“Ó, vós que entrais,
abandonai toda a esperança.”
01 - Os mundanos zombam, espezinham, xingam, desprezam e ameaçam
os amigos de Deus... e dão a vida pelo Demônio, príncipe das trevas, que
trabalha raivosamente para lançá-los nas chamas do Inferno Eterno. Que escolha
mais desastrosa! São “mártires” do Demônio!
02 - Os mundanos dizem não ao
Deus do amor, para dizer sim ao Demônio, “rei” do ódio.
03 - Os mundanos não suportam
os justos... para esses oferecem somente perseguição e desprezo: “Cerquemos o
justo, porque nos incomoda e se opõe às nossas ações” (Sb 2, 12).
04 - Os seguidores do mundo,
inimigos da santidade, trabalham furiosamente para arruinar os amigos de
Deus... mas se esquecem de que existe um julgamento onde os bons serão
vingados: “De pé, porém, estará o justo, em segurança, na presença dos que o
oprimiram e dos que desprezaram seus sofrimentos” (Sb 5, 1).
05 - Os santos são chamados
pelos mundanos de loucos e fanáticos aqui nesse mundo... mas eles serão tomados
de surpresa no dia do julgamento, quando virem os “loucos” num trono de glória:
“Vendo-o, serão tomados de terrível pavor, atônitos diante da salvação
imprevista; dirão entre si, arrependidos, entre soluções e gemidos de angústia:
‘Este é aquele de quem outrora nos ríamos, de quem fizemos alvo de ultraje, nós
insensatos! Considerávamos a sua vida uma loucura e seu fim infame. Como agora
o contam entre os filhos de Deus e partilha a sorte dos Santos?’” (Sb 5, 2-5).
Que doce “vingança!”
06 - Se os santos são os
“loucos” de Deus, então o céu é um “hospício” eterno... onde todos adorarão o
Deus “louco” de amor. Que “loucura” mais agradável!
07 - Os mundanos dirão
desesperadamente na hora da morte, vendo suas mãos vazias e a alma cheia de
pecados: “Cansamo-nos nas veredas da iniquidade e perdição, percorremos
desertos intransitáveis, mas não conhecemos o caminho do Senhor!” (Sb 5, 7). A
morte lhes “dirá” com um suave “sorriso”: Acordaram tarde! Vamos dar uma
“morridinha?”
08 - O mundano é um grande
“sábio” que ignora a si mesmo... conhece todas as cloacas do mundo, mas não
conhece o próprio coração. Possui olhos que tudo vê, mas a si mesmo não
vê. Nenhuma ignorância é pior do que a de se ignorar a si mesmo. O mundano não
se salvará, porque ignora a si mesmo: “Não serás sábio se te não conheceres a
ti mesmo” (São Bernardo de Claraval).
09 - Os mundanos são discípulos
do Demônio que cantam como “sereias” desafinadas convidando as pessoas para o
Inferno: “Vinde! Inebriemo-nos com todas as delícias do mundo; provemos todos
os prazeres... amanhã talvez já não estejamos em tempo”. Triste “canção!”
“Canção” de morte!
10 - O mundo é muito cruel! Ele
“arranca” o olho direito dos mundanos, exatamente o que olha para o céu, para a
vida eterna, para as coisas verdadeiras e belas... e, os seus escravos, só veem
com o olho esquerdo, que olha somente para a terra e vê a lama e os vermes:
“Eis o preço que de vós exigirei: todos vós tereis vazado o olho direito” (1 Sm
11, 2). Servir o mundo também tem o seu preço! Pobres mundanos... pagam caro
para a própria destruição!
11 - Os mundanos se consomem
pelo Demônio e terão como “prêmio” o Inferno Eterno. “Compram” o Inferno
desgraçando a própria alma! Quanta infelicidade!
12 - Os mundanos são piores que
o Demônio... esse foge diante da água benta, enquanto que os mundanos
perseveram na maldade até desgraçar a vida alheia: “O Demônio é um grande inimigo,
porém o mundano é mais terrível ainda” (Pe. João Colombo).
13 - Os mundanos são seguidores
da mulher de Ló... estão sempre olhando para trás com saudade da imoralidade
oferecida pelo mundo. Que saudade mais assassina!
14 - Os mundanos são cegos
espirituais! Deixam correr, por dias, por meses, por anos, um tempo nobilíssimo
e precioso, sem nada fazerem para a vida eterna... só se ocupam de
divertimentos, reuniões e modas que ofendem a Deus. Triste cegueira!
15 - Os mundanos são ramos
estéreis e selvagens; não produzem frutos agradáveis a Deus... estão a serviço
de Satanás.
16 - Os mundanos são “defuntos”
ambulantes! São galhos secos e inúteis, ramos malditos e condenados às chamas
do Inferno... Respiram, andam, divertem-se, e não percebem a própria desolação
interior. Estão separados de Jesus Cristo, a árvore da vida: “Se alguém não
permanece em mim é lançado fora, como o ramo, e seca; tais ramos são
recolhidos, lançados ao fogo e se queimam” (Jo 15, 6).
17 - Os mundanos escarram na
Sagrada Face de Jesus Cristo, pisam no seu Preciosíssimo Sangue, zombam de sua
Bondade Infinita, escarnecem do seu Amor e se inclinam diante de Satanás, como
seus fiéis escravos. Ingratidão assustadora!
18 - Os mundanos também
sofrem... sofrem na alma e no corpo... experimentam no mundo os primeiros
“frutos” do Inferno. Sofrem nessa vida passageira e sofrerão na eternidade.
Jamais descansarão!
19 - Os mundanos possuem duas
certezas: a da morte e a do Inferno.
20 - A vida do mundano é um
teatro contínuo. Fingir ser alegre!
21 - Os mundanos são geradores
de obras mortas, porque as realizam em estado de pecado mortal.
22 - Os mundanos percorrem o
caminho das trevas... não amam a Deus nem ao próximo.
23 - A fé dos mundanos é uma fé
morta... e as obras realizadas por eles não merecem a vida eterna.
24 - Deus é um Pai cheio de
paciência para com os mundanos: prolonga-lhes a vida... dá-lhes bens
materiais... “engorda-os”. Se não mudarem de vida buscando a santidade... irão
para o Inferno Eterno. Do Criador não se zomba!
25 - Os mundanos são cegos que
andam ziguezagueando e se agarrando em tudo o que é passageiro e caduco... só
não agarram nas mãos poderosas do Criador. Quanta insegurança!
26 - Os mundanos buscam a
felicidade longe de Deus e estão sempre vazios, angustiados e revoltados. O
mundo não pode dar o que não possui!
27 - Os mundanos desprezam os
amigos de Jesus Cristo e só consideram felizes a quem goza dos bens deste mundo
enganador. Mas a morte colocará ponto final nas suas “alegrias”.
28 - Os mundanos assemelham-se
aos morcegos noturnos... vivem escondidos e sepultados nas trevas da noite,
para não serem sepultados nas trevas do inferno após a morte. Quanta ilusão!
Deus vê tudo!
29 - Os mundanos se
desesperarão na hora da morte ao verem o caixão “escondido” no canto do quarto
e saber que nele não caberão os seus bois, carros, fazendas, roupas com marcas
famosas, mansões e outros. Nele caberá apenas um corpo e algumas flores
murchas.
30 - O mundano tem o costume de
cantar um “hino” assustador na hora da morte: “Não quero morrer”. Com certeza
não está preparado para o encontro com Jesus Cristo, divino Juiz, que pedirá
contas de tudo.
31 - Os mundanos tremem só em
ouvir falar da morte, porque não estão preparados para comparecer diante do
Deus que não mente nem aceita desculpas.
32 - Os mundanos trocam a graça
de Deus por um minuto de prazer... voltam as costas para o céu e vivem às
margens do inferno. É isso ser sábio? Não! Isso é ser desgraçado!
33 - Os mundanos trocam o Bem
Supremo, Deus, pelos bens passageiros e caducos desse mundo. Isso é sabedoria?
Não! Isso é loucura!
34 - Os mundanos trabalham
incansavelmente para conquistar os bens perecíveis desse mundo, e desprezam com
repugnância o Deus Eterno, riqueza infinita. Quanta estupidez!
35 - Os mundanos portam-se como
bestas, animais irracionais... seguem unicamente o instinto das afeições
sensuais, sem se preocuparem com os bens eternos.
36 - O mundano é uma “besta”
que não pensa com a cabeça; mas sim, com o bucho.
37 - Deus nos colocou nesse
mundo para buscarmos com fervor, fé e perseverança a Vida Eterna, mas os
mundanos fazem o contrário... correm desesperadamente atrás das vaidades desse
mundo.
38 - Os mundanos são lobos
ferozes cobertos com pele de ovelhas... se aproximam dos amigos de Deus
aparentando virtude e honestidade para prejudicá-los principalmente na vida
espiritual.
39 - A boca do mundano
assemelha-se ao túmulo com rachadura... dela só sai mau cheiro.
40 - O mundano é um sal
desvirtuado, uma lâmpada queimada, uma figueira infrutífera... um fermento vencido.
É um estorvo... usa da liberdade para viver na libertinagem!
41 - O mundano se desesperará
na hora da morte, sabendo que comparecerá diante de Deus com a alma cheia de
pecados... sendo que recebeu as graças necessárias para se santificar.
42 - Os mundanos gritarão na
hora da morte: “Precisamos de tempo para chorar os nossos pecados”. O Demônio
“responderá”: Não há mais tempo! Vamos para o Inferno!
43 - Os mundanos vivem como
cegos nesse mundo, mas na hora da morte os seus olhos enxergarão todas as suas
loucuras e o tempo perdido; mas isto servirá somente para aumentar o desespero
deles. Que momento terrível!
44 - O mundano é o maior de
todos os loucos. Sabe que não fugirá da morte e não se prepara para ela. Que
indiferença mais assustadora!
45 - O mundano é um palhaço que
brinca diariamente com a misericórdia de Deus. Na hora da morte esse “circo”
pegará fogo!
46 - O mundano possui “vista”
fraca para enxergar o caminho do céu... e “vista” perfeita para enxergar o
caminho do pecado. Ele enxerga a morte muito distante... quase a perde de
vista. Será surpreendido em breve! Que susto!
47 - O Demônio diz ao mundano:
Peque agora! Como seria tudo diferente se o mundano lhe respondesse: Não
pecarei... pois posso morrer durante o ato. Mas não é assim... o mundano lhe
obedece prontamente, e muitos morrem durante o ato.
48 - Como castigo, Deus, às
vezes, tira a vida do mundano no momento em que está pecando. Terrível punição!
49 - Deus espera com paciência
a conversão dos mundanos, mas não espera sempre. É grande loucura abusar da
bondade infinita!
50 - As ações dos mundanos são
tão horrorosas, que todas as criaturas quereriam castigá-los, e assim vingar as
injúrias feitas ao Criador.
51 - Quando os Filisteus
puderam cair sobre Sansão adormecido, a primeira coisa que fizeram foi furar os
seus olhos (Jz 16,21). Com a cegueira de Sansão, se tornaria fácil tê-lo como
escravo: amarrá-lo, arrastá-lo à prisão e condená-lo a girar uma pedra de
moinho. Essa é a tática que o mundo usa para arruinar os mundanos:
cegá-los. Torna-se mais fácil de guiá-los pelo caminho do Inferno Eterno!
52 - Sansão usou as raposas
para espalhar o fogo na plantação dos Filisteus (Jz 15, 1-5). O Demônio,
inimigo infernal, pega os mundanos, incendeia-os do seu fogo infernal, e depois
os lança, como raposas, para, com as paixões e com o mal, queimarem as almas
dos bons. O mundano é, pois, uma raposa que já arde.
53 - O coração do mundano é uma
“fossa” tão repugnante e obscura que somente o Demônio consegue entrar. Que mau
cheiro!
54 - Os mundanos não nascem
“cegos”, mas vão perdendo a “visão” aos poucos... tornam-se cegos ao ponto de
não enxergarem a fealdade do pecado, a lama da imoralidade e o caminho
tenebroso do Inferno. Pobres cegos!
55 - O melhor remédio para
curar a cegueira espiritual do mundano é o “colírio” do arrependimento dos
pecados.
56 - Os mundanos não castigam
com penitência e mortificação o corpo, cavalo da alma, mas deixa-o galopar
pelos caminhos tortuosos da vida. Que liberdade perigosa!
57 - Os mundanos sofrem de
“idiotia!” Sobrecarregam a alma com um feixe de pecados e vivem como escravos
do próprio corpo. O feixe dos pecados deprimirá alma e corpo no inferno!
58 - Os mundanos são “pássaros”
que vivem presos aos fios do pecado e do vício. Mesmo se oferecer-lhes a
“tesoura” da confissão para libertá-los desses fios, dizem que estão bem nessa
“prisão”. Quanta rusticidade!
59 - O mundano é um terrível
“comerciante” que vende a Jesus Cristo todos os dias por um “punhado” de
pecados: “Vós me profanais perante o meu povo por um punhado de cevada, por
alguns pedaços de pão, entregando à morte almas que não devem morrer e poupando
a vida aos que não devem viver, com as vossas mentiras dirigidas ao meu povo
que dá ouvidos à mentira” (Ez 13, 19).
60 - O mundano é escravo do
Demônio e inimigo das almas imortais e espirituais... ele semeia entre os
amigos de Deus a cizânia do pecado. O que ele dirá a Jesus Cristo, justo juiz,
na hora do julgamento?
61 - Os mundanos são
incansáveis... não cansam de ser ridículos. Até o Demônio “sorri” deles!
62 - Os mundanos são inimigos
duplos: matam a alma e podem matar também o corpo. São inimigos cruéis,
impiedosos e sem compaixão!
63 - Os mundanos são inimigos
perigosos, falsos e sorrateiros! Aproximam-se com o semblante e com a saudação
de um amigo, de um companheiro, mas trazem “escondidos” sob as vestes o
“punhal” do mau exemplo para trucidar as almas imortais. São parecidos com Joab
(2 Sm 20, 4-13).
64 - As roupas imorais usadas
pelos mundanos são “tarrafas” que arrastam para o Inferno Eterno milhares de
almas. O que dirão a Deus na hora do Julgamento? Terão que prestar contas de
cada alma perdida!
65 - Um casal que vive na
escuridão, longe de Deus e a serviço do Demônio... como poderá orientar os
filhos no bom caminho? Terá força para isso?
66 - Os mundanos são
funcionários do Demônio... trabalham incansavelmente para esse ser maldito e
cheio de ódio. O Demônio odeia a Deus e quer a ruína das almas... serve-se dos
mundanos como de instrumentos do seu ofício.
67 - O mundano possui uma
grande dívida para com o Sangue de Jesus Cristo, o Sangue que foi derramado
para salvar as almas imortais e espirituais. Toda vez que uma alma é
arruinada pelo mundano, ressoa um grito no céu: “Que fizeste! Ouço o sangue de
teu irmão, do solo, clamar para mim!” (Gn 4, 10).
68 - O mundano, antes de
“mergulhar” no inferno após a morte, ouvirá essas terríveis palavras proferidas
por Jesus Cristo: Dei toda a minha vida e todo o meu Sangue pelas almas, e tu
as arruinastes. Retira-te de mim, ó demônio.
69 - O mundano é um ladrão
perigoso que rouba a inocência das pessoas piedosas e amigas de Deus com os
seus discursos imorais.
70 - Nesse mundo, os mundanos
se entremeiam aos bons e vivem na sombra, fingindo serem pessoas do bem. Mas,
no dia do juízo, serão separados, e cada mundano aparecerá tal como viveu...
acabou a “gracinha”: “... e ele separará os homens uns dos outros, como o
pastor separa as ovelhas dos cabritos, e porás as ovelhas à sua direita e os
cabritos à sua esquerda” (Mt 25, 32-33).
Pe. Divino Antônio Lopes FP(C).
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