DECLARAÇÃO DA
CONFERÊNCIA EPISCOPAL DAS FILIPINAS
SOBRE A MAÇONARIA
Transmissão: Gercione Lima
Apesar
das muitas e repetidas sentenças de condenação da Maçonaria lançadas pela Santa
Sé, parece que ainda há dúvidas se Católicos podem ou não se filiar à
Maçonaria. Frequentemente se alega que várias sociedades maçônicas aqui nas
Filipinas são organizações não- sectárias às quais Católicos podem aderir sem
nenhum prejuízo à Fé Católica. Isto é falso e Nós queremos reafirmar nos mais
fortes e solenes termos a regra emitida pela Santa Sé, a qual decreta que
qualquer Católico que conscientemente e deliberadamente adere à Maçonaria
automaticamente incorre em excomunhão e não pode receber os Sacramentos da
Igreja e nem ser enterrado em cemitério Católico.
Uma
pequena reflexão é suficiente para mostrar a justiça e a racionalidade dessa
proibição, não obstante todas as alegações em contrário. A Maçonaria é hoje
aquilo que ela sempre foi. Uma seita naturalista que ignora ou nega muitas das
verdades contidas nas Sagradas Escrituras e definidas pela Igreja Católica como
necessárias para a Salvação. Por exemplo, a doutrina oficial da Maçonaria nega,
explicitamente ou por implicação, que Jesus Cristo é o Filho de Deus no sentido
exato. De acordo com o ensinamento maçônico, Cristo não passou de um simples
homem, certamente um homem sábio, todavia apenas um homem; portanto se Ele é
chamado "Filho de Deus", isso só pode ser tomado no sentido
figurativo ou metafórico. Consequentemente, aderir à doutrina oficial da
Maçonaria através da adesão como membro dessa organização, em efeito significa
negar ou duvidar de pelo menos uma das verdades essenciais da Fé Católica.
É verdade
que os Maçons acreditam numa espécie de divindade suprema à qual eles chamam
"o Arquiteto do Universo"; mas essa divindade descrita nos livros
oficiais da Maçonaria está muito longe de ser o Deus Todo Poderoso, Pai, Filho
e Espírito Santo, uma só natureza em três pessoas divinas, O qual os Católicos
reconhecem e adoram. De fato, o termo "Arquiteto do Universo" tem
sido interpretado pelos maçons de vários modos, alguns dos quais nem podemos
chamar de cristão. Além do mais, essa relatividade no que toca à natureza de
Deus e nosso relacionamento com Ele, é por si só um grande perigo para a
religião já que isso funciona como uma poderosa indução ao indiferentismo
religioso, o qual por sua vez conduz ao ceticismo e por fim ao ateísmo.
Mas não é
apenas no terreno doutrinal que a Maçonaria é inaceitável para Católicos. As
condições de filiação a essa sociedade e suas práticas bem conhecidas, estão em
direta violação não apenas da moralidade cristã como também da Lei Natural.
Todos os
maçons, por exemplo, são obrigados a fazer um juramento solene comprometendo-se
a manter segredo absoluto do que quer que seja ensinado a respeito de sua
doutrina e deveres, sob a pena de sofrerem severas punições às quais incluem
até mesmo a morte. Existem muitas objeções a tal juramento. Em primeiro lugar;
é claramente errado jurar manter segredo de algo que não deveria ser mantido em
segredo. Em segundo, as graves consequencias de se violar tal juramento, as
quais incluem tortura, mutilação das mãos de outros membros da fraternidade,
quer sejam seriamente consideradas ou não, invocando a suprema majestade de
Deus como testemunha de um procedimento trivial e ridículo, no mínimo faz parte
da natureza do sacrilégio. Mas consideremos então que tais ameaças sejam
levadas a sério, nesse caso é atribuído à sociedade maçônica o poder da pena
capital, o qual Deus outorgou apenas ao Estado e sob severíssimas limitações.
Finalmente, a absoluta e irrestrita lealdade a uma organização privada e secreta,
prometida através de juramento é diretamente contrária à Lei Natural, a qual
prescreve que nossa adesão a qualquer sociedade privada é necessariamente
limitada pela nossa obrigação primária a Deus, à Igreja, à sociedade civil e à
família.
Apesar da
propagada profissão de neutralidade e até mesmo de amizade da Maçonaria por
todas as religiões, é um fato histórico confirmado por incontáveis exemplos, de
que a Maçonaria sempre foi e continua sendo consistentemente hostil à Igreja
Católica e também contra muitas denominações cristãs não-Católicas. Em vários
casos, sacerdotes sofreram ameaças por ouvirem confissões e reconciliarem
maçons em seus leitos de morte. A Maçonaria consistentemente advoga e
ativamente promove a exclusão do Catolicismo de qualquer posição de influência,
por mais legítima que seja, em qualquer campo da vida social. Tão amarga e
incansável é essa hostilidade da Maçonaria pela Igreja Católica, que um
proeminente maçon filipino foi efusivamente aplaudido por seus colegas maçons
quando ele publicamente declarou que o maior inimigo do povo filipino não é o
Comunismo ateu mas sim a Igreja Católica Romana.
Em
resumo: Católicos estão proibidos de se associar à Fraternidade Maçônica.
Católicos que conscientemente e deliberadamente se tornam maçons estão
automaticamente excomungados; eles não podem receber os Sacramentos da Igreja;
eles não podem ser convidados para serem padrinhos em cerimônias de Batismo e
Confirmação e nem tampouco como testemunhas em Matrimônios Católicos onde tal
participação se constituiria um grave escândalo e finalmente, maçons não podem
ser enterrados em cemitérios Católicos.
- Dado no
dia 14 de janeiro de 1954
[Assinado
por toda a hierarquia da Igreja Católica nas Filipinas:]
+ JULIO ROSALES, D.D. Arcebispo de Cebu
+ JAMES T. G. HAYES, (sj) Arcebispo de Gagayan
+ JOSE MA. CUENCO, Arcebispo de Jaro
+ CESAR MA. GUERRERO, Bispo de San Fernando
+ MANUEL M. MASCARINAS, Bispo de Tagbilaran
+ MARIANO MADRIAGA, Bispo de Lingayen
+ JUAN SISON, Bispo Auxiliar de Nueva Segovia
+ ALEJANDRO OLALIA, Bispo de Tuguegarao
+ MANUEL YAP, Bispo de Bacolod
+ PEREGRIN DE LA FUENTE, (op) Prelazia de Batanes-Babuyanes
+ LINO GONZAGA, Bispo de Palo
+ FLAVIANO ARIOLA, Bispo de Legaspi
+ PATRICK SHANLEY, (odc) Prelatura de Infanta
+ MONSENHOR PATRICK CRONIN, Administrador Apostólico de Ozamiz
+ REV. CHARLES VAN DEN OUWELANT, Administrador Apostólico de Surigao
+ SANTIAGO SANCHO, Arcebispo de Nueva Segovia
+ PEDRO P. SANTOS, Arcebispo de Nueva Caceres
+ RUFINO J. SANTOS, Arcebispo de Manilla
+ LUIS DEL ROSARIO, Bispo de Zamboanga
+ MIGUEL ACEBEDO, Bispo de Calbayog
+ ALFREDO OBVIAR, Administrador Apostólico de Lucena
+ WILLIAM BRASSEUR, (cicm) Vigário Apostólico de Montanosa
+ VICENTE REYES, Bispo Auxiliar de Manilla
+ GERARD MONGEAU, Administrador Apostólico de Sulu
+ WILLIAM DUSCHAK, Vigário Apostólico de Calapan
+ ANTONIO FRONDOSA, Bispo de Capiz
+ TEOPISTO ALBERTO, Bispo de Sorsogan
+ MONSENHOR CLOVIS THIBAULT, Administrador Apostólico de Davao
+ GREGORIO ESPIGA, (orsa) Prefeito Apostólico de Palawan
Concordo em número, gênero e Grau. Fiquei na maçonaria 20 anos e no dia que seu ritual me apresentou Jesus como um simples homen, dela me desfiliei.
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