"QUE SÓ ELE PODE CURAR TANTAS CHAGAS MORTAIS, SUPERAR TANTOS PERIGOS PAVOROSOS, DULCIFICAR TANTOS SOFRIMENTOS ANGUSTIOSOS."
Alberto Carlos Rosa Ferreira das Neves
Cabral
Escutemos o Papa
Pio XII, em excertos da sua Carta encíclica “Optatissima
Pax”, promulgada em 18 de Dezembro de 1947:
A Paz mais
desejada, que deve ser “a tranquilidade da ordem” (S. Agostinho, A cidade de
Deus, 1, 19, cap.13) e a “tranquila liberdade”(S.
Tomás, Suma Teol., II-II, q.29, a. 1 ad 1.) depois dos cruéis acontecimentos de
uma longa guerra de resultados ainda incertos, como todos observam com tristeza
e trepidação, e mantém como que suspensas em angustiante ânsia as almas dos
povos, enquanto, por outro lado, em não poucas Nações – já devastadas pelo
conflito mundial, pelas ruínas e pelas misérias que lhe foram a consequência
dolorosa – as classes sociais , visceralmente agitadas por um ódio
amargo, ameaçam, como todos vêem, com inúmeros tumultos e turbulências solapar
e subverter os próprios fundamentos dos Estados. Diante desse funesto e
miserável espectáculo, nosso ânimo sente-se oprimido de profunda amargura e nos
parece que o paterno e universal mandato, de Deus recebido, não sòmente nos
impulsiona a exortar todas as gentes a remover os ódios secretos, e a renovar
alegremente a concórdia, mas igualmente a admoestar todos quantos são nossos
filhos em Cristo, para que queiram elevar ao Céu mais fervorosas súplicas e se
compenetrem, verdadeiramente, de que TUDO QUANTO SE FAÇA SEM A DIVINA
PROPICIAÇÃO RESULTA IMPERFEITO E ESTÉRIL, segundo a sentença do Salmista: “SE
NÃO É O SENHOR QUE EDIFICA A CASA, TRABALHAM INÙTILMENTE AQUELES QUE A
CONSTROEM”(Sl 126,1).
(…) Recordem-se
todos de que aquela série de males, que tivemos que suportar nos anos
decorridos, caiu sobre a Humanidade, PRINCIPALMENTE PORQUE A DIVINA RELIGIÃO DE
JESUS CRISTO, PROMOTORA DA MÚTUA CARIDADE ENTRE OS CIDADÃOS, OS POVOS E AS
GENTES, NÃO REGULAVA, COMO SERIA NECESSÁRIO, A VIDA PARTICULAR, DOMÉSTICA E
PÚBLICA. Se portanto, por este afastamento de Cristo, houve extravio do caminho
recto, é necessário retornar a ele, tanto na vida privada, como na pública; se
o erro entenebreceu as mentes, é necessário retornar àquela verdade, que tendo
sido Divinamente revelada, INDICA O CAMINHO QUE CONDUZ AO CÉU; se, finalmente,
o ódio trouxe frutos mortíferos, impende reacender aquele amor cristão, QUE SÓ
ELE PODE CURAR TANTAS CHAGAS MORTAIS, SUPERAR TANTOS PERIGOS PAVOROSOS,
DULCIFICAR TANTOS SOFRIMENTOS ANGUSTIOSOS.
E porque já
se avizinham as suaves solenidades do Natal, que nos conduzem à contemplação do
Menino Jesus, dos coros angélicos implorando a Paz para os homens, julgamos
oportuno endereçar uma viva exortação a todos os cristãos, e especialmente
àqueles que se acham na flor da idade, a fim de que visitem em grande número o
Santo Presépio, e daí elevem as suas preces para obter do Divino Infante que
queira benignamente extinguir e afastar os fachos que o ódio, ameaçadoramente,
agita nas sedições e tumultos. Que Ele ilumine, com Sua Celeste Luz, as mentes
daqueles que os mais das vezes, mais do que movidos por pertinaz maldade, são
arrastados ao engano de erros dissimulados sob especiosa aparência de verdades.
(…) Que ele, com o Seu exemplo, e a Seu auxílio, lhes leve espirituais
consolações, e lhes faça desejar, SOBRETUDO, BENS CELESTIAIS, QUE SÃO OS
MELHORES BENS, E QUE JAMAIS TERÃO FIM.»
São Domingos
Sávio (1842-1857), o santo confessor mais jovem, glória do instituto Salesiano,
advertido de que devia oferecer a Deus os seus sacrifícios, a começar pelas
doenças, retorquiu: “Mas isso sofre-se por necessidade”.
“- O que se
sofre por necessidade, oferecido sinceramente a Deus com espírito
verdadeiramente Sobrenatural, é fonte de grandes méritos para a Eternidade”-
foi-lhe respondido.
A nossa vida
mortal neste pobre mundo constituirá sempre uma fonte de sofrimentos, físicos,
mas sobretudo de ordem moral, sem que os avanços da ciência e da técnica sejam
susceptíveis de alterar essencialmente essa condição. Devemos aproveitar as
inevitáveis vicissitudes dolorosas da nossa existência, para as oferecer ao
Senhor, em união ascética e mística com o Santo Sacrifício da Missa, que
constituindo a renovação incruenta do Sacrifício da Cruz, assume sublimadamente
também as nossas dores, físicas e morais, facultando-lhes objectivamente,
transcendentalmente, pleno sentido Sobrenatural, e mérito proporcionado ao
grau de Caridade e Graça Santificante com que são efectuadas.
Na realidade,
Nosso Senhor Jesus Cristo, em toda a Sua vida mortal, e sobretudo no Calvário,
nobilitou Sobrenaturalmente as nossas dores, justificou-as, iluminou-as,
transcendeu-as.
Já São Paulo
dizia que completava na sua carne o que faltava à Paixão de Cristo. A
conformidade transcendente dos membros do Corpo Místico com a sua Cabeça
necessita de passar pelo Calvário para alcançar o Tabor. Ninguém se pode
santificar sem graves sofrimentos , sobretudo de ordem moral. E todos esses
sofrimentos, Sobrenaturalmente assumidos, nos conformam com Nosso Senhor Jesus
Cristo, Crucificado, mas também glorioso. O sofrimento, tal como a morte, em si
mesmos, quer filosófica, quer Teològicamente, não são ser, mas privação de ser;
a sua causa reside no pecado original e pecados actuais; cuja razão suficiente
assenta, em última análise, na contingência metafísica das criaturas. Quanto
mais perfeito é um ente, menos tendência possuirá para o pecado. Os Anjos só puderam
pecar porque foram elevados à Ordem Sobrenatural.
São Tomás
explica que a desordem intrínseca da natureza criada, sendo mínima no Reino
inorgânico, no Reino Vegetal, e no Reino Animal, torna-se maior na Ordem
espiritual natural, e é máxima na elevação à Ordem Sobrenatural.
Consequentemente, segundo o Tomismo, a grande maioria dos homens condena-se;
mas uma maioria dos Anjos salvou-se, porque se é verdade que foram elevados à
Ordem Sobrenatural, são também entes puramente espirituais, o que não acontece
com os homens.
São Tomás ensina
também como a Virtude da Fortaleza se exerce mais na resistência a males árduos
supremos do que no ataque. O mártir, durante o seu martírio, está submetido a
uma tensão superior à que muitos soldados experimentam nas suas ofensivas no
campo de batalha. Todavia, a simples morte natural do bom Católico, realidade
absolutamente necessária, deve ser, não apenas plenamente aceite, mas oferecida
a Deus Nosso Senhor com todo o fervor Sobrenatural; pois nela somos tributários
da natureza corrompida pelo pecado original e pecados actuais.
A aceitação
Católica, Sobrenatural, da morte, com todos os seus sofrimentos físicos e
morais, constitui, ou deve constituir, o coroamento e a consagração de toda uma
vida dedicada à exaltação da Glória de Deus. Neste enquadramento, A VIDA DEVE
SER A MESTRA DA MORTE, A VIDA, NA GRAÇA DE DEUS, DEVE ENSINAR A MORRER.
Os mundanos, na
sua inconsciência, na sua displicência, não se apercebem que mesmo num plano
estritamente filosòfico e natural, É A MORTE QUE CONFERE SENTIDO À VIDA.
Efectivamente, uma eternidade vivida no tempo, constitui uma verdadeira e
própria contradição de termos. O tempo, na sua sucessão, na sua numerabilidade,
na sua dispersão, só pode ser finito, limitado, apontando para um fim, quer a
nível pessoal, quer a nível universal. A escatologia católica faculta-nos as
referências absolutas: Morte, Juízo, Céu, Inferno; QUE NENHUMA IMPIEDADE,
NENHUM PECADO, NENHUM MODERNISMO, PODERÃO JAMAIS ULTRAPASSAR.
Os sofrimentos
vividos e oferecidos a Nosso Senhor no seio da Sacrossanta Fé Católica são
entretecidos de uma inefável Paz, que não é deste mundo, porque é constitutiva
daquela profundíssima e imorredoura certeza de se combater pela Verdade e pela
Santidade, na intemerata submissão à Lei Eterna, e consequentemente numa
identificação cada vez mais sublime com os Mistérios da Santíssima Trindade e
da Encarnação.
São Domingos
Sávio era um menino humilde e enfermiço; em muito poucos anos, sob a direcção
do grande São João Bosco, percorreu a riquíssima estrada da santidade,
não com obras materialmente extraordinárias, mas cumprindo os seus deveres
ordinários COM UM AMOR SOBRENATURAL A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO
POR AMOR DE DEUS, QUE É UMA DAS GRANDES PROVAS DA FECUNDIDADE DIVINA DA FÉ CATÓLICA
– OS SANTOS COMO OBRAS PRIMAS DA GRAÇA DIVINA.
Santa Bernadette
(1845-1879), foi grande, não por si mesma, mas porque foi fiel depositária dos
mais celestiais segredos Divinos, em geral sempre confiados aos mais humildes
deste mundo. Bernadette sofreu muito, física e moralmente; quando lhe
anunciaram a morte da mãe, ela levantou os olhos aos Céus, e de imediato
procedeu à oblação Sobrenatural do grande sofrimento causado por essa perda.
O segredo
ascético e místico dos santos reside naquela profunda harmonia entre os seus
grandes sofrimentos, sobretudo morais, e a uberdade da sua felicidade
Sobrenatural. Na nossa vida interior verificamos como frequentemente sucumbimos
à caverna escura da penosidade e das tristezas da vida, mas se somos verdadeiramente
católicos, se possuimos a Graça Santificante, também nós podemos, com a ajuda
de Deus, orientar-nos para o Sol Sobrenatural do Tabor, fonte inexaurível de
refrigério, bem como das mais puras e límpidas alegrias espirituais. Neste
quadro conceptual, assinalamos no movimento interior da nossa alma e na Graça
de Deus, em particular nos Dons do Espírito Santo, a razão explicativa da
compatibilidade entre o sofrimento moral, nomeadamente o abandono, e os mais
suaves gozos, na alma dos santos. E o fundamento de todas estas maravilhas
radica-se na santa liberdade dos filhos, ou seja, na sua faculdade de se
moverem na Verdade e no Bem.
A oferta a Deus
Nosso Senhor dos nossos sacrifícios e sofrimentos, É ESSENCIALMENTE UM ACTO DE
RELIGIÃO, IMPOSSÍVEL NUM MODERNISTA.
Acaso imaginamos
Bergoglio, ou mesmo Roncalli ou Montini, procedendo à oblação Sobrenatural dos
seus sofrimentos?
Jamais!
Porquanto eles não apenas renegaram a Ordem Sobrenatural, como obliteraram a
própria noção natural de Deus Pessoal – consequentemente, nem mesmo podem
rezar.
Acaso o leitor
não reparou bem no rosto de Bergoglio quando se voltou para a imagem de Nossa
Senhora, a nossa querida Mãe do Céu, em determinada cerimónia pseudo-religiosa?
Crentes e descrentes, desde que honestos, não puderam duvidar que para este
anti-Cristo, Maria Santísima, como o seu Divino Filho, NÃO REPRESENTAM NADA,
NÃO SÃO NADA, NÃO SERVEM PARA NADA!
Quando aquele
que se apresenta como Papa arrasta na lama e envia para a sentina da História,
O NOSSO CRIADOR, REDENTOR E CONSUMADOR, BEM COM A SUA SANTÍSSIMA MÃE; ENTÃO
ESTAMOS OBRIGADOS A OFERECER A DEUS, A MAIOR PROVAÇÃO, A MAIOR ORFANDADE, A
MAIOR SEPULTURA EM VIDA, DA HISTÓRIA UNIVERSAL.
Como dizia
Monsenhor Lefebvre: “Felizes aqueles que viveram e morreram, sem se verem
obrigados a colocarem perante si mesmos, os problemas Teológicos que a nós nos
atormentam.”
LOUVADO SEJA
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO
Lisboa, 24 de
Novembro de 2016
Alberto Carlos
Rosa Ferreira das Neves Cabral
Kärleken till DIO⭐❤⭐la nåd vår herre ⭐❤⭐GESU Kristus och den Helige ⭐❤⭐SPIRITO gemenskap häll i vår cuori⭐❤⭐e upplysa oss om hans ⭐❤⭐divina ljus! ⭐FELICE DAG TE! ⭐❤⭐❤⭐❤
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