdote.
Infelizmente, grande número de fiéis não se conforma a nenhuma
destas práticas. Continuam a receitar suas orações costumeiras, dedicando-se a
uma espécie de devoção rotineira, como se Nosso Senhor não estivesse presente e
não fosse preciso ocupar-se dEle. Caro leitor, não procedas mais assim; no
momento da consagração, cai de joelhos como o sacerdote e, repleto de fé e
amor, adora aquele que se mostra a teus olhos, sob as espécies de pão e de
vinho.
XXIX. QUE DEVOÇÃO SE
DEVE PRATICAR DURANTE A ELEVAÇÃO
Imediatamente depois
da consagração, o sacerdote procede à elevação das santas espécies, cerimônia
sublime, prescrita pela santa Igreja, para que o povo possa gozar e aproveitar,
mais perfeitamente, da presença real do divino Salvador. É desta elevação e da
devoção que, durante ela, se deve praticar, que queremos tratar neste capítulo.
Oh! que júbilo pra o
céu! Que fonte de salvação para a terra! Que refrigério para as almas do
purgatório! Que terror para o inferno! Nesta elevação, se oferece o dom mais
precioso que possa ser apresentado ao Altíssimo! Sabes sob que forma a santa
humanidade de Jesus é oferecida a seu Pai, pelas mãos do sacerdote? Esta
humanidade que é a imagem, muito perfeita, da Santíssima Trindade, jóia única
dos tesouros celestes e terrestres.
É oferecida debaixo
de várias formas, porque entre as mãos do sacerdote, o Verbo encarna-se
novamente, nasce de novo e sofre a Paixão; o suor de sangue, a flagelação, a
coroação de espinhos, a crucificação, a morte... oh, que emoção para o coração
do Pai eterno, durante esta elevação de seu Filho predileto!
Entretanto, o
sacerdote não é o único a expor Jesus Cristo aos olhos de seu Pai, o próprio
Salvador se expõe: "À elevação, vi Jesus Cristo apresentar-se a seu Pai e
oferecer-se de uma maneira que ultrapassa toda a compreensão", refere
Santa Gertrudes no seu "Livro das Revelações". Mas, se não podemos
fazer idéia deste encontro do Pai com o Filho, a fé deve nos levar a uma oração
muito mais fervorosa no momento em que se realiza".
São Boaventura convida
o sacerdote e os fiéis a dizerem então, ao Pai celeste: "Vede, ó Pai
eterno, vede vosso Filho, que o mundo inteiro não pode conter e tornou-se nosso
prisioneiro. Não o deixaremos ir sem que nos tenhais concedido o que vos
pedimos em seu nome: o perdão de nossos pecados, o aumento da graça, a riqueza
das virtudes e alegria da vida eterna".
O sacerdote, ao
mostrar a sagrada Hóstia, poderia ainda dizer ao povo: "Eis cristãos,
vosso divino Salvador, vosso Redentor. Olhai-o com fé viva e derramai vossos
corações diante dele em ardentes súplicas. Bem-aventurados os olhos que vêem o
que contemplais! Bem-aventurados os que crêem, firmemente, na presença de Jesus
Cristo, nesta santa Hóstia!" Se adoras assim, asseguras a salvação de tua
alma, e poderás repetir com o patriarca Jacó: "Vi a Deus face a face, a
minha alma foi salva" (Gen. 32, 30).
À elevação, todo o
povo deve levantar os olhos para o altar e olhar, com piedade, o Santíssimo
Sacramento. Jesus Cristo revelou a Santa Gertrudes quanto é útil à alma esta
prática. "Cada vez, escreve ela, que olharmos para o Corpo de Nosso Senhor
Jesus Cristo, oculto no Sacramento do Altar, aumentamos o grau de nosso mérito
para o céu, o prazer, o gozo da vida eterna". Não te inclines, pois, tão
profundamente à elevação que te seja impossível ver a sagrada Hóstia.
A santa Igreja também
não o deseja; ela prescreve ao sacerdote levantar as santas espécies, alguns
instantes, acima da cabeça, a fim de que o povo possa vê-las e adora-las. A
eficácia deste olhar para o divino Salvador foi figurada no antigo Testamento:
"Ao povo de Israel, que tinha murmurado contra o Senhor e contra Moisés,
mandou o Senhor cobras, cujas mordedura queimavam como fogo. Muitos, tendo sido
feridos, foram ter com Moisés, dizendo: "Pecamos; roga ao Senhor para que
nos livre destas serpentes". Moisés fez uma serpente de bronze, colocou-a
como sinal, e os que, sendo feridos, olhavam para ela, ficaram curados"
(Num. 21, 8).
O santo Evangelho vê,
neste fato, um símbolo tocante de Cristo, porque diz: "Como Moisés levantou
a serpente no deserto, assim o Filho do homem deve ser levantado sobre a
cruz" (Jo. 3, 14). Se a imagem da serpente de bronze tinha a virtude de
curar os israelitas e de preservá-los da morte, com maior de razão, a piedosa
contemplação do próprio Jesus curará as almas feridas, aflitas e desanimadas.
A fim de tornar muito
eficaz este olhar para o divino Salvador, faze atos de fé em sua presença real
e no Sacrifício que ele oferece a seu Pai celeste, por nós, pobres pecadores.
Estes atos de fé valer-te-ão uma insigne recompensa. "Bem-aventurados os
que não viram e creram" (Jo. 20, 29). Estas palavras podem bem se aplicar
àqueles que têm uma fé viva na presença real de Jesus Cristo no Santíssimo
Sacramento.
Tendo adorado a Santa
Hóstia, faze dela oferta ao Rei celeste. Já expusemos a virtude deste ato;
acrescentamos somente a seguinte palavra da Santa Gertrudes: "A oblação da
sagrada Hóstia é a mais eficaz satisfação por nossas culpas". Com isso
quer dizer que, pobres pecadores como somos, devemos concentrar todas as forças
de nossa alma, para oferecer a Deus a Hóstia santa, a fim de obter-lhe o perdão
e a misericórdia.
À elevação da santa
Hóstia, sucede a do Cálice sagrado, cerimônia igualmente significativa. É então
que o precioso Sangue corre, de maneira mística, sobre os circunstantes, como
se vê das palavras do missal: "Isto é o Cálice de meu Sangue, do novo e
eterno Testamento: mistério da fé que será derramado por vós e por muitos, para
o perdão dos pecados". Neste momento, recebes a mesma graça como se
estivesses, cheio de arrependimento, debaixo da Cruz no Calvário e o precioso
Sangue te inundasse.
Deus disse, no Antigo
Testamento, ao povo de Israel: "Imolai um cordeiro e marcai, com seu
sangue, as portas e os portais; e o Anjo exterminador passará a porta de vossa
casa, quando vir este sangue" (Ex. 12, 22). Se o sangue do cordeiro pascoal
preservou os israelitas dos golpes do Anjo exterminador, mais poderosamente, o
Sangue do Cordeiro sem mancha nos protegerá contra a raiva do anjo das trevas
que, como um leão rugidor, anda em redor de nós, procurando a quem possa
devorar.
Vejamos ainda o que
devemos fazer depois da elevação do Cálice. Muitas pessoas têm o costume de
rezar então cinco Padre-Nossos em honra das cinco chagas; excelente prática,
porém muito mal colocada. Outros que se sobrecarregam de orações, continuam a
fazê-las. Seria, infinitamente, melhor fazer o que faz o sacerdote; pois, o
Sacrifício nos pertence tanto quanto a ele. Apesar das ofertas reiteradas antes
da elevação, o sacerdote continua a oferecer depois. Nada aliás poderíamos
fazer mais agradável a Deus. É por isso que o sacerdote diz, depois de ter
posto o Cálice sobre o altar: Por esta razão, Senhor, nós, vossos servos, mas
também vosso povo santo... oferecemos à vossa augusta Majestade de vossos dons
e dádivas, a Hóstia pura, a Hóstia santa, a Hóstia imaculada, o Pão santo da vida
eterna e o Cálice da salvação perpétua".
Sanchez diz destas
palavras: "Em toda a Missa, o sacerdote não pronuncia palavras mais
consoladoras; pois, nem ele nem o povo poderiam fazer cousa melhor do que
oferecer a Deus o augusto Sacrifício". Compreende, portanto, como
prejudicas a teus interesses, substituindo esta preciosa oferta por tuas pobres
e tíbias orações.
Criaturas indigentes
que somos, desprovidos de méritos e virtudes, como não nos apoderaríamos,
avidamente, de imenso tesouro que podemos apresentar, como sucesso, ao Pai
celestial? E este tesouro, Deus no-lo dá em cada Missa, e, com ele, nos entrega
todas as suas riquezas, para que as empreguemos em saldar nossas dívidas.
Oferece, pois, a santa Missa, oferece-a ainda, oferece-a sempre.
As pessoas que não
sabem ler os excelentes métodos de oferecer o santo Sacrifício, contido nos
formulários de orações, podem decorar a oração seguinte:
Meu Deus, eu vos
ofereço esta Santa Missa; ofereço-vos vosso caro Filho, sua encarnação, seu
nascimento, sua dolorosa paixão; ofereço-vos seu suor de sangue, sua
flagelação, sua coroação de espinhos, sua via sacra, sua crucificação, sua
morte, seu precioso Sangue. Ofereço-vos, para vossa maior glória e a salvação
de minha alma, tudo quanto vosso caro Filho fez, padeceu, mereceu, e todos os
Mistérios que ele renova nesta santa Missa.
Amém.
XXX. RESPEITO COM
QUE SE DEVE ASSISTIR À SANTA MISSA
Diz o Concílio de Trento: "Se somos, forçosamente, obrigados
a confessar que os fiéis não podem exercer obra mais Santa nem mais divina do
que este Mistério terrível, no qual a Hóstia vivificadora, que nos reconciliou
com Deus Pai, é, todos os dias, imolada pelos sacerdotes, parece bastante claro
que devemos ter muito cuidado para fazer esta ação com grande pureza de coração
e com a maior devoção exterior possível". Estas palavras dizem respeito
tanto aos fiéis como ao celebrante.
O historiador Flávio Josefo relata que, no templo de Salomão,
setecentos sacerdotes e levitas estavam ocupados, todos os dias, em imolar as
vítimas, em purificá-las, em queimá-las sobre o altar, e que isto se fazia com
profundo silêncio e perfeito respeito. Entretanto, estes sacrifícios eram
somente símbolos do Sacrifício da Santa Missa. Com que fervor, com que silêncio
e atenção devemos assistir, pois, ao sacrifício verdadeiro!
Os primeiros cristãos nos deram admiráveis exemplos a este
respeito. Segundo o testemunho de S. João Crisóstomo, ao entrar na Igreja,
beijavam, humildemente, o assoalho e guardavam, durante a Santa Missa, tal
recolhimento que se julgava estar em lugar deserto. Era de observar o preceito
da liturgia de S. Tiago: "Todos devem se conservar no silêncio, no temor,
no medo e no esquecimento das coisas terrestres, quando o Rei dos reis, Nosso
Senhor Jesus Cristo, vem imolar-se e dar-se em alimento aos fiéis". São
Martinho conformou-se, exatamente, com esta recomendação. Nunca se sentava na
igreja; de joelhos, ou em pé, orava com ar compenetrado de um santo assombro.
Quando lhe perguntavam pela razão desta atitude, costumava dizer: "Como
não temeria, visto que me acho em presença do Senhor?".
Como outrora a Moisés, Deus poderia ainda dizer-nos hoje:
"Tirai os sapatos de vossos pés, porque o lugar onde estais é Santo".
Mais santas ainda são as nossas igrejas sagradas, com tanta profusão de unções
e orações, e santificações, cada dia, pela oblação do Santo Sacrifício. Caro
leitor, David eleito de Deus, tremendo, aproximava-se da Arca da Aliança, e nós
não tremeríamos, ao entrar na igreja, onde se acha o Santíssimo Sacramento? Não
nos esqueçamos da severa advertência do Senhor: "Tremei diante de meu
santuário" e da exclamação de Jacó: "Quanto é terrível este lugar! É,
verdadeiramente, a casa de Deus e a porta dos céus" (Gen. 28, 17).
À vista disto, que pensar dos cristãos que se comportam, na igreja
e durante a Santa Missa, como se estivessem na rua, ou em casa? Os Anjos
adoram, tremendo e prostrados, a divina Majestade, e entre os assistentes há
cristãos que lançam, aqui e acolá, olhares curiosos e provocadores; ocupam-se
das pessoas presentes, pensam nos negócios do mundo, nas suas vaidades, falam
sem pudor em coisas inúteis, talvez, más, semelhantes aos vendedores no templo
que "faziam da casa de oração uma casa de ladrões". As nossas igrejas
são mais que uma casa de oração: são a casa de Deus, habitada por Jesus Cristo,
dia e noite.
Ora, se o próprio Jesus expulsou, a chicote, os profanadores do
templo, como tratará estes cristãos audaciosos?
Dizes: "É mister responder a quem interroga". - Não é
proibido responder a uma pergunta útil nem dizer uma palavra necessária; é
proibido, conversar coisas inúteis, fazer observações sobre o próximo,
saudar-se mutuamente, como se estivesse na rua, e outras coisas semelhantes que
impedem seguir, atentamente, a Santa Missa. Jesus Cristo nos preveniu: "Os
homens darão conta, no dia do Juízo, de toda palavra ociosa" (Mt. 12, 36).
Ora, haverá palavras mais inúteis do que as proferidas durante o tremendo
Mistério do Altar?
São Crisóstomo opina que os que falam e riem, durante a Santa Missa,
merecem ser fulminados na Igreja. Com esta ameaça, o santo Doutor aponta também
os que, por direito e dever, deveriam impedir as irreverências: os pais que não
repreendem nem corrigem os filhos dissipados; os mestres e amos que não vigiam
a atitude de seus alunos e criados.
Testemunhamos ainda nosso respeito, assistindo à Santa Missa, de
joelhos. São Paulo nos convida, quando diz que, "ao nome de Jesus, todo
joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos" (Fl. 2, 10). Com mais
razão ainda, devemos guardar esta atitude durante a presença real do divino
Salvador, isto é, desde a elevação até a Comunhão. Muitas pessoas, homens
sobretudo, têm o mau costume de ficar em pé durante toda Missa; apenas
inclinam-se à consagração para levantar-se logo depois, como se Jesus não
estivesse presente. Quem não puder permanecer de joelhos durante toda a Missa,
poderia ficar em pé até o momento da consagração e depois da Comunhão. A
presença real de Nosso Senhor torna também inconveniente o costume de muitas
pessoas de sentarem-se, sem motivo de força maior, imediatamente depois da
elevação. Se estivessem na presença dos grandes da terra, em alguma reunião
mundana, a força não lhes faltaria, mesmo para tomar atitudes muito mais
penosas do que a de estar de joelhos!
A piedosa imperatriz Leonor, esposa de Leopoldo I, assistia
sempre, de joelhos, à Santa Missa. Quando lhe aconselhavam poupar a saúde e
servir-se duma cadeira de braços, dizia: "Todos se inclinam diante de mim,
pobre pecadora, ninguém de minha corte ousaria sentar-se em minha presença, e
teria eu a coragem de faze-lo em presença de meu Deus e Criador?"
Aconselharíamos, de boa vontade, às mães, que não trouxessem à
Missa os pequenitos que, com os choros, poderiam perturbar o silêncio e
incomodar o sacerdote no altar: quanto aos que estão bastante crescidos para aí
ficarem quietos, é muito bom conduzí-los.
Terminando, reprovamos ainda outro deplorável abuso: o das
senhoras e moças que vão à Missa vestidas à última moda, às vezes bastante
indecente para lugar tão santo. Estas pessoas não medem a imensa dívida que
contraem para com Deus. Jesus Cristo, do alto da cruz, parece dizer-lhes:
"Vê, minha filha, estou atado a este lenho, inundado de sangue, coberto de
chagas, para pagar o escândalo de teus trajos inconvenientes. Tu, por ironia
cruel, apareces aqui ostentando a elegância; não te envergonhas de mostrar-te a
meus fiéis? Toma cuidado para que teu luxo e tua vaidade não te lancem ao fogo
do inferno!"
A garridice, o luxo é como um archote que acende desejos ilícitos
até no coração dos justos; que fogo não acenderá nos levianos e impuros! As
pessoas adornadas com tanto cuidado são sempre perigosas: desviam do altar a
atenção dos homens e são a causa de distrações e pensamentos criminosos. Quem
prepara o veneno comete um pecado mortal, mesmo que não o tome aquele a quem é
destinado; o mesmo acontece com estas pessoas: pecam pelo único fato de expor
os outros à tentação. Sua falta é ainda mais escandalosa, quando assim se
apresentam na Santa Missa. Como responderão por suas vítimas no dia do Juízo?
Acrescenta a isso que são uma ocasião de pecado para outras senhoras, a quem
servem de figurinos de imitação.
Terminamos, caro leitor, com uma súplica: [...] lê e relê com
atenção. Teu amor para o divino Sacrifício e a Santa Comunhão crescerão,
porque, de mais a mais, compreenderás a excelência da Santa Missa, e o tesouro
imenso que lucras, assistindo a ela fielmente. Será, porém, na hora da morte,
principalmente, que experimentarás quanto o Senhor é bom para os que honram os
sagrados Mistérios do Altar, ao passo que os indiferentes e tíbios meditarão,
num amargo, mas inútil arrependimento, o prejuízo que fizeram a seus interesses
eternos.
Rogamos a Deus que, por Nosso Senhor Jesus Cristo, seu Filho
único, e pela virtude do Espírito Santo, esclareça a inteligência e fortifique
a vontade dos que lerão estas linhas, a fim de que aproveitem para sua alma e
nos façam participar de suas orações, no Santo Sacrifício.
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