"Tal é a contribuição nefasta desses chamados “padres cantores”, contribuição que engrossa o esgoto à céu aberto que vai nos submergindo até que Deus tenha misericórdia do rebanho de Cristo abandonado à própria sorte e coloque um fim no martírio de Sua Igreja."
O CATOLICISMO
DESAFINADO DOS PADRES CANTORES
Com esse vento
impetuoso, as águas pútridas da apostasia infiltraram-se e correm velozmente,
aclamadas como águas lustrais pelos cegos e surdos que se deixaram enredar pela
mentira diabólica dessa concepção falsa de uma igreja renovada. Nos tempos lastimáveis
que vivemos, testemunhamos cada dia as novidades que vão solapando a Fé
Católica e reduzindo-a a um sentimentalismo bizarro. Protagonistas desse
espetáculo horroroso são os ditos “padres cantores”, fenômeno midiático que
tomou de assalto os espaços outrora reservados para a música profana, muito bem
acomodados, diga-se de passagem.
Com uma certa angústia vemos a ascensão de padres, astros sem batina e sem fé,
que cantando canções adocicadas, pretendem realizar um apostolado mundano que
em nada acrescenta para a salvação das almas porque está completamente
inebriado pelo veneno do século: o relativismo e o hedonismo.
Curiosamente, aquela imagem tradicional de sacerdotes cultos e piedosos nos
assuntos de Deus e da Igreja, modestos, humildes e imprescindíveis operários na
vinha do Senhor, esfarelou-se dando lugar a psicólogos de academia de
musculação, gurus bonitões de cabeceira e bisonhos apoiadores de inovações
comportamentais que são o aparato de uma sociedade afastada das coisas do Céu e
cada vez mais imbecilizada.
Um desses sacerdotes se veste como caubói, usando calças justíssimas para
desvario de uma claque de mulheres de idades várias, alheias ao significado e
grandeza do sacerdócio católico, porque veem o sujeito com olhos repletos de
luxúria e desejos sexuais. Cantando ou apresentando programas, o tal padre
mostra uma completa ignorância da missão para a qual ele foi separado por Deus
do mesmo mundo que deseja agradar com suas músicas de letras enjoativas, bregas
e eivadas de sentimentalismo da pior espécie. É de chorar tamanho acinte contra
a verdadeira missão sacerdotal.
Um outro padre cantor, mais veterano na arte de entreter um bando de
desesperadas de auditório, é o favorito de 9 entre 10 solteironas, donas de
casa insatisfeitas e outros católicos do IBGE. Apresenta-se à paisana (porque a
responsabilidade de uma batina é algo insuportável), usa roupas moderninhas,
corpo sarado de quem não se dedica às coisas celestes e espirituais, somente às
coisas do mundo e da carne, domina a arte da conversa mole e comporta-se de um
jeito que faria chorar de amargura o Santo Cura d'Ars.
Volta e meia publica um ou outro livreco que não tem traço algum
de catolicidade e ortodoxia (seria pedir demais), mas serve para alimentar os
sonhos relativistas de quem acredita que é possível salvar-se sem a Fé Católica
em sua integralidade, aderindo às próprias crenças mundanas e desejos torpes.
Mantém atualizado seu Twitter com milhares de seguidores ávidos por suas
postagens que nem de longe dizem tratar-se da lavra de um sacerdote. Se publica
uma foto sua na rede social, a avalanche de comentários licenciosos de fãs
excitadas e atrevidas é inevitável. Já deu declarações sobre o casamento gay
que foram aplaudidas pela mídia à toa e ateia, mas que são contrárias ao que a
Igreja que ele diz pertencer ensina desde sempre. Participa de programas de
televisão onde o que mais se vê é o compromisso com a destruição da família e
das bases cristãs da sociedade.
Produtos de uma mídia nefasta e satânica. Tudo isso para amealhar
mais cobres para a conta bancária em shows caríssimos e cachês idem. Humano
demais, sagrado de menos. Não interessa agradar à Deus, interessa agradar ao
próprio ego.
Com um “apostolado” desses quem precisa de conversão? Talvez nós
que ainda nos escandalizamos com tanto vilipêndio ao sacerdócio católico. Tal é
a contribuição nefasta desses chamados “padres cantores”, contribuição que
engrossa o esgoto à céu aberto que vai nos submergindo até que Deus tenha
misericórdia do rebanho de Cristo abandonado à própria sorte e coloque um fim
no martírio de Sua Igreja. (Por Donato Rossetto)
Donato Rossetto é jornalista especializado
em religião e colaborador dos portais Catolicismo Romano e Rádio
Italiana.
Muito triste,
ResponderExcluirConcordo plenamente com o artigo, só peço que rezemos mais por nossos sacerdotes, por estes e principalmente por aqueles que mantém a dignidade da missão é são alvos de críticas e perseguições por parte de leigos inovadores e rebeldes a verdade é também por padres modernistas!!! Só a oração e muito amor a Deus e a sua Igreja irão nos livrar do mal causado por estes maus pastores!!!
ResponderExcluirImpunidade gera isso. Cadê uma atitude do Vaticano?
ResponderExcluirEXCOMUNHÃO.