EXPLICAÇÃO DA SANTA MISSA
Autor: pe. Martinho de Cochem (1630-1712)
Fonte: Lista "Tradição Católica"
Digitalização: Carlos Melo
VIII. NA SANTA MISSA, JESUS
CRISTO RENOVA SUA PAIXÃO
Entre todos os mistérios do
Senhor, a meditação que nos é mais útil e merece de nossa parte mais
reconhecimento e veneração, é a Paixão dolorosa, pela qual fomos resgatados. Os
santos Padres dizem, a este respeito, coisas sublimes e garantem, da parte de Deus,
grande recompensa às almas que nela meditam com fervor. Há muitos modos para
bem honrar a Paixão: contudo, nenhum parece mais perfeito do que a piedosa
assistência à santa Missa, visto que a Paixão e a Morte do Salvador se renovam
no altar.
Com efeito, na Missa, tudo
recorda, tudo simboliza a Paixão. A Cruz encima o altar. Por toda a parte,
vê-se o sinal da Cruz; é marcado cinco vezes sobre a pedra sagrada. Impresso
sobre a Hóstia. Desenhado no missal, na página que precede o cânon. Bordado
sobre o amicto, o manípulo, a estola, a casula. Gravado na patena, no pé do
cálice. O sacerdote o faz dezesseis vezes sobre si mesmo, e vinte e nove vezes,
sobre a oferenda. Quantos indícios do renovamento do Sacrifício da Cruz!
§1. De que maneira Jesus Cristo
renova sua Paixão?
Embora Nosso Senhor tenha dito na
última Ceia: "Fazei isto em memória de mim", contudo o Sacrifício da
Missa não é uma simples memória, porém a renovação da Paixão. A Igreja ensina:
"Se alguém disser que o Sacrifício da Missa é apenas a lembrança do
Sacrifício consumado na Cruz, seja anatematizado". E noutra parte:
"No divino Sacrifício está presente e imolado, de modo incruento, o mesmo
Cristo que se ofereceu uma vez, de modo cruento, sobre o altar da Cruz".
Este testemunho, por si, deveria
bastar, pois que somos obrigados a crer tudo o que a Santa Igreja nos ensina.
Entretanto, a Igreja explica-se da forma seguinte: "A vítima que se
oferece pelo ministério do sacerdote, é a mesma que foi oferecida na Cruz;
somente difere a forma de oferece-la".
Sobre a Cruz, Jesus Cristo foi
imolado, de modo cruento, pelas mãos sacrílegas dos carrascos; no altar,
imola-se pelo ministério dos sacerdotes, de modo místico.
A Igreja emprega muitas vezes, no
missal, a palavra "imolar". Santo Agostinho serve-se dela igualmente:
"Jesus Cristo foi imolado, uma vez, de maneira cruenta, sobre a Cruz; é
agora imolado cada dia, sacramentalmente, pela salvação do povo" (Epist.
Ad Bonifac). Esta expressão é notável e acha-se, mais de cem vezes, na
Escritura Sagrada para designar a oblação dos animais. Se a Igreja se serve
dela a respeito da santa Missa, é para indicar que o Santo Sacrifício não
consiste somente na pronunciação das palavras da consagração nem na elevação
das espécies sacramentais, mas na imolação verdadeira, embora mística, do
divino Cordeiro.
"A Paixão de Cristo é o
próprio sacrifício que oferecemos" diz São Cipriano (Epist. Ad Caeciliam).
Em outros termos: "Quando celebramos a santa Missa, renovamos todas as
cenas da Paixão de Cristo". São Gregório é ainda mais explícito:
"Aquele que ressuscitou dentre os mortos, diz ele, não morre mais;
entretanto, sofre ainda por nós, de maneira misteriosa, no santo Sancrifício da
Missa" (Homilia 137). Teodoreto não é menos claro: "Não oferecemos
outro sacrifício senão o que foi oferecido sobre a Cruz" (In cap. 8
Hebr.).
Poderíamos citar muitos outros
testemunhos, mas para abreviar, contentamo-nos com o da Igreja infalível que
reza assim na "Secreta" 9ª dominga depois de Pentecostes:
"Concedei-nos, Senhor, nós vos pedimos, celebrar dignamente este mistério
porque, todas as vezes que é celebrado, cumpre-se a obra de nossa
redenção".
Bem que Jesus Cristo não se imole
fisicamente na santa Missa, todavia mostra-se toda a corte celeste sob a forma
lastimosa que tinha durante a flagelação, o coroamento de espinhos, a
crucifixão e isto tão ao vivo, como se verdadeiramente sofresse todas estas
torturas. "A santa Missa, escreve Marchant, não é unicamente uma
representação da Paixão, porém sua repetição mística, não cruenta. Se o Cordeiro
de Deus tomou, uma vez, sobre Si os pecados do mundo para apagá-los com o seu
Sangue, assume, todos os dias, nossas faltas para expiá-las sobre o altar.
Acabamos de mostrar como Jesus
Cristo renova sua Paixão na santa Missa; expliquemos agora os motivos que o
guiam.
O piedoso Pe. Segneri exprime-se
deste modo: "Durante sua vida terrestre, o Cristo, em virtude de sua
presciência divina, previa que milhões de homens se condenariam, apesar de sua
Paixão. Mas, como verdadeiro irmão, desejava salvar as almas, e encheu-se de
uma incomensurável compaixão à vista de sua perdição eterna, a tal ponto que
propôs a seu Pai vicar suspenso na Cruz, não três horas, mas até o fim do
mundo, para poder, por esse longo tormento, por suas lágrimas contínuas, pela
efusão de seu Sangue, por suas ardentes orações, por seus suspiros, aplacar a
divina justiça, excitar a misericórdia e assim achar o meio de impedir a perda
de tão grande multidão de almas" (Hom. christ. disc. 12).
São Boaventura, o bem-aventurado
Ávila e outros atribuem também esta vontade de Jesus misericordiosíssimo.
O Pai eterno não se rendeu ao
desejo de seu Filho e respondeu-lhe que três horas de semelhantes torturas eram
mais que suficientes e o que não quisesse aproveitar os méritos da Paixão não
poderia acusar senão a si mesmo de sua eterna condenação.
Esta recusa não extinguiu o amor
do Salvador, pelo contrário, mais o inflamou e levou a um desejo mais vivo de
vir em socorro dos pobres pecadores. Foi então que encontrou na infinita
sabedoria outro meio de permanecer sobre a terra depois da morte e continuar
sua Paixão, orando a Deus pela nossa salvação como fez pregado na Cruz. Este
meio foi o santo Sacrifício da Missa.
São Lourenço Justiniano fala
assim da constante oração de Jesus: "Enquanto o Cristo é oferecido sobre o
altar, clama para seu Pai e mostra-lhe as chagas a fim de que se digne
preservar os homens das penas eternas" (Sermo de Corpo. Christ). Quem
poderia medir a eficácia desta oração sublime, indo direta do altar ao coração
do Pai celeste? Quantas vezes os povos e as nações não teriam perecido, se
Nosso Senhor não tivesse orado sobre eles? Quantos milhares de bem aventurados
se retorceriam nas chamas do inferno, se Jesus Cristo não os tivesse guardado
pela sua intercessão poderosíssima! Pois bem, pecadores, ide pressurosos à
santa Missa, a fim de participardes dos efeitos desta oração, de serdes
preservados de todo o mal e obterdes, por Jesus Cristo, o que não podereis
obter por vós mesmos.
Vedes que o principal motivo pelo
qual Jesus Cristo renova sua Paixão na santa Missa, é o de orar por nós e
inclinar seu Pai à misericórdia, tão eficazmente como o fez sobre a Cruz. Mas
Jesus Cristo quer também, pela santa Missa, aplicar-nos os méritos do
Sacrifício da Cruz.
Lembrai-vos que o Salvador,
durante toda sua vida e, principalmente, na Cruz, adquiriu um tesouro infinito
de méritos que, naquela ocasião, apenas derramou sobre um número limitado de
fiéis, que agora derrama em profusão por diferentes vias, principalmente na
santa Missa. "O que na Cruz foi um sacrifício de redenção, disse um mestre
da vida espiritual, na Missa torna-se um sacrifício de apropriação, em que cada
qual participa dos méritos e da virtude do Sacrifício da Cruz". Em outros
termos: se assistirmos piedosamente à Missa, a virtude, os méritos da Paixão
serão apropriados a cada um de nós, segundo nossas disposições.
E para que Jesus Cristo põe em
nosso poder um tesouro tão precioso? Ele o disse a Santa Matilde: "Vê,
dou-te todas as amarguras de minha Paixão para que as consideres como teu próprio
bem e, depois, tornes a mas oferecer". Portanto, se dizes: "Ó Jesus,
ofereço-Vos Vossa dolorosa Paixão", ele vos responderá: "Meu filho,
dou-te duas vezes o seu preço". E se continuas: "Ó Jesus, ofereço-Vos
Vosso Sangue precioso", o Salvador responder-te-á ainda: "Meu filho,
lavo-te nele duas vezes". Em uma palavra, quantas vezes ofereceres ao
Senhor qualquer de seus sofrimentos, tantas vezes eles hão de reverte com duplo
valor. Que meio fácil de se enriquecer com as melhores graças!
Outra razão do renovamento da
Paixão parece-nos esta:
Todos os fiéis não puderam
assistir ao Sacrifício da Cruz; o Salvador, entretanto, não quis privá-los de
tão grande vantagem; por isso liga à audição da Missa os mesmos frutos que
teriam adquirido ao pé da Cruz.
Vede quanto é grande o nosso
Sacrifício. Não é somente um memorial do grande, do perfeito, do único
Sacrifício da Cruz, mas é este mesmo Sacrifício produzindo todos os seus
efeitos. Jesus Cristo ordenou que a Igreja oferecesse sempre o mesmo Sacrifício
que ele ofereceu sobre a Cruz, o mesmo em sua essência, diferente embora pela
forma, pois não há efusão de sangue; o mesmo quanto à abundância de graças,
porque, sendo idêntico ao Sacrifício da Cruz, tem a mesma virtude e aparece ao
Pai celeste tão agradável como o Sacrifício cruento da Cruz. A santa Igreja,
ainda uma vez afirma-o expressamente, dizendo: "O Sacrifício da Missa e o
da Cruz são o mesmo sacrifício".
Não há, por conseguinte, mais
dúvida: pela nossa assistência à santa Missa, tornamo-nos tão agradáveis a
Nosso Senhor e lucramos tantas vantagens, como se tivéssemos assistido à sua
crucifixão. Que imenso favor podermos, quotidianamente, ser testemunhas da
Paixão do Salvador e recolher-lhe os frutos; podermos cercar a Cruz do Salvador
moribundo, considerá-lo, falar-lhe, lastimá-lo, confiar-lhe nossas penas,
receber-lhe socorros e consolações, como o fizeram a Mãe das Dores, o discípulo
predileto e Maria Madalena!
Cristãos, aproveitem o santo
Sacrifício do Altar, todos os dias, e rendei graças a Jesus, divino zelador de
nossas almas!
IX. NA SANTA MISSA, JESUS CRISTO
RENOVA SUA MORTE
"Não
há maior prova de amor de que dar a própria vida por seus amigos" (Jo.,
15, 13). Estas palavras Nosso Senhor as pronunciou algumas horas antes de
cumprí-las.
Com
efeito, dar a vida, que é o mais precioso bem do homem, por uma pessoa, é o
maior ato de generosidade possível.
O
amor de Jesus Cristo foi, incomparavelmente, mais longe ainda, visto que deu a
vida, a mais nobre, a mais santa que jamais houve, não somente por seus amigos,
como também pelos próprios inimigos! E acrescenta: "Dou minha vida por
minhas ovelhas" (Jo. 10, 15). Não disse: Darei minha vida, nem dei-a, mas
"Eu a dou", o que significa que continua a dá-la sempre. Esta
imolação se realiza, cada dia, na Santa Missa da maneira seguinte:
Era
uso, antigamente, representar a Paixão por um drama. Em certos lugares,
notadamente em Oberammergau, este costume manteve-se até hoje e atrai milhares
de espectadores de todas as partes do mundo. Prega-se na cruz um homem que nela
fica suspenso até que pareça exalar o último suspiro em sofrimentos extremos, e
isto tão ao natural, que os assistentes fundem-se em lágrimas. Na santa Missa,
porém, ninguém faz o papel de Jesus Cristo moribundo, mas é o próprio Senhor que
se imola. Não quis Ele confiar o cumprimento deste Sacrifício nem a um Anjo nem
a um Santo, porque os julgava incapazes de executa-lo inteiramente, e sabia que
sua presença não enterneceria o coração do Pai no mesmo grau. Eis porque
renova, em cada Missa, sua morte dolorosíssima tal como se realizou sobre o
Calvário.
Quando,
na última Ceia, instituiu o Santíssimo Sacramento, não quis faze-lo nem de uma
só vez nem de uma só espécie, porém quis consagrar duas vezes e sob duas
espécies, e isto para nos lembrar, mais vivamente, sua morte. Ainda que,
debaixo da espécie de pão, o Sangue esteja também presente, e ainda que o Corpo
se ache sob a espécie do vinho, contudo, pela consagração feita sob as duas
espécies e pela força das palavras sacramentais, o Corpo é chamado sob apenas
as espécies de pão e o Sangue sob as do vinho, de modo a representar,
claramente, a separação de um do outro, o que é a própria morte, embora
repetimos, por concomitância, o Corpo esteja também sob a espécie de vinho, e o
Sangue, sob a do pão.
Lancício
escreve sobre este assunto: "Como a morte é motivada pela separação do
sangue do corpo, e como Jesus Cristo morreu sobre a Cruz por esta separação
natural, na Missa também, sua morte nos é representada pela separação do seu
Sangue" (De Missa, tom. 2, c. 5).
Morrendo
sob os olhos de seu Pai, Jesus testemunha-lhe a mesma obediência perfeitíssima
que lhe testemunhou, morrendo sobre a Cruz. Foi submisso em tudo, mas nada
custou tanto à sua natureza humana como fazer-se "obediente até a morte e
a morte de Cruz" (Fil., 2, 8). Também esta obediência foi tão agradável a
Deus que, para recompensa-la, "Deus elevou-o soberanamente e deu-lhe o
nome que está acima de todo o nome". Como dissemos, esta obediência
perfeita o Salvador oferece-a a seu Pai durante a Missa e, com ela, as
magníficas virtudes que praticou na perfeita inocência, na profunda humildade,
na inalterável paciência, na ardente caridade, não somente para seu Pai
celeste, como também para os seus carrascos, seus inimigos e todos os pecadores.
Jesus
mostra também a seu Pai as amargas dores sofridas na Cruz: sua agonia
inexprimível, os terrores que o oprimiram, os membros deslocados, a lança que
lhe traspassou o coração. Tudo isto representado tão ao vivo como se ainda
estivesse sobre o Calvário. E como então aplacara a cólera de seu Pai e havia
reconciliado o mundo, comove ainda este coração paterno em nosso favor em cada
Missa, prosseguindo assim a obra de nossa redenção.
Vejamos
também, segundo os doutores, o grande proveito que nos garante esta morte
mística.
São
Gregório diz: "Este Sacrifício preserva a alma da perdição eterna,
renovando a morte do Filho de Deus". Consoladoras palavras para os que, à
vista de seus pecados, temem o inferno, pois o santo Papa afirma,
expressamente, que a imolação do Salvador se efetua, misticamente, na santa
Missa, e proclama-lhe a virtude para nos preservar da morte eterna. Quereis
escapar ao inferno? Ouvi bem a santa Missa, honrai a morte de Jesus Cristo e
oferecei-a a Deus Padre.
Segundo
o sábio Mansi, a santa Missa é um simples memorial do Sacrifício cruento da
cruz, visto que a mesma vítima que foi oferecida no Calvário é também nela
ofertada; portanto, este sacrifício místico não tem menos valor que o
sacrifício cruento.
O
que escreve o cardeal Hosius a respeito não é menos consolador. "Bem que,
na santa Missa, diz ele, não imolemos Jesus Cristo fisicamente, pela segunda
vez, contudo os méritos de sua morte nos são aplicados de modo tão eficaz como
se ela fosse atual" (De Euchar. c. 41). E, para nos penetrar bem desta
verdade, o cardeal acrescenta: "Sim, neste mistério, a Morte de Cristo e
os frutos desta morte nos são apropriados como se Jesus morresse
realmente".
Ruperto,
abade de Deutz, diz: "Tanto é verdade que Jesus Cristo, suspenso na Cruz,
obteve o perdão dos pecados a todos os que tinham esperado sua vinda, desde o
começo do mundo, como é verdade que, sob as espécies do pão e do vinho, nos
alcança a mesma graça" (In Joann). O padre Segneri trata deste assunto
igualmente: "O Sacrifício da cruz foi a causa geral da remissão dos
pecados: o Sacrifício do Altar é a causa particular que apropria a este ou
àquele os efeitos do precioso Sangue. A Paixão e a Morte do Salvador acumularam
este tesouro; a santa Missa o distribui. A Morte de Cristo é a tesouraria, e a
santa Missa, a chave para abri-la" (In Homine Christ. disc. 12. c. 9).
Possam
essas palavras animar os que são pobres de méritos e tirá-los do Coração de
Jesus, pela assistência à santa Missa.
A
Santíssima Virgem disse, um dia, ao seu fiel servo Alano: "Meu Filho ama
tanto aos que assistem ao Sacrifício que, se fosse possível, morreria por eles
tantas vezes quantas ouvissem a santa Missa" (B Alan. rediviv. p. 2; c. 7,
n. 26). Palavras apenas críveis, e, entretanto, exprimem somente o amor infinito
que leva Nosso Senhor a morrer, diariamente, não uma vez, mas milhares de
vezes, pelos pobres pecadores.
Vai,
pois, cada dia à Missa, assiste-a com toda a devoção possível; lembra-te que
acompanhas a Jesus Cristo ao Gólgota e à morte, "porque, diz o autor da
"Imitação de Cristo", quando celebrares, ou assistires a Missa, este
divino Sacrifício deve parecer-te tão grande, tão novo, tão digno de amor, como
se nesse mesmo dia, Jesus Cristo, suspenso na Cruz, sofresse e morresse pela
salvação dos homens".
X. NA SANTA MISSA, JESUS CRISTO
RENOVA A EFUSÃO DE SEU SANGUE
"Moisés",
diz o Apóstolo São Paulo na Epístola aos Hebreus, "depois de haver
proclamado, diante de todo o povo, os mandamentos segundo o teor da lei, tomou
o sangue dos touros e dos bodes e, com água, lã tinta de escarlate e hissopo,
aspergiu o livro e todo o povo, dizendo: É este o sangue do testamento que Deus
fez em vosso favor. Aspergiu ainda, com sangue, o tabernáculo e todos os vasos
que serviam ao culto. E, conforme a lei, quase tudo se purifica com o sangue, e
os pecados não são remidos sem efusão de sangue" (Heb. 9, 19).
Essa
efusão e aspersão do sangue das vítimas eram o símbolo do precioso Sangue de
Nosso Senhor, em que devíamos ser purificados inteiramente como em um banho,
como nos diz ainda São Paulo: "Se o sangue dos bodes e dos touros e a
aspersão d'água, misturada com a cinza de uma novilha, santificarem os que
foram manchados, dando-lhes uma pureza exterior e carnal, quanto mais o Sangue
do Cristo que, pelo Espírito Santo, se ofereceu a Deus como vítima sem mancha,
purificará nossa consciência das obras mortas e das manchas que temos contraído
por nossos pecados, para nos fazer render um culto mais perfeito ao Deus
vivo!" (Heb. 9, 13).
Alguém
poderia entristecer-se e dizer: "Jesus Cristo derramou o Sangue em sua
paixão e aspergiu os fiéis que então viviam; nós, porém, que não éramos
nascidos, fomos privados desta graça imensa".
Não
te aflijas, leitor, o Sangue do Salvador correu para ti tão abundante, como
para os fiéis de então. São Paulo assim diz expressamente. O Cristo resgatou
"todos". Morreu por "todos": pelos justos de sua época, por
ti, por mim, por aqueles que virão depois de nós. Além disso, achou um meio de
derramar o Sangue todos os dias, de aspergi-lo sobre nossas almas, purificando-as.
Este meio é a santa Missa.
Demonstramo-lo,
principalmente, pelas palavras de Santo Agostinho: "Na Missa, o Sangue de
Cristo é derramado pelos pecadores". Está dito assas claramente, de forma
que não há necessidade de comentários. São João Crisóstomo ensina também:
"O Cordeiro de Deus é imolado por nós; o Sangue corre, misticamente, sobre
o altar, para nos purificar; foi tirado do lado traspassado do Salvador e
derrama-se no cálice".
Na
Missa, as mãos do Salvador são invisivelmente feridas, os pés, traspassados, o
lado, aberto, e o Sangue corre-lhe em borbotões. Podemos, pela contrição,
apropriar-nos de seus méritos; podemos também consegui-lo por nossos desejos
ardentes, pela santa Comunhão, mas, especialmente, pela piedosa assistência à
Missa, porque, na Missa, pelas palavras da consagração, o sacerdote tira, do
lado de Cristo, o Sangue divino, a fim de que corra para a remissão de nossos
pecados, nossa purificação e nossa santificação.
O
Sangue que brotou do lado do Senhor acha-se no cálice, onde está para a
remissão dos pecados, como o indicam as palavras da consagração: "Este é o
cálice de meu sangue, derramado por vós e por muitos, em remissão dos
pecados". Estas palavras, proferidas por Jesus na primeira consagração, o
sacerdote as repete, seguindo a ordem do próprio Salvador, não como se quisesse
simplesmente recordar o que disse Jesus Cristo sobre o cálice - neste caso não
consagraria, - mas para realizar e afirmar a mudança do vinho no precioso
Sangue.
O
sacerdote não diz somente: "Este é o cálice de meu Sangue";
acrescenta: "derramado por vós e por muitos, em remissão dos
pecados". Ora, tendo sido infalivelmente cumpridas as primeiras palavras,
as últimas devem sê-lo também. Há, pois, efusão de sangue, "por vós e por
muitos", isto é, por vós que assistis à santa Missa; pelos ausentes. Pelos
que a mandam celebrar; pelos que assistiriam se pudessem; também pelos que são
impedidos por moléstias, ou negócios importantes, contanto que se unam ao santo
Sacrifício, ou se lhe recomendem.
Oh
sublime mistério! O doce Jesus, depois de ter derramado o Sangue até a última
gota, quer ainda derramá-lo por nós, cada dia e a cada hora, a fim de que
sejamos limpos de pecados, e para nos assegurar a salvação eterna. Que
incomparável benefício é, pois, a santa Missa para os que a ouvem devotamente,
pois que Santo Ambrósio nos repete: "Para a remissão dos pecados, o Sangue
de Cristo é derramado!" (Dal. Mirac. vol. 2: dist. 9, cap. 22, p. 181).
Dentre
os muitos fatos miraculosos que apóiam esse artigo de fé, escolhemos o que
sucedeu ao padre Pedro Cavanelas, da Ordem dos Jerônimos.
Este
religioso vivia, desde muito tempo, oprimido pela dúvida de que o precioso
Sangue se achasse também na santa Hóstia. Chegando, um dia, na Missa, às
palavras que seguem a elevação: "Supplices te rogamus, - nós vos
suplicamos, Deus onipotente, ordeneis que estes dons sejam levados ao vosso
altar sublime, em presença de vosso santo Anjo, etc., como se inclinasse profundamente,
viu-se inteiramente cercado de uma espessa nuvem que lhe ocultou a santa Hóstia
e o cálice". Ficou perturbado, não sabendo o que aquilo significava nem o
que ia acontecer. Um instante depois, mão invisível suspendia as santas
espécies. O assombro chegou-lhe ao cúmulo, pareceu-lhe ter sido julgado indigno
de celebrar a santa Missa. Exercitou, no coração, um profundo sentimento de
arrependimento e suplicou a Deus que lhe viesse em auxílio. Afinal, os suspiros
lhe foram ouvidos, o cálice voltou a seu lugar, a santa Hóstia pairando-lhe em
cima.
Ora,
enquanto o pranto de dor se lhe transformava em lágrimas de prazer,
considerando, piedosamente, a sagrada Hóstia, o religioso notou que dela
corriam gotas de sangue. Imediatamente, compreendeu a significação deste mistério;
as dúvidas se lhe desvaneceram, dando lugar à fé inconcussa na presença do
precioso Sangue sob as espécies do pão.
Por
conseguinte, a santa Humanidade do Senhor acha-se toda em cada espécie, embora,
em virtude das palavras da consagração, o Corpo esteja principalmente na santa
Hóstia, e o Sangue, no cálice.
Refleti
aqui sobre a imensidade da graça que nos é concedida por termos, sobre o altar,
o precioso Sangue de Jesus Cristo. Não há bem mais augusto do que esse Sangue
divino, do qual uma gotazinha excede, em valor, todos os tesouros da terra e do
céu. Este sangue adorável não o temos somente diante de nós; pertence-nos como
um dom que recebemos.
O
Sangue de Jesus Cristo derrama-se, verdadeiramente, na santa Missa. Procuremos
compreender aqui como é derramado sobre todos os assistentes e sobre as almas
do purgatório.
O
antigo Testamento fornece-nos um símbolo deste mistério, símbolo alegado por
São Paulo: "Moisés tomou o sangue dos vitelos e dos bodes, e lançou-o
sobre o povo, dizendo: Este é o sangue do testamento que Deus fez em vosso
favor" (Heb. 9, 20).
Na
Ceia, Jesus pronunciou quase as mesmas palavras sobre o cálice: "Este é
meu Sangue, o Sangue da nova Aliança" (Lc. 22, 20). São Paulo diz:
"Era necessário, visto que as imagens das coisas que estão nos céus foram
purificadas desta maneira (pelo sangue dos animais), que as coisas celestes
fossem inauguradas por sacrifícios superiores àqueles".
O
Apóstolo quer dizer: A sinagoga, que era a imagem da Igreja, foi purificada
pelo sangue dos animais, mas a Igreja é purificada pelo sangue do Cordeiro de
Deus. Cousa alguma pode ser purificada com sangue e água sem ser deles
inundada; por conseguinte, sendo nossas almas purificadas na Missa pelo Sangue
de Cristo, este Sangue é, necessariamente, derramado sobre elas.
São
João Crisóstomo diz: "Quando vedes o Senhor imolado e estendido sobre o
altar, o sacerdote inclinado sobre a vítima, orando, e todos os assistentes
aspergidos do precioso Sangue, ainda vos parece estar neste mundo e entre os
homens? Não vos julgais no céu, livres dos apetites da carne, contemplando as
maravilhas celestes?" (Bibliothek der Kirchenvaeter, Kempten.
Chrysostomus). Considerai a expressão do santo doutor: o povo é aspergido de
sangue, por conseguinte, o Sangue de Jesus não é só derramado, mas é aspergido
sobre nós.
Marchant
afirma: "O precioso Sangue é derramado em sacrifício, na Missa, e os
assistentes são aspergidos com ele de modo espiritual". Também escreve São
João muito claramente: "Jesus Cristo nos amou e nos lavou de nossos
pecados em seu Sangue" (Apoc. 1, 5). É ainda doutrina de São Paulo:
"Sois aproximados de Jesus, o mediador da nossa Aliança, e do sangue da
aspersão, que fala melhor que o de Abel" (Heb. 12, 24).
Quando
nos aproximamos de Jesus, nosso mediador, senão na santa Comunhão?Sim,
verdadeiramente, na santa Comunhão nos aproximamos muito perto de Jesus, visto
que o recebemos em nosso coração; contudo, na Comunhão, vamos a ele antes como
ao alimento de nossas almas do que como ao nosso mediador, enquanto na santa Missa
é o verdadeiro mediador que nos dirigimos, porque Jesus Cristo nela exerce as
funções do grande sacerdote e ora, oficialmente, pelo povo.
Aproximando-nos
de nosso mediador, aproximamo-nos também do "sangue da aspersão", que
inunda, espiritualmente, nossas almas. Em sua Paixão, o salvador derramou o
Sangue, porém esta preciosa onda só purpureou as mãos e a roupa dos carrascos,
as pedras e a terra. Na Missa, este mesmo Sangue corre novamente, porém sobre
as almas dos fiéis. Moisés aspergia o povo com o sangue dos animais; o
sacerdote o asperge com água benta; o Salvador asperge as almas com seu Sangue
precioso.
Esta
aspersão espiritual é, infinitamente, mais eficaz do que a material. Os
carrascos e os judeus que cercavam a Jesus Cristo, tiveram o corpo tinto do
precioso Sangue e não se converteram: pelo contrário, tornaram-se mais
endurecidos. Se o Salvador lhes tivesse aspergido as almas, teriam sido
convertidos e purificados. Do mesmo modo, de pouco nos serviria sermos,
materialmente, regados com Sangue divino, na santa Missa, sem a aspersão
espiritual deste sangue adorável que purifica, santifica e adorna nossas almas.
Santa
Maria Madalena de Pazzi diz: "A alma que recebe o Sangue divino torna-se
bela como se a vestissem preciosamente, e tão brilhante e fulgurante que, se
pudéssemos vê-la, seríamos tentados a adorá-la" (In monitis vitae suae
annexis, c. 1, n. 44).
Bem-aventurada,
pois, a alma ornada de semelhante beleza! Bem-aventurados, também, os olhos
dignos de contemplá-la.
Caro
leitor, vai à Missa a fim de que o Sangue rubro do divino Salvador comunique a
tua alma este vestido de glória que te tornará digno de ser introduzido na sala
do festim, para regozijar-te, eternamente, com os Anjos e os Santos.
Este
precioso Sangue purifica e enfeita os piedosos fiéis, torna-os férteis em boas
obras, alivia-os nas fraquezas e produz efeitos proporcionados às disposições
de cada um; esforça-se por tornar bons os maus, tocar os corações endurecidos,
reconduzir os desviados; a todos os inimigos de Deus oferece o perdão e a
graça; e, se o pecador é bastante obstinado para persistir no mal, clama por
ele ao céu e retém o braço vingador da Justiça divina.
Reconhece,
leitor, por estes efeitos do precioso Sangue, quanto é útil a todos, aos justos
e aos pecadores, irem, assiduamente, à santa Missa, porque, ainda uma vez, é
onde "o Sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo o pecado" (Jo. I.
Ep. 1, 7); onde os maus são preparados para a justificação.
Se
te fosse dado assistir à crucifixão e ser purpureado do Sangue que correu da
Cruz, não te julgarias infinitamente favorecido?
É
certo que, se ouvires a santa Missa com as disposições que terias levado ao
Calvário, a aspersão mística do Sangue de Nosso Senhor te será tão salutar como
a primeira.
Uma
das principais graças que recebem os assistentes na santa Missa, é o brado do
Sangue divino para o céu, a fim de obter misericórdia. Oh! como é útil aos
pecadores este apelo. Com que força aplaca a ira divina! A Escritura Sagrada
diz, expressamente, que os crimes dos homens clamam pela vingança do céu:
"A voz do Sangue de teu irmão clama da terra para mim" (Gen. 4, 10),
disse Deus a Caim. E, em outro lugar, "o grito de Sodoma e Gomorra aumenta
cada vez mais, e seu pecado chegou ao cúmulo. Descerei e verei se suas obras
correspondem a este grito que subiu até mim" (Gen. 18, 20). Aos opressores
das viúvas e órfãos, o Espírito Santo diz: "As lágrimas da viúva não
correm ao longo de suas faces, chamando vingança contra quem as provoca? Do seu
rosto, sobem até mim" (Ex. 22). E São Tiago designa outro pecado deste
gênero: "Eis que clama para o céu o salário de que tendes privado os
obreiros que ceifaram vossos campos, e os gritos dos segadores subiram até os
ouvidos do Senhor dos exércitos!" (S. Tiago, 5, 4). Em Isaías, o Senhor clama
o pecado em geral um brado: "A vinha do Senhor é a casa d'Israel, e os
homens de Judá eram o ramo no qual achava minhas delícias. Esperei ações justas
e vejo apenas iniqüidades e ouço somente clamores dos pecados" (Isaías, 5,
7).
Quem,
pois, desarmará a ira do Senhor? Quem desviará sua terrível vingança? Quem? - O
precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O
clamor de nossos crimes sobe até as alturas do céu, porém muito mais alto ainda
sobe a voz súplice do Sangue de Jesus que, infinita e onipotente, não traspassa
somente os ares, mas enche o céu e penetra até no coração do Pai celeste. Ante
a doçura desta voz, se desvanece o pensamento da vingança que a multidão de
nossos crimes havia inspirado ao Altíssimo.
Perguntar-nos-ás:
Como é que o precioso Sangue clama ao céu, pois nada se ouve? Perguntamos
também: Como o sangue de Abel podia clamar, estando ele morto? Não obstante,
Deus disse a Caim: "A voz do sangue de Abel chega até mim".
Este
clamor não era material, e, sim, espiritual, mas tão poderoso, que penetrou no
Coração do Pai e obteve vingança contra o crime de Caim. Assim também a voz do
Sangue de Jesus Cristo, toda espiritual, é de tal poder, que obriga a Deus a
nos fazer misericórdia. O mesmo afirma São Paulo, dizendo:
"Aproximaste-vos de Jesus, o mediador da nossa Aliança, e deste Sangue do
qual se fez a aspersão e que fala mais vantajosamente do que o de Abel".
Enquanto
o Sangue de Jesus estava em seu corpo, não se fez ouvir; mas, derramado em sua
dolorosa Paixão, sua voz elevou-se poderosíssima, para implorar o perdão em
favor do gênero humano.
Na
Missa, esta mesma voz se dirige com acentos irresistíveis ao Pai celeste:
"Considerai, oh! Deus, com que humilhações, com que dor e em que
ignomínia, com que crueldade fui insultado, escarnecido, amaldiçoado e calcado
aos pés. Tudo isto suportei com a maior paciência, a fim de salvar os pecadores
e abrir-lhes o céu. Mas, Vós, oh Juiz severo, quereis condená-los e
precipitá-los no fundo do inferno. Quem me compensará tantos suplícios? Não
serão os réprobos, que, no inferno, odiar-me-ão, em vez de agradecer-me. Oh!
Deus de misericórdia, escutai minha prece, e, por meu amor, concedei aos
pecadores a graça da conversão, e aos justos, a de crescer em vossa graça e em
vosso amor".
Como
Deus não responderia a tais clamores, pois que, à voz de Abel, amaldiçoou logo
o fratricida Caim! O Sangue de Abel bradava vingança, o de Jesus Cristo clama
misericórdia, para a qual Deus é muito mais inclinado, como diz a Igreja:
"Deus, a quem é próprio perdoar e poupar sempre o castigo". E São
Pedro escreve: "Deus nos espera com paciência, não querendo que ninguém
pereça, porém que todos voltem a ele pela penitência" (II Ep. São Pedro,
3, 9).
O
precioso Sangue clamou em nosso favor na circuncisão, no jardim das oliveiras,
na flagelação, na coração de espinhos, na crucifixão de Nosso Senhor, e obteve
"a reconciliação do mundo com Deus" (II Cor. 5, 9). Na santa Missa,
este Sangue não fala apenas com uma voz, com tantas vozes quantas foram as
gotas derramadas. Clama com voz penetrante, com toda a virtude divina e humana,
e com ele clamam as inumeráveis chagas do Salvador, seu Coração com todas as
palpitações, sua sagrada boca com todos os suspiros que dela se escaparam.
Seria possível que este clamor, vindo do Sangue, do Coração, de todas as chagas
de Cristo, não traspassasse o Coração do Pai celeste?
Na
verdade, ainda quando Deus quisesse esquecer a misericórdia para satisfazer a
justiça, este clamor comovente do Sangue de Jesus lhe faria esquecer a
resolução.
O
precioso Sangue, porém, sobe a Deus não somente como ração poderosíssima, mas
também é um incenso de cheiro agradável. É isto o que o sacerdote pede, quando
diz no oferecimento do cálice: "Nós vos oferecemos, Senhor, o cálice da
salvação, suplicando a vossa clemência que suba ao trono de vossa divina
Majestade qual suave perfume para a nossa salvação e a de todo o mundo".
No
antigo Testamento, Deus tinha por agradável o odor dos holocaustos. Que, pois,
não obterá o perfume do Sangue de Jesus Cristo, derramado sobre o altar e
oferecido na santa Missa?
Quando
Jesus, como preciosa vítima, foi imolado na Cruz e seu divino Sangue corria
sobre a terra, dimanou dele um perfume tão suave, que afastou a fedentina que
exalavam os abomináveis sacrifícios dos idólatras e vícios do mundo. É o
Apóstolo São Paulo que no-lo afirma: "Jesus Cristo nos amou e entregou-se
a Deus por nós, como vítima e oblação de cheiro agradável" (Ep. Efésios,
5, 2).
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